sábado, 26 de dezembro de 2009

Gongyo de Ano Novo!

O Gongyo de Ano-Novo é o mais importante por ser o primeiro de um novo ciclo.
O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, orienta que todo desejo é uma espécie de oração. Assim, a primeira meditação do ano é um momento propício, pois é revestida de uma sinceridade incomum aos outros dias. Não deixe de participar do Gongyo de Ano-Novo em sua sede regional ou reuna amigos e medite em grupo.


transcrevo na íntegra o relado da atriz Betty Faria sobre sua participação em reunião budista: "Gongyo de ano Novo". http://bloglog.globo.com/bettyfaria/

"Depois de exercer a liberdade de ouvir meu coração e passar o Reveillon sózinha, fazendo tudo do jeito que eu queria apesar de convites carinhosos de amigos queridos, posso dizer que foi maravilhoso! Me senti forte, concentrada e livre. Livre de ter sempre que fazer alguma coisa do jeito qua os outros acham.

E nessa onda de felicidade acordei no dia 1 de Janeiro e fui para a sede em Botafogo da Soka Gakai ( Organização budista do Sutra de Lótus, que trabalha para a Paz, Cultura e Educação, e que sou membro desde 1996) http://www.bsgi.org.br/ A casa onde é essa pequena sede estava lotada, com pessoas alegres, cheias de esperança e objetivos, rezando pela sua paz interior, na familia, no trabalho e no mundo.

Todos com o objetivo de fazer sua revolução interna, com a criação de valores na fé e esperança de melhorar o mundo sempre.Depois de realizarmos o Gongyo do ano( oração para começar o ano) ouvimos palavras e orientações vindas de Daisaku Ikeda presidente da S.G.I. filósofo, escritor , humanista e um grande sábio.

Há alguns anos eu não participava dessa cerimonia, e é um banho de felicidade e esperança. Palavras de Sabedoria e compromisso nosso para se colocar em prática, no dia a dia que é bem duro as vezes dificil e as vezes vc.acha até que vai desistir, mudar, e que não é por ai. Tudo preguiça!

Como sempre fui rebelde e contestadora, a unica filosofia religiosa que acatei para minha vida foi essa.A filosofia budista de Nitiren Daishonin. O Budismo do Sutra de Lótus. Nam myo hô rengue kyo Nam myo hô rengue kyo Nam myo hô rengue kyo ( mantra básico)

Estavam programados 3 relatos de pessoas contando suas vidas obstáculos e vitória adquirida na prática da fé.

Foram muito bons emocionantes os dois primeiros , quando sobe ao pequeno palco para dar seu relato ( o terceiro e ultimo) uma mulher negra, humilde,vestida de forma muito caprichada, e apresentada como chefe de bloco na Rocinha.

Ela promove reuniões semanais lá e tem conseguido vitórias fantásticas.
Mas isso eu conto depois...

Ela se chama Wanessa, quarenta e poucos anos, e se comunicando muito bem, como uma verdadeira lider, começou seu relato de vida, fundo do poço,vitórias,sua origem ( Maranhão) familia e como veio parar no Rio.

Foi quando disse que teve que sair de lá pois seu pai não aceitava sua condição sexual. Ai minha ficha caiu, logo eu que tenho um bichômetro capaz de detectar os minimos sinais,não tinha percebido que era um transexual!

A senhora querida, budistona antiga ao meu lado cochichou: Betty, mas afinal é homem ou mulher?Resp. É mulher com Pau Risos, risos, risos Resp. Deve ser uma farra! Por isso Dr. Freud disse que a gente tinha inveja............E cortamos o cochicho para ouvir Wanessa ( ela odeia seu nome de batismo)

Eu estava encantada com o respeito ao ser humano, ao trabalho desenvolvido e todas as suas conquistas em sua vida e na comunidade da Rocinha.
Wanessa já fez até um coral com as crianças de lá .Tem uma fé inabalável e tenho certeza que não foram poucos os obstáculos que enfrenta e enfrentou para chegar nesse momento tão mágico que nos emocionamos e rimos muito.

Foi lindo começar o ano sem preconceitos e com gente que ainda acredita no ser humano independentemente de suas opções sexuais
Wanessa trabalha como governanta em uma casa, e é querida e respeitada pela familia Ai vai uma foto nossa Beijos."

As Tradições Natalinas e a Prática do Budismo.

01 DE DEZEMBRO DE 2001 — EDIÇÃO Nº 1630

Parece incrível, mas o ano já está se encerrando. Como passou depressa o primeiro ano do Terceiro Milênio! Sobre a relatividade do tempo, o presidente Ikeda faz uma abordagem magistral e esclarecedora em sua obra “Diálogo Sobre a Vida”. Todavia, não é sobre o tempo, mas sim sobre as tradições de final de ano que discorrerei. Muitos companheiros questionam — e alguns até ficam efetivamente preocupados — a existência ou não de incompatibilidade entre nossa prática budista e as tradições natalinas, e algumas outras que trazemos de outras religiões.

O Brasil, por ser um país de maioria católica, acabou incorporando tradições religiosas que passaram a fazer parte da própria cultura do povo. Na escritura “A Recitação dos Capítulos ‘Meios’ e ‘Revelação da Vida Eterna do Buda’”, consta:
“Quando examinamos cuidadosamente os sutras e tratados, constatamos a existência de um princípio conhecido como ‘seguir os costumes da região’ que diz respeito a isso. Esse preceito significa que, enquanto não implicar em nenhum ato ofensivo, então mesmo que se tenha de adaptar um pouco os ensinos budistas, é melhor evitar ir contra os hábitos e costumes do país. Este é um preceito exposto pelo Buda.” (The Writtings of Nichiren Daishonin, pág. 72.)

A árvore de natal e as festas natalinas são preparadas para comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Há a tradição do chamado amigo secreto (ou amigo oculto para alguns outros estados do país), que se realiza trocas de presentes. Segundo dizem, isso serve para relembrar os três reis magos.
Enfim, como se relacionar com essas tradições? Podemos ter árvore de natal em casa? Podemos trocar presentes?
Bem, a resposta não é fácil. Mas, recorrerei a algumas comparações e exemplos para, quem sabe, lançar um pequeno facho de luz no intuito de elucidar a questão. O fato de só recitar o Nam-myoho-rengue-kyo (produzir o som com a boca) não quer dizer que realizamos Daimoku corretamente. Todos sabemos que é necessário que façamos uma profunda fusão de nossa vida com a vida do universo, o Nam-myoho-rengue-kyo.
Sendo assim, nossa vida (micro) ganha a dimensão do universo (macro) com todos os seus poderes e sabedoria.
E para que se realize essa fusão temos de, além de recitar, ter uma postura e o desejo de melhorar o mundo estabelecendo a paz (Kossen-rufu).
Isso necessariamente exige que nos libertemos do egoísmo e do egocentrismo, tenhamos desapego às questões meramente materiais e não nos coloquemos perante ao Gohonzon com uma postura de subserviência.

Em outras palavras “saltar-se” dos seis baixos estados de vida para viver nos quatro elevados. Utilizemos os baixos estados inerentes como alavancas para o nosso desenvolvimento (desejos mundanos são iluminação).
Repito que os bens materiais também são importantes e nos proporcionam melhores condições de estabelecermos a paz mundial.
Da mesma forma, o fato de meramente atendermos à tradição de algum parente que mora conosco e que não é praticante do budismo, e permitir a ele que monte uma árvore de natal, não há aí nenhuma causa negativa da nossa parte. Naturalmente que melhor seria se mantivéssemos a prática sem outras influências filosóficas.

Mas o que mais importa é o sentimento. Devemos respeitar as cerimônias e as tradições religiosas de todas as pessoas e, se por tradição da família ou por amizade tivermos de comparecer a alguma cerimônia religiosa, que façamos, mas recitando Daimoku internamente.
Em todas essas questões, o importante é agirmos com bom senso e benevolência, respeitando as tradições dos outros.

Cesar Augusto Garcia, coordenador do Departamento de Juristas da BSGI, advogado, conselheiro seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e professor universitário

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A coragem como lema

REVISTA DEZ, EDIÇÃO Nº 73, PÁG. 23, JANEIRO DE 2008.

Uma das características fundamentais da BSGI está na forma alegre e sorridente como promovemos às atividades. Embora travemos grandiosa luta nos bastidores para que tudo dê certo, quando o evento acontece, a marca do sorriso se faz presente, transparecendo a felicidade de vencer os próprios limites e dar mais um passo em direção ao Kossen-rufu.

O presidente Ikeda orienta: “Qual é a chave para triunfar numa era de constantes mudanças?

É claro que são muitos os fatores envolvidos, mas creio que um ponto crucial é cultivar a autoconfiança.(Brasil Seikyo, edição no 1.914, 3 de novembro de 2007, pág. A3.)

Faz parte da cultura brasileira, esperar sempre que outra pessoa dê o passo necessário para transformar determinada situação.

Quando abraçamos o Budismo de Nitiren Daishonin, sofremos até conseguirmos aplicar ao dia-a-dia sua filosofia, que nos diz sermos nós os principais responsáveis pela própria felicidade.

A mais importante luta de boxe de todos os tempos foi protagonizada por Muhammad Ali e George Foreman.

Na época, a mídia mundial considerava Ali um pugilista velho e próximo à aposentadoria.

As famosas bolsas de apostas apontavam como ganhador George Foreman, então detentor do título de campeão mundial. Contudo, num dos mais espetaculares episódios esportivos da história, Ali foi o vencedor.

Há alguns anos, assisti a uma entrevista com Foreman na televisão. Perguntado sobre como pôde perder aquela luta, sua resposta foi mais ou menos assim:

Quando entrei no ringue, acreditava que ganharia. Sabendo que era mais forte, bati em Ali. Até o quinto round parecia que somente eu tinha a iniciativa.

A luta era eu bater e ele apanhar. No início do sexto round, não acreditava que Ali ainda estava em pé.
Foi quando começou a dizer “George, você bate como uma moça. Bata mais forte”.

E eu batia. Então, ele abaixava a guarda e dizia novamente: “É só isso que você pode fazer?”.
A sineta tocava, marcando os intervalos, e eu começava a duvidar de mim mesmo.

No décimo round, ele me derrubou duas vezes, sendo que na última fui a nocaute.

Mas isso não explica o porquê de você ter perdido — cortou o repórter.

Anos depois, ficamos amigos e perguntei a Ali como tinha conseguido ganhar aquela luta A resposta foi a seguinte:

“George, quando subi ao ringue contra você em Kinshassa (capital do antigo Zaire), resolvi que, mesmo se morresse, caísse ao chão, de forma alguma nada tiraria o título mundial de mim novamente.”
 
Não é à toa que nosso mestre clama para que nos tornemos vencedores. Quando conseguimos colocar em nosso coração a forte determinação de jamais sermos derrotados, nem mesmo quando tudo estiver apontando para o fracasso, nada será capaz de nos derrotar.

Sensei declara: “O budismo implica batalhas, e, portanto, devemos vencer.

A vitória no Kossen-rufu e na vida garante a felicidade a nossos descendentes pelas próximas gerações.

A boa sorte obtida ao vencer é transmitida de pai para filho, e assim pelo interminável futuro.” (BS, edição no 1.913, 27 de outubro de 2007, pág. A3.)

É o atual estágio de nossa luta que comprova exatamente essas palavras. Desde o dia da fundação da BSGI, no famoso episódio do Restaurante Chá Flora, quando o Distrito Brasil foi criado, até os presentes dias, muitas vitórias improváveis foram surgindo.

Por superarmos um a um os obstáculos e avançarmos constantemente, nos tornamos a “BSGI, Invencível e de Contínuas Vitórias”. Ou seja, cada membro da organização tornou-se invencível e fez da própria vida o palco das contínuas vitórias.

Nosso mestre afirma: “O grande pensador coreano Chong Yagvong declarou:

‘É a coragem que permite ao indivíduo concretizar seus planos e ser bem-sucedido em governar o Reino’.

A chave é a coragem. A coragem é o que nos permite realizar vários objetivos e sonhos que visualizamos em nossa mente. Vamos todos fazer da coragem nosso lema.” (BS, edição no 1.912, 20 de outubro de 2007, pág. A3.)

A coragem de jamais se permitir ser derrotado é a chave para uma existência feliz e vitoriosa, ou seja, uma existência DEZ!

Ronald Thompson é jornalista e acadêmico de Direito.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aprecie sua própria vida!

Aprender é difícil por que nossa sociedade nos ensina a respeito do bem e do mal, o certo e o errado. Estamos programados para crer no bem e no mal.
Se possuirmos as coisas que desejamos somos felizes. Se não possuímos, culpamos ás nossas vidas.

No Gosho “As 14 Calunias da Lei”, Daishonin nos ensinou que há 14 coisas que nos impedem de sermos felizes.

Duas delas são:
1.  uma percepção equivocada de nossas vidas (não sabemos quem somos),
2.  temos muito apego ás coisas materiais. Aceitamos nossas identidades equivocadas tão profundamente que se convertem em nossa realidade.

A apreciação não se refere ás coisas fora de nós mesmos.

Aprecie sua vida ante tudo.
Quando fracassa, aprecie-se. Se depois de vários intentos fracassa e volta a tentar, aprecie-se. Aprecie-se quando se sentir envergonhado de si mesmo. Nosso problema fundamental é que não somos felizes.
Bom, de que maneira mudamos isso?
Aprecie quem você é. Você é um Buda. É a melhor coisa que tem aparecido em todo planeta! Você é a maior coisa do universo inteiro. Se você acredita que não há nada que possa fazer com a sua vida, então, não haverá nada que possa fazer. Acreditar que você pode fazer qualquer coisa é como harmonizar sua vida.

Quando éramos criança, ninguém nos ensinou a andar. Nossa natureza era verdadeira e aprendemos por nós mesmos. Mas na medida em que fomos crescendo, as pessoas, os pais, professores, etc., quiseram nos controlar. E nos dava raiva.


Seja como uma árvore.

Uma arvore se mantém não importa se você a golpeia ou a insulta. Está em harmonia consigo mesma. Não lhe importa o que você faça. Ela é só uma arvore.

Mas não é a mesma coisa com os seres humanos. Nós não vivemos em harmonia com a nossa natureza e somos desviados pelas opiniões e pensamentos fora de nós (influências).

Recitar Nam-myoho-rengue-kyo é ficar em harmonia consigo mesmo.

Mas vem da apreciação de sua própria vida. Quando sua vida está desmoronando, tente orar daimoku nesse momento para apreciar sua vida.
Se você estiver em harmonia, tudo mudará.
Nossas vidas têm um incrível poder de sabedoria, mas não confiamos em nós mesmos para deixar que isso seja assim!

Sempre buscamos fora de nós um aval que nunca conseguimos.

Se nos valorizamos, poderemos se capazes de influenciar ao nosso redor. Faça um desafio durante um mês.
Não importa em que situação está minha vida, recitarei Daimoku com a determinação de que mudarei esta situação em um mês.
Assumirei a responsabilidade para que isso aconteça.

E neste mês criarei o maior dos benefícios
da minha vida.

Daishonin disse que a Torre do Tesouro do Sutra de Lótus é o Gohonzon, e que cada um de nós que recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo somos muitos Budas atesourados.
Se você tem fé de que é um desses Budas atesourados, então no local onde você está, é o local do Buda e o sonho que você tem é o sonho do Buda. E acaso você descuidasse sua vida, não poderá mudar as coisas.

Novamente o desafio para mudar sua vida em um mês.

1. Perceba a verdadeira vida (sou um Buda).
2. Assuma a responsabilidade para criar o maior benefício que nunca tenha tido na sua vida. Tudo começa e acaba com você. Kyochi Myoho = inseparabilidade da pessoa e a Lei.

Quando você ora Daimoku,
você e a Lei se fundem num só.

O Nam-myoho-rengue-kyo abrange todo o universo.

Não ore para vencer um obstáculo.
Não ore por algo que está lá fora.

Ore Nam-myoho-rengue-kyo para a harmonia da sua própria vida.

Ore para perceber a própria verdade. (g.n.)

O que significa apreciar a outra pessoa?

Significa que você não faz julgamentos sobre elas.
Não importam quais sejam as circunstâncias, você fará qualquer coisa pela felicidade de outras pessoas. Não utilize a ira como forma de julgar.
Tudo bem ficar bravo, mas não julgue a vida de outra pessoa só porque você ficou furioso com essa pessoa. Ser um Buda não significa que você seja perfeito.
Significa que você sempre haverá de converter o negativo em benefício.

Esta é a história do Bodhisattva Fukyo. Era um discípulo de Sakyamuni.
Originalmente era um homem rico, mas era muito infeliz.
Quando se converteu ao budismo decidiu que demonstraria completa apreciação a todas as pessoas que encontrasse no seu caminho de modo que a cada uma delas que via fazia reverência. As pessoas não podiam entender esse comportamento de um estranho.
De modo que começaram a insultá-lo, e ele continuava a reverenciá-los.
Logo começaram a lhe jogar pedras por onde fosse. Mesmo esquivando as pedras, continuava a reverenciá-los.

Normalmente pensamos da apreciação como algo que está fora de si.
Nós apreciamos nossas poses ou o que alguém faz a nosso favor.

Mas no Budismo, a apreciação é
para nossa própria vida.


Lutamos para apreciar a essência de nossa vida, não importa pela situação que estejamos passando no momento.
Estamos programados desde muito cedo por nossas famílias, professores, a televisão, etc. Para acreditar que somos certo tipo de pessoa.
Mas o Budismo diz que temos uma percepção incorreta de nossas vidas.
Nitiren Dashonin disse:
aquele que percebe a grandeza de sua vida é um Buda. Aquele que não, é um tolo.
Ore o daimoku para perceber que você é um Buda tal como é o Nam-myho-rengue-kyo que oferece a oportunidade de perceber quem é você verdadeiramente. (g.n.)

Quando você percebe quem é você, logrará de forma natural influenciar seu ambiente.
A programação faz difícil apreciar nossas vidas. Pensamos que a apreciação sempre tem que estar conectada com o material.


Budismo é tomar consciência (despertar) da grandeza de sua própria vida. (g.n.) Não é fácil ter aprecio da sua própria vida porque sua própria vida não deseja apreciar-se a si mesma. Só tente orar daimoku por 15 minutos exclusivamente focalizando sobre a apreciação da sua vida. Sua mente se distrairá e pensará em qualquer outra coisa menos em apreciação.

Lute para manter-se focalizado na
apreciação tal como você é.

Em nossas mentes julgamos nossas vidas. (g.n.) Vemos parte de nós como bom e parte como mal. Achamos que temos que forçar tudo para o lado positivo para sermos felizes.
Mas você não pode fazer isso. Você é quem é. Não existe aquilo de um Buda bom ou um Buda mau. Somente se é um Buda Tal e qual você é. Todos somos somente Budas.
Algumas vezes fazemos coisas terríveis. O bem e o mal existem porque somos seres humanos.

A única coisa que nossa estupidez prova é que somos humanos e não há nada de ruim nisso.

Ser um Buda significa que tomamos o negativo e o convertemos num benefício.

Quando pegamos uma circunstância negativa e a utilizamos para validar uma crença negativa a respeito de nós, estamos na miséria. O fato de que não consegue o emprego que sempre tem desejado, não é uma prova de que você é uma pessoa terrível ou que não o merece. É uma oportunidade para provar o maravilhoso que você é como ser humano. (g.n.)



Todos somos disfuncionais de uma maneira ou outra e achamos que esta é a causa de todos nossos sofrimentos. Isso é besteira. Aceitamos tanto esta afirmação para ter uma razão para fracassar. Assim a negatividade só aprofunda-se e perpetua-se.



A condição de Buda também existe dentro de nossa disfunção. Se manifestarmos nossa condição de Buda e apreciamos nossas vidas, logo nossa disfunção se transformará no nosso grande benefício.

O Nam-myoho-rengue-kyo pode mudar tudo.

Tudo o referente ao nosso caráter é inacreditavelmente maravilhoso. Acreditamos que temos que consertar o que achamos que está errado, mas na realidade está errado! Necessitamos encontrar o maravilhoso e poderoso de nossa vida.
E isso pode fazê-lo numa noite se verdadeiramente você se apreciar. (g.n.)



Apreciação não significa que aceite as circunstâncias. De novo, não é algo que está fora de você.

A apreciação tem três qualidades:

1. Não importa o que aconteça você não deve trair seus sonhos/metas nem a você mesmo.
2. Não importa o que aconteça, não faça nenhum julgamento de você
3.  Não importam quais sejam as circunstâncias na sua vida, você pode mudá-las.
É inaceitável ficar num lugar onde se sinta deprimido.


Esta deve ser nossa atitude fundamental.
Se estiver com raiva, transforme-a na função do Buda.

Qualquer qualidade é fundamental na sua vida, ore Daimoku para apreciar (a qualidade) e esta se converterá num poder inacreditável.

Orientações de Jossei Toda das “Obras Completas de Jossei Toda” - Eis um trecho de uma carta enviada por ele a um parente em 1938.
A vida humana não é algo triste. É possível gostar da vida independente de onde se viva, em que tipo de casa se more, que comida se coma ou que roupa se vista.
Se entende as leis da vida, então esta pode ser feliz. Não se exalte por coisa alguma. Não tema coisa alguma. Em tudo, utilize seu intelecto e poder de raciocínio. Deixe sua vida ser impregnada por sentimentos baseados no puro amor.

Conferência de Departamento de Arte e Cultura da SGI-USA no FNCC (Florida Nature and Culture Center) - Sr. Sonoda, na reunião internacional de distritos de 03.11.2000.)

sábado, 28 de novembro de 2009

Vençamos com base na oração matutina!

Jornal BS, 28 DE NOVEMBRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 2013
Determine a cada dia!

Manter uma harmonia familiar e tornar-se um sênior com a dignidade de um monarca.
O Mestre orienta: “A prontidão é crucial para ter uma vida vitoriosa. A maneira como iniciamos cada manhã determina a vitória ou derrota do dia.
É importante determinarmos vencer pela manhã e começar o trabalho com renovada e vigorosa disposição.
Não podemos nos esquecer de que é o segredo para o contínuo sucesso. Estamos vivendo numa época tumultuada. Em época assim, a ação rápida é a chave para o sucesso”. (Ibidem.)
Sobre a oração, Nitikan Shonin (1665–1726), o famoso restaurador do Budismo de Daishonin, assegurou-nos: “Se crer neste Gohonzon e recitar o Nam-myoho-rengue-kyo, não haverá oração sem resposta, nem pecado imperdoável, toda fortuna será concedida e toda justiça será provada”. (Obras selecionadas da Escola Fuji, vol. 4, pág. 213.) Essa deve ser sempre a nossa absoluta convicção.

Ainda assim, por que parece que algumas vezes nossas orações não são respondidas?
Isso é uma manifestação da sabedoria do Buda, que age de maneira a nos fazer orar mais intensamente, para que possamos nos fortalecer para conduzir uma existência mais significativa e infalivelmente acumular uma boa sorte ainda maior e mais duradoura. Se qualquer oração, mesmo a mais insignificante, fosse respondida prontamente, iríamos nos tornar preguiçosos e degenerados e não iríamos manifestar o desejo de construir uma vida verdadeiramente digna e significativa.

Normalmente, não se recebe o pagamento no fim do primeiro dia de trabalho.
A muda que plantamos hoje não irá se transformar em um carvalho amanhã.
Se nossas orações fossem respondidas automaticamente, nem precisaríamos manifestar um sentimento realmente sincero, sem termos dedicado uma forte oração e sem o esforço de vida e morte. Iríamos nos tornar indivíduos inúteis e mimados.
Se isso ocorresse, nossa prática budista não nos tornaria pessoas de caráter notável; ao contrário, ela nos destruiria.
Há vários outros fatores que contam para que uma oração não seja respondida; porém, o importante é orar até conseguir.
Quando persistimos em nossas orações, refletimos em nós próprios uma inabalável sinceridade e começamos a mover nossa vida para uma direção positiva que conduz ao caminho de esforços sinceros e persistentes.
Ainda que suas orações não produzam resultados concretos imediatamente, sua contínua oração acabará manifestando um resultado muito maior do que jamais haviam imaginado. E também irá protegê-los.
Por exemplo, talvez orem objetivando algo em seu trabalho. Sua contínua oração para isso irá, mais tarde, colocá-los na ­estrada que conduz à felicidade em todos os aspectos da vida, em uma escala muito maior do que originalmente haviam desejado.

No futuro, olharão para trás e perceberão que sua oração foi infalivelmente respondida e ficarão completamente satisfeitos com o resultado.
A ­essência disso se resume no seguinte: se os objetivos de sua oração forem sinceramente contribuir para sua felicidade e para se tornarem seres humanos melhores, ela será infalivelmente respondida.
Ainda que não percebam o resultado imediatamente, com o tempo ela se tornará aparente.
Vamos todos nos esforçar para conduzir uma vida grandiosa sempre dedicada à verdade, buscando esse objetivo com ótima saúde e repletos de esperança.
Vamos conduzir nossa vida com convicção e sem arrependimentos, avançando com paciência, entusiasmo e um verdadeiro espírito de amizade e companheirismo.

Vença pela manhã recitando uma hora de Daimoku

Sem dúvida, será um grande desafio para todos orar mais pela manhã. Aqueles que já recitam, parabéns!
Aqueles que estão se lançando ao desafio, que tal iniciar o primeiro dia com a recitação de cinco minutos?
No dia seguinte, dez minutos e assim gradativamente ir aumentando até completar uma hora todos os dias?
Dessa forma, cria-se um ritmo de uma hora infalivelmente pela manhã.

As Vívidas Lições do Buda Sakyamuni ( Siddharta Gautama).

Comentando sobre a personalidade de Sakyamuni, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, cita a famosa:
“Se desejar compreender as causas que existiram no passado, veja os resultados que são manifestados no presente. E se desejar compreender quais resultados serão manifestados no futuro, olhe as causas que existem no presente”.

Por meio dessa passagem, Sakyamuni ensina a não sermos reféns do passado nem temerosos com relação ao futuro. Seu intento é nos encorajar a “cavar a terra sobre a qual estamos”, pois a felicidade não se encontra em outro local — bonito e agradável —, ela é construída, aqui e agora, no local onde vivemos. E somente nós podemos fazer jorrar o manancial que tornará esse ambiente um oásis de boa sorte e felicidade.

Outro aspecto da personalidade do Buda é a sua atitude de ouvir atentamente as pessoas e encorajá-las.
Por exemplo, quando uma mãe, em sua dor, pediu ao Buda que revivesse o filho, Sakyamuni concordou, contanto que ela lhe trouxesse algumas sementes de papoula. Mas essas sementes deveriam ser de um lar que a morte ainda não tivesse visitado.
Desesperada, a mãe começou a buscar por uma casa nessas condições. Naturalmente, não encontrou nenhuma. Então, ela começou a perceber que não era a única a experimentar essa tristeza, que cada lar abrigava o mesmo peso da privação e perda.
Assim, ela determinou superar sua própria dor.
Essa história, assim como muitas outras, ilustra a grande percepção do Buda com relação às profundezas do coração humano, e a sabedoria e benevolência que ele possuía para auxiliar as pessoas a elevarem sua condição de vida. Essa empatia com o sofrimento alheio sempre deve ser cultivada na organização, onde as pessoas interagem entre si, incentivam-se mutuamente e superam suas vicissitudes por meio da prática budista.

Referências: 1. Brasil Seikyo, edição no 1.421, 12 de julho de 1997, pág. 3. 2. Ibidem, edição no 1.344, 18 de novembro de 1995, pág. 4.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Postura de leão!

NOVEMBRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 95

Seguir o caminho de mestre e discípulo, assim como o jovem Daisaku Ikeda fez em relação a Jossei Toda, é a razão da jornada de sucessivas vitórias da Soka Gakkai e sua diretriz para todo o futuro.
Em diversos momentos, os sonhos tão aguardados se deparam com os obstáculos da vida e fica difícil acreditar que um dia eles se tornarão realidade, não é mesmo?

Esta é uma das grandes “armadilhas” que fazem muitas pessoas criarem a causa de sua própria derrota, pois no Budismo Nitiren aprendemos que “a desgraça vem da boca” e “a boa sorte vem do coração e torna a pessoa digna de respeito”, ou seja, quando surge a dúvida sobre a capacidade de superar uma condição e atingir o objetivo, esta determinação negativa cria a causa para derrota e todo o universo começa a ser conduzido para este caminho.
Ao contrário, se cultivar um coração puro e uma fé inabalável nas orações e no Gohonzon, esta determinação positiva de que conseguirá infalivelmente a vitória será a grandiosa causa para que todos os sonhos se tornem realidade.

Tudo o que acontece em nossa vida é resultado dos nossos pensamentos, das nossas palavras e ações. Assim, o segredo para fazer acontecer todos os sonhos encontra-se escondido nas ações e na nossa postura diante de cada situação no exato momento que elas acontecem.
Como é que sabemos se as nossas ações estão nos levando para a vitória ou derrota?

Basta seguir o “caminho de mestre e discípulo”, ou seja, agir como o presidente Daisaku Ikeda agiria se estivesse no seu lugar. Procure aplicar sempre em suas ações as orientações e o exemplo de vida do Mestre.
Fazer o que todos conseguem não é mérito algum, porém desafiar o que ninguém ainda fez gera valor e traz benefícios imensuráveis. Em um de seus escritos, Nitiren Daishonin afirma: “Aqueles que se consideram meus discípulos e praticam o Sutra de Lótus devem praticar exatamente da mesma maneira como eu faço.
Assim fazendo, Sakyamuni, Taho e as emanações de Sakyamuni de todas as dez direções, assim como as Dez Deusas irão protegê-los”.

Ter a sabedoria para fazer as melhores escolhas e ter a postura de um verdadeiro “filho do rei leão” garantirá que todos os objetivos sejam conquistados, mesmo quando ninguém mais acredita na vitória.
Somente os verdadeiros discípulos que superam a falta de tempo, os obstáculos e as maldades da vida, fazem acontecer a sucessão de vitórias e mais vitórias.
É com esta disposição que devemos viver os próximos meses para que o ano de 2010 seja um marco de vitórias na história.

Fontes: Brasil Seikyo, edição nº 1.729, 1o de janeiro de 2004, pág. C2. As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 2, pág. 231.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um ato de Amor e Coragem.

21 DE NOVEMBRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 2012

A história de Ângela Kátia Paiva Déa, responsável pela DF do Distrito Mem de Sá, CRJ, comprova que, de fato, não há nada mais forte do que a oração de uma mãe. Enxergar o filho como um verdadeiro tesouro tirou a angústia de seu coração e deu lugar à esperança de vê-lo longe das drogas e construindo um futuro promissor. “Eu era a única pessoa que acreditava em meu filho!” Um ato de amor incondicional e muita coragem.
Kátia, Lauro e Nelson Jerônimo compartilham a alegria de viver em harmonia e de conquistar muitas vitórias
Como a sra. Kaneko Ikeda afirmou em sua mensagem à Divisão Feminina pela passagem do Ano-Novo: “... meu marido e eu sempre costumamos dizer um ao outro, todas as adversidades e provações são uma fonte de crescimento, sementes de grande boa sorte para nós que praticamos o Budismo de Nitiren Daishonin”1, é exatamente assim que vejo cada “provação” que passei.
E talvez a maior de todas tenha sido a vitória que conquistei como mãe, ao ver meu filho Lauro recuperado das drogas, trabalhando, atuando na organização.
Nada pode deixar uma mãe mais feliz do que ver o filho no mundo Soka. Quando criança, tive uma família com muitos problemas por causa do desajuste emocional da minha mãe, que era internada regularmente, havia tentado suicídio e me culpava pelos sofrimentos dela.
As brigas entre minha mãe e eu eram constantes.
Em meio a uma delas, um amigo da minha irmã deixou uma frase escrita num papel.
Era Nam-myoho-rengue-kyo.
Na época, fiquei sem entender como isso poderia me ajudar. Fugi de casa, aos 18 anos, para me livrar dos problemas. Dessa “aventura”, resultou uma gravidez. Voltei para casa com um filho nos braços. Meus pais aceitaram o neto, mas pediram que eu procurasse um lugar para morar. Foi tudo muito difícil. Nessas condições, encontrei o Budismo Nitiren novamente.
Li um Brasil Seikyo no qual constava um trecho do escrito de Nitiren Daishonin, “Carta de Ano-Novo”: “O inferno está no coração da pessoa que insulta seu pai ou desrespeita sua mãe”. 2
Decidi recitar Daimoku disposta a mudar os sentimentos que tinha em relação a meus pais. A partir do momento em que passei a ter gratidão por eles, os benefícios começaram a surgir. Fui contratada para trabalhar num conceituado instituto de pesquisa e meus pais permitiram que eu voltasse para casa e consagrasse o Gohonzon na sala. Os resultados da harmonia familiar eram evidentes.

Uma filosofia de vida, um direcionamento correto, aceitar é fácil, difícil é manter a prática budista, pouco tempo depois, por falta de entendimento e compreensão do Budismo Nitiren, minha mãe começou a criticar.
Mais uma vez, por desentendimento com ela, fui obrigada a deixar a casa de meus pais. Agora era diferente: eu tinha uma filosofia de vida e um Mestre. Com base na frase “Quando se sentir derrotada, inicie novamente seu objetivo recitando Nam-myoho-rengue-kyo”, renovei minha decisão de contribuir ainda mais pelo Kossen-rufu e, nessa fase, ajudei três pessoas a ingressarem na BSGI.
Lauro morava com o pai em Guapimirim, Magé, município do RJ, e passava alguns fins de semana comigo. Depois de muitos anos, já na adolescência dele, casei-me novamente. Morando comigo, a rebeldia de Lauro se evidenciava fortemente e era proveniente da minha ausência como mãe na infância dele.
Lauro não me perdoava por ter ido morar com o pai. Em Guapimirim, ele começou a usar drogas e até a cometer pequenos furtos para comprá-la. Frequentemente, sumia dinheiro da minha bolsa.
Eu não acreditava que poderia ser o meu filho. Não dava mais para fugir, como na adolescência, tinha de encarar os problemas de frente.
Até que meu filho começou a sair de casa e a não voltar mais. Desesperada, eu saía atrás dele pelas ruas e o encontrava com mendigos, às vezes cheirando cola, buscava-o nas praças, nos parques à noite e sempre o encontrava com más companhias, usando crack.
Eram momentos dramáticos. Muitas vezes, não o reconhecia, sentia medo. Sofria demais e também me culpava por isso.
Escrevi uma carta ao Mestre, o líder da SGI, Daisaku Ikeda, relatando minhas angústias e meus sentimentos. A resposta foi: “Estarei orando pela saúde e felicidade de seus familiares”. O que me encheu de esperança e coragem!
Decidi fazer uma grandiosa luta para dissipar esse sofrimento. Assumi a função de responsável pela Divisão Feminina de comunidade. Realizava as reuniões em minha casa; às terças-feiras, recitávamos Daimoku; às quintas-feiras, era reunião para membros e convidados.
Também estudava os discursos do presidente Ikeda com os companheiros e, por meio dessas ações, obtivemos um grande avanço nas assinaturas mensais e semestrais. As atividades me ajudavam a superar.
O relato de Kurumi Maruyama, coordenadora da DF de Hiroshima, no Japão, que constava na matéria a ser estudada numa atividade do Grupo Coração me trouxe ainda mais coragem.
O filho dela também era rebelde e tinha se tornado líder de uma gangue.
Ela orava até amanhecer e quando o filho voltava para casa, gritava que não adiantava ela praticar o budismo porque nada ia mudar. Assim como eu, ela também sentia medo e era responsável de comunidade.
Uma líder disse a ela: “Enquanto achar que o problema é do seu filho, nada mudará. A partir do momento em que sentir de coração que ele é um tesouro, a situação irá se transformar”.3
As palavras de Kurumi neste relato, “Eu, como mãe, conheço mais do que ninguém meu filho, e sei o quanto ele é amável. Vou confiar nele mesmo que todos o abandonem”4, tornaram-se a minha própria decisão. Como mãe, eu também precisava acreditar no meu filho e reconhecer que ele possui o estado de Buda. Comecei a orar com a disposição de mudar a mim mesma, de forjar minha própria vida.

A mudança do coração da mãe muda o filho De fato, quando comecei a mudar o meu coração, Lauro também começou a mudar. Eu agora enxergava o meu filho como um verdadeiro tesouro. Consegui perceber que, com a própria vida dele, dava-me a chance de me empenhar mais e mais pelo crescimento da comunidade e pela felicidade das pessoas.
A angústia do meu coração deu lugar a uma enorme esperança.
Fui nomeada responsável pela DF de distrito e meu marido, Nelson Jerônimo, responsável de comunidade e do Grupo Alvorada pelo distrito.
Fizemos uma grande campanha de divulgação dos impressos e entrega do BS.
Espontaneamente, Lauro decidiu se internar numa clínica para dependentes químicos.
Conseguimos uma excelente clínica, onde ele ficou por dois meses e de onde saiu recuperado.
Assim como o filho da sra. Kurumi, ele hoje trabalha dignamente, é um grande valor no bloco onde atua e toda vez que conversamos sempre diz que me ama e agradece por eu ser a única pessoa que não desistiu dele e acreditou em sua vitória. Cada vez que ouço isso, meu coração se enche de alegria.
Recordo-me sempre das palavras do meu Mestre: “Estarei orando pela saúde e felicidade de seus familiares”. E me vem à mente, uma frase da mensagem enviada por ele e Kaneko Ikeda pela comemoração da Reunião Comemorativa do Dia da DF da BSGI este ano: “Avancem conquistando a vitória junto comigo”.
Avancei e venci junto com o meu Mestre!

Notas: 1. Brasil Seikyo, edição no 1.968 e 1.969, 1o de janeiro de 2009, pág. A2. / 2. Gosho “Carta de Ano-Novo” / 3. Brasil Seikyo, edição no 1.949, 26 de julho de 2008, pág. B6. / 4. Ibidem.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A importância do Gohonzon.

" Hase: Poderíamos iniciar falando da fé, pois, na cultura ocidental, é, realmente, muito comum, antes de crer, desejar saber o porquê das coisas, não é mesmo?

Fonseca: É verdade, principalmente quando se trata de religião. Falando do povo brasileiro, especificamente, muitos crêem que existe um ser superior coordenando suas ações, ou então não acreditam em nada que lhes é externo. Não há meio termo. (Risos.) Por isso, muitas vezes, não entendem a importância de receberem o Gohonzon, por acharem que se trata de mais um objeto do qual dependerão para serem felizes.

Cláudia: O budismo ensina que todas as pessoas possuem dentro de si o estado de Buda, e que precisa ativá-lo para manifestar a sabedoria e, dessa forma, compreender a real essência de todos os fenômenos. O Gohonzon seria o meio para manifestar o estado de Buda. Nitiren Daishonin o deixou escrito para que nós, ao recitarmos Daimoku diante dele, sempre lembremos desse infinito estado que possuímos e manifestemos a coragem de transformar tudo.
Além disso, como também aprendemos com o presidente Ikeda, tudo que se tem valor é registrado em papel. O dinheiro é papel, nossos documentos estão em papel. Enfim, dependendo do que consta no papel, ele tem um valor imensurável. No caso do Gohonzon, contém o estado de Buda. Por isso, tem seu grande valor.

Hase: Ao inscrever o Dai-Gohonzon, Nitiren Daishonin não deixou gravado nele sua imagem, mas sim seu elevado estado de vida após comprovar sua condição máxima como Buda Original dos Últimos Dias da Lei. Ou seja, deixou registrado seu estado de Buda. Se simplesmente tivesse apenas falado do Nam-myoho-rengue-kyo, mas não registrado, certamente o valor da Lei seria perdido.

Cláudia: No Gohonzon estão contidos todos os estados de vida, sendo que no centro está a palavra Nam-myoho-rengue-kyo, a Lei fundamental por meio da qual as pessoas manifestam o estado de Buda. Por isso, quando uma pessoa recita Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon, é capaz de manifestar a mesma condição iluminada do Buda.

Fonseca: Muitos não conseguem compreender a importância de ter o Gohonzon consagrado por acreditarem que, pelo fato de possuírem o estado de Buda em sua vida, ele não é necessário. Mas, fazendo uma analogia, é dito que dois terços do organismo humano é composto por água. Ou seja, por que então é necessário tomar água todos os dias? Certamente, para repor o que é perdido diariamente. Em nosso cotidiano, podemos ser levados por diversas situações, que nos fazem manifestar desde o estado de vida mais baixo até o mais elevado. O estado de Buda continua sempre ali, dentro de nós. Quando oramos ao Gohonzon, é como se alimentássemos esse estado de vida para termos sabedoria em nosso dia-a-dia. É como se “hidratássemos” nosso corpo, como no caso da necessidade da água, para enxergarmos tudo com base na visão de um buda.

Cláudia: Este exemplo é muito interessante. Todos necessitam de água, independentemente de já terem uma certa quantia em seu organismo. Da mesma forma, todos precisam elevar, a cada dia, seu estado de vida para enfrentar as difíceis situações que se apresentam no dia-a-dia e não se deixarem abalar por elas.

Hase: Um ponto muito importante que gostaria de ressaltar é que, quando estamos diante do Gohonzon, exercitamos também a relação de mestre e discípulo, princípio essencial da doutrina budista. Por quê? Se pararmos para analisar, quem foi o mestre de Nitiren Daishonin?
Ao estudar o budismo com o coordenador do Departamento de Estudo da SGI, Katsuji Saito, ele nos esclareceu que o mestre do Buda é a própria Lei. Ou seja, que Nitiren Daishonin se empenhou efetivamente em seus dias, passou por todas as provações para comprovar a grandiosidade da Lei. Foi após a Perseguição de Tatsunokuti, em que ele se declarou como Buda Original, comprovando realmente a veracidade da Lei, que começou inscrever e a conceder o Gohonzon a alguns de seus discípulos.

Cláudia: No Gohonzon está contida a grandiosidade da Lei. Ao recitar Daimoku diante dele, manifestamos em nós justamente a grande força da Lei, do Universo, e conduzimos nossa vida a um rumo correto, iluminando nossa escuridão fundamental. "

TC - JANEIRO DE 2007 — EDIÇÃO Nº 461

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Daimoku Intercontinental!

Prezados Budistas e Simpatizantes,

Recebemos um convite da Holanda para participar de uma roda de 72 horas de Daimoku em Homenagem ao dia 18 de Novembro - Fundação da Soka Gakkai.

Como funciona:
Começará nesta SEXTA-FEIRA (13 de novembro) às 4:00H da manhã - horário brasileiro até Segunda-Feira (16 de novembro) às 4:00H da manhã horário brasileiro.
- Vc escolhe o horário numa planilha e se compromete a fazer o mantra naquele horário.
pode ser 10 min, 30 min, 1 hora, 2 horas, etc... vc decide.



O importante é vc se comprometer com o grupo e reservar o tempo para fazer o daimoku num lugar tranquilo.

Quem quizer participar, mande um e-mail para info@soldelotus.com que eu enviarei a planilha.

É importante que vc me mande o nome da cidade onde mora para que eu possa enviar o "chart" completo para o grupo da Holanda.



Vamos que Vamos....

A Importância do Gohonzon na minha Vida - parte I

OUTUBRO DE 2001 - EDIÇÃO Nº 398

"O Gohonzon é o objeto de devoção do Budismo de Nitiren Daishonin e é perfeitamente dotado de benefícios."

Sueli: "Costumo dizer que o Gohonzon é como o espelho da nossa vida."
Marttuci: "Quando abraçamos esse maravilhoso objeto de devoção com a nossa vida, então nossa vida também se torna ouro."Terceira Civilização - Nas edições de agosto e setembro, dialogamos a respeito de o quanto o budismo corresponde às aspirações das pessoas e o quanto é essencial para que elas se fortaleçam e criem condições para enfrentar a dura realidade da vida. Dando prosseguimento, acreditamos ser oportuno dialogar a respeito da importância de consagrar o Gohonzon, objeto de devoção do Budismo de Nitiren Daishonin, em nosso lar.

Sueli Soyano Ogawa - Acredito que seja interessante falarmos a respeito do Gohonzon tendo em vista a grande campanha de Chakubuku que estamos realizando este ano. Espero que possamos esclarecer aos leitores o quanto o Gohonzon é indispensável em nossa vida. Cláudio Roman
Marttuci - É verdade. Algumas pessoas que já estão participando regularmente das atividades, realizando a prática da recitação do Gongyo e do Daimoku, que são simpatizantes de "carteirinha", ainda possuem uma certa resistência quanto a receber o Gohonzon. Conversemos a respeito disso.

Reginaldo Tateigi - Talvez isso se deva ao apego à religião que essas pessoas praticaram anteriormente ou ainda às crenças nas quais vieram sendo criadas. Espero que o nosso diálogo contribua para sanar as principais dúvidas em relação ao nosso objeto de devoção daqueles que estão iniciando a prática budista para que em breve possam recebê-lo sem qualquer receio.

Sueli - Costumo dizer que o Gohonzon é como o espelho da nossa vida. Principalmente as mulheres, que são mais vaidosas, sabem a importância de um espelho. Existem aquelas que sabem passar o batom sem o espelho, mas todas precisam dele para terem certeza de que tudo está certo. O espelho é o meio pelo qual podemos ver nossos defeitos e procurar corrigi-los. Dessa forma, com o Gohonzon podemos evidenciar o que há de mais belo em nossa vida e realizar nossa revolução humana.
Marttuci - Para nós, brasileiros, que crescemos recebendo um direcionamento cristão por meio da educação, da sociedade, da cultura e até da mídia, o nosso objeto de devoção, o Gohonzon, é algo que enfrenta uma certa resistência quanto à sua aceitação porque é diferente de tudo o que já se viu até então.
Quando falamos que existe uma lei que permeia o universo e que ela possui o poder e a força que normalmente são atribuídos a Deus, as pessoas ainda aceitam e pensam: "Puxa, existe uma lei universal."

Mas desse ponto até conseguirem substituir aquela imagem ou símbolo tão gravado em sua vida por um pergaminho, realmente é um passo grande, que muitos têm medo de dar.
E existe um paradoxo nisso, porque as pessoas acreditam na existência da lei, que não tem cor, nem forma e nem é paupável, mas não conseguem conceber o Gohonzon, que foi deixado pelo Buda Original Nitiren Daishonin na forma de um mandala. Ora, tudo o queexiste no universo tem um aspecto. Como identificamos, por exemplo, uma bicicleta?
Pelo seu aspecto: duas rodas, guidão, assento, correia etc. Essa lei que permeia o universo também possui um aspecto. Nitiren Daishonin revelou o aspecto dessa lei no Gohonzon. Por isso, quando visualizamos o Gohonzon, podemos sentir perfeitamente que essa lei existe e está em nossa vida. Ele definitivamente não é uma invenção de Nitiren Daishonin.

O Gohonzon é descrito como "perfeitamente dotado de total concentração de benefícios". Então, quando uma pessoa consegue aceitar o Gohonzon e compreender que ele incorpora a Lei Mística do universo, não tem como deixar de obter resultados positivos em sua vida. Levei quase trinta anos para ter total convicção disso (risos).

Tateigi - Ouvi de um veterano uma explicação muito interessante a respeito do Gohonzon. Ele dizia que todas as religiões possuem um objeto de adoração ou devoção, que podem variar de imagens ou símbolos até animais ou pessoas. Nas várias ramificações do budismo, há aquelas que adoram a imagem do Buda Sakyamuni ou ainda de vários outros budas ou representações de deuses celestiais.
Observamos que esses objetos de devoção possuem um determinado aspecto, uma condição de vida representada. No Budismo de Nitiren Daishonin, nós não adoramos nenhuma representação desse tipo. Nosso objeto de devoção é o Gohonzon que, como já foi dito, é um mandala perfeitamente dotado.

Por quê? Porque o Gohonzon contém todos os estados de vida representados em cada um daqueles caracteres inscritos nele. Todas as condições que a vida pode manifestar estão ali representadas. Quando vemos uma imagem de um santo ou de um buda, conseguimosvisualizar apenas a condição de vida expressa por ela naquela forma e naquele momento representado. No Gohonzon estão contidos todos os estados de vida possíveis e em seu centro está inscrito "Nam-myoho-rengue- kyo Nitiren", a Lei Mística e o Buda. Ele está assim composto para que todas as funções de nossa vida também fiquem centradas na Lei universal. Então, não importa a condição ou estado de vida que estejamos manifestando, por nos devotarmos à prática da fé, recitando Daimoku ao Gohonzon, poderemos redirecionar nossa vida à Lei do universo.

Por isso é que podemos dizer que o Gohonzon é perfeito e nos permite elevar nosso estado de vida, ou seja, realizar a revolução humana. Sueli - É por essa razão que, mesmo quando estamos desanimados, ou ainda, quando estamos sofrendo devido a algum problema, ao nos sentarmos diante do Gohonzon para recitarmos o Daimoku, gradativamente sentimo-nos revigorados, com uma outra disposição. É como uma nuvem espessa que vai se dissipando, dando lugar a um magnífico céu azulado.

Marttuci - Todo mundo sabe da existência da lei da gravidade. Quando soltamos algum objeto no ar, ele cai porque a intensidade da força gravitacional da Terra é mais forte e ela "puxa" o objeto para baixo. Podemos dizer que quando nos sentamos diante do Gohonzon, ocorre algo parecido. Mesmo que nos postemos diante do Gohonzon com o nosso estado de vida lá embaixo, como o dos quatro maus caminhos (Inferno, Fome, Animalidade e Ira), se professarmos o Nam-myoho-rengue- kyo com fé e sinceridade, o Gohonzon funcionará como essa lei da gravidade, "puxando" o nosso nível de vida novamente para cima, elevando ao mesmo nível potencial que possui, que é a incorporação da própria vida iluminada do Buda Nitiren Daishonin e a representação da grandiosa Lei do universo.

Tateigi - O interessante na prática budista é que não negamos em nenhum momento a existência dos estados de vida inferiores, pois eles estão intrínsecos à nossa condição como seres humanos. Seria irracional para o ser humano negar que possui esses estados que também estão claramente representados no Gohonzon.
Mas o Budismo de Nitiren Daishonin ensina que mesmo nessas condições inferiores também existe o estado de Buda. E quando oramos ao Gohonzon, centrando nossa vida, mesmo que esteja nos estados inferiores, na Lei Mística, então conseguimos elevar esse estado de vida. Digamos, por exemplo, que eu esteja num estado de Inferno, de total desesperança.
Ao centrar a minha vida na grandiosa Lei do universo, mesmo essa condição de Inferno assume um aspecto positivo como um potencial para uma grande transformação.

E isso é muito importante porque nos dá uma visão mais ampla e maior maturidade em relação à vida. Passamos a entenderque não é evitando ou negando o sofrimento que conseguiremos nos sentir bem ou felizes. É enfrentando tudo o que tivermos para enfrentar que nos fortalecemos como pessoas. Cada problema ou dificuldade que surge em nossa vida possui um significado e superando cada um deles é que realizamos nossa revolução humana.

Com o Gohonzon consagrado em nosso lar podemos recitar o Nam-myoho-rengue- kyo diante dele e no momento que desejarmos podemos sintonizar nossa vida à Lei do universo, e nesse fato reside a certeza de que temos todas as condições de alcançar a vitória no final. Sendo assim, entendemos que qualquer dificuldade, por pior que seja, tem uma razão para ocorrer em nossa vida, mas que, ao mesmo tempo, temos toda a condição para superá-la e assegurarmos a felicidade. Todos os fatos da vida ganham significado e valor. Todas as experiências passam a ser importantes. Cada obstáculo, cada desafio, é um passo adiante.

Sueli - Durante as vinte e quatro horas de um dia, vivemos variadas situações e momentos, e o nosso estado de vida oscila conforme os fatores externos a nossa volta. É muito difícil estar vinte e quatro horas com pique total. Por exemplo, de manhã, quando acordamos, acredito que a maioria se encontre no estado de Tranqüilidade, se bem que existem aqueles que acordam com um profundo mau humor ou péssima disposição.
No Gongyo da manhã, geralmente estamos sempre mais animados e dispostos. Agora, à noite, depois de um dia corrido, cheio de trabalho e de afazeres, algumas vezes resta "só o pó" da gente. Então, aquele Gongyo que deveria ser de profunda gratidão pelo dia sem acidentes que tivemos, às vezes acaba em lamentação. Mas é nesse desafio diário e constante de sentarmo-nos diante do Gohonzon, independentemente de como estejamos ou o que nos tenha acontecido no decorrer do dia, é que está a causa da vitória e dodesenvolvimento pessoal.

Quando conseguimos nos concentrar na recitação do Gongyo ou do Daimoku , desafiando a nós próprios, podemos sentir uma grande força nos revigorando por dentro. É como foi dito, mesmo em uma situação adversa conseguimos enxergar algo positivo e sentimos brotar em nós uma grande esperança. Na nossa prática budista, reconhecemos nossa condição de mortais comuns possuidores de muitos defeitos, mas aprendemos que por meio do Daimoku ao Gohonzon, conseguimos transformar tudo em um fator positivo que se soma à nossa vida e que desenvolve um eu cada vez mais forte e destemido.

Marttuci - Existe uma passagem do Gosho que diz: "Confie no Gohonzon, o maior objeto de devoção do mundo." Na época que comecei a praticar o budismo, essa foi uma das primeiras frases que ouvi. A mesma frase era dita em outras palavras naqueles dias.
Ela me foi passada da seguinte maneira: "Confie no Gohonzon porque ele não é superado por nada neste mundo." Essa frase me marcou muito porque eu pensava: "Bom, se o Gohonzon não é superado por nada neste mundo, então é com ele que eu quero ficar."
E é interessante porque, com a prática e com o nosso empenho, nós realmente intensificamos nossa convicção em relação a esse dito dourado.

Tanto que, com o tempo, nenhum problema consegue nos abater. Nós nos fortalecemos interiormente. "Eu tenho o Gohonzon e recito o Nam-myoho-rengue- kyo. Então sei que posso solucionar esse problema. Eu sei que posso vencer" - esta se torna a nossa convicção e passamos a desafiar qualquersituação desfavorável ou adversa.
Costumo me valer muito da seguinte frase do Gosho: "Não despreze o ouro mesmo que o recipiente esteja sujo." O recipiente somos nós. Podemos "estar sujos", com dúvidas, com problemas, ou então, algumas vezes, podemos nos sentir o mais desprezível dos seres, mas o Gohonzon é ouro, e o resultado da recitação do Daimoku também é. Quando abraçamos esse maravilhoso objeto de devoção com a nossa vida, então nossa vida também se torna ouro.

Tateigi - O Buda Original Nitiren Daishonin nos concedeu um objeto de devoção e uma oração. A nossa prática budista é, ao mesmo tempo, muito profunda e extremamente simples. Independentemente de as pessoas compreenderem ou não o que está escrito no Gohonzon ou o que significa literalmente o Nam-myoho-rengue- kyo, o simples fato de sentar-se diante do Gohonzon com uma postura correta e respeitosa, unindo as palmas das mãos e recitando o Daimoku, isso já é uma causa para acúmulo de benefícios em sua vida.
É como uma criança recém-nascida que mesmo não sabendo de todos os benefícios do leite materno, ao sugá-lo cresce forte e sadia, recebendo todos os nutrientes de que seu organismo necessita.

Digo que a nossa prática é profunda porque ela nos permite transformar nossa vida no nível mais fundamental e isso na verdade envolve uma relação complexa de diversos fatores e princípios. Conseguimos compreender isso com o decorrer daprática e também por meio do empenho no estudo do budismo.

domingo, 8 de novembro de 2009

Liderança

Ocupar uma posição de liderança é um sonho perseguido por muita gente. Porém, são poucos os que conseguem chegar lá. Isto porque exercer a liderança não é tarefa fácil. Ser líder requer sempre uma atitude pró-ativa, a disposição de superar-se a cada dia, a coragem de enfrentar os próprios medos, de assumir os próprios erros e, em alguns casos, os erros dos outros, enfim, de romper todos os tipos de barreiras.
Um excelente líder atua na vanguarda, conduzindo a todos com segurança e tranqüilidade e, quando preciso, atua também na retaguarda, impulsionando, incentivando e encorajando seus companheiros a darem largos passos de avanço junto com ele.
Apesar de tudo isso, um verdadeiro líder não sente como se estivesse carregando um imenso e pesado fardo nas costas, por amar o que faz e pelo fato de todos esses atributos requeridos já serem parte de sua índole ou caráter.

Esse é um assunto que o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, vem tratando constantemente e com muita atenção.
No romance Nova Revolução Humana, de sua autoria, uma líder da Divisão Feminina de Jovens perguntou a Shin-iti (pseudônimo de Daisaku Ikeda no romance) o que ela deveria fazer para conduzir as atividades e movimentar as pessoas conforme o seu desejo. Rigorosamente, Shin-iti respondeu: “Jamais pense que você é uma pessoa capacitada. Nunca tente movimentar as pessoas como máquinas só porque está num posto superior pelo seu cargo. Seja uma jovem que se empenha em tudo com a seriedade e a humildade de se curvar diante dos outros e dizer: ‘Sou uma pessoa simples e sem qualidades. Por favor, solicito o apoio dos senhores. Irei me esforçar no que for preciso para o bem de todos’. Com o coração tocado por essa sinceridade, as pessoas irão se levantar e cooperar com você. Ninguém segue uma pessoa quando percebe que ela é arrogante.
Não é uma questão de tática ou de métodos, mas sim de seriedade e de sinceridade. O fator determinante é se está ou não disposta a lançar-se resolutamente na luta pela felicidade de todas as pessoas com base na firme recitação do Daimoku”.

Ser um líder que dá ordens ou ocupa uma posição pode ser simples. Mas assumir para si a responsabilidade pelo sucesso ou insucesso de algo, valorizar a opinião dos outros e conduzi-los sabiamente, de forma que se sintam felizes e estimulados, fazendo de seus objetivos o deles próprios, é uma tarefa mais árdua, porém, fundamental para um líder compor uma história magnífica de criação de valores que seja lembrada por todas as existências.

“Liderança” é um tema que vem sendo cada vez mais discutido. A era atual, repleta de conflitos e de total inversão de valores, clama pelo surgimento de excelentes líderes, capazes de conduzir a humanidade ao caminho da paz e prosperidade.

Nos escritos de Nitiren Daishonin consta: “Se um general em comando possuir uma fraca determinação, seus soldados se tornarão covardes. Se um arco for débil, sua corda afrouxará. Se o vento for brando, as ondas não se levantarão. Todos esses exemplos estão de acordo com os princípios da natureza”.

Esta passagem clássica dos escritos revela o conceito de liderança no budismo. Como mencionado, ser líder implica, acima de tudo, ser exemplo de conduta, ser responsável em conduzir a vida de outras pessoas. O budismo descarta totalmente qualquer idéia de poder, status e autoritarismo que possa estar vinculada ao termo “liderança”.

Terceira Civilização - EDIÇÃO Nº 454

sábado, 7 de novembro de 2009

Só a meditação ou oração, o mantra, resolve?

MAIO DE 2009 - EDIÇÃO Nº 89
Ao chegar para a reunião do distrito, Wesley estava animado e orgulhoso por estar vencendo no desafio da oração diária. - Desde que decidi desafiar na recitação do Daimoku, não parei mais! Aumentei um minuto a cada dia e agora realizo quase uma hora todo dia! - Muito bem! - exclamou o sr. Ercílio, responsável do bloco, orgulhoso com a disposição do jovem.
Então, acredito que já visitou vários membros para dialogar e convidar para as atividades, não? Tomado pela surpresa, Wesley pensou um pouco e gaguejou: - É... Quero dizer, tenho orado todos os dias pedindo para que eles apareçam e se tornem ativos. Não estou fazendo o certo?

- A oração é poderosa! Sem dúvida, seu aspecto radiante é resultado do seu desafio no Daimoku. No entanto, toda oração deve ser completada com ações concretas para que os objetivos se concretizem. Somos uma organização e o sentido dela existir é que somente atuando junto às pessoas podemos construir um mundo melhor baseados na filosofia do humanismo. Vamos nos conscientizar de que o mundo da Gakkai é o único caminho para nossa felicidade.
Diferentemente de outras religiões, como budistas devemos ter uma postura ativa, empenhando-nos na prática da fé e lutando incansavelmente pelo Kossen-rufu. Não pode haver oração sem ação. Os problemas não se resolvem com uma atitude passiva. Nossos objetivos são alcançados com muito esforço. - Puxa! E eu pensei que estava fazendo o máximo!

Num discurso publicado no Brasil Seikyo (edição no 1.382, de 14 de setembro de 1996) o presidente Ikeda falou sobre a importância dos esforços contínuos que são as causas principais no movimento do Kossen-rufu. Ele disse: Nós acumulamos uma grande boa sorte por meio de nossas orações, dedicação e esforços sinceros em prol do budismo, do Kossen-rufu e da Humanidade.

Oração sem ação não é o caminho do Budismo de Nitiren Daishonin. Se correlacionarmos os cinco caracteres do Myoho-rengue- kyo ao nosso corpo, myo (místico) corresponde à cabeça. Ho (Lei) é a nossa garganta - a laringe que emite nossa voz; em outras palavras, corresponde a ensinar a Lei. Ren (lótus) é nosso peito; nosso coração, circundado pelos pulmões, lembra o formato de uma flor de lótus. Gue (flor) corresponde ao abdômen, e kyo (sutra), às nossas pernas. No Ongui Kuden (Registro dos Ensinos Orais), Daishonin declara: "Nossa cabeça é myo, nossa garganta é ho, nosso peito é ren, nosso abdômen é gue, e nossas pernas são kyo." (Gosho Zenshu, pág. 716.) "Nossas pernas" correspondem à ação. Somente quando agimos é que podemos realmente manifestar a Lei Mística - Myoho-rengue- kyo - em nossa vida. Quando falo em ação, refiro-me às atividades diárias da SGI. É por meio dessas atividades que adquirimos centenas de benefícios. Portanto, o importante é continuar a lutar pelo Kossen-rufu até o fim.

Em qualquer jornada, não podemos esperar atingir o nosso destino se pararmos no meio do caminho. Da mesma forma, se apesar da boa sorte de termos encontrado e abraçado o incomparável caminho do budismo pararmos no meio do caminho, todos os esforços que tivermos realizado até então terão sido em vão; não poderemos atingir o estado de Buda.
É por isso que cada um de nós realiza contínuos esforços, e encorajamos os outros a fazerem o mesmo. Esse é o caminho da verdadeira benevolência. Todos nós oramos primordialmente para a conquista dos benefícios. Ao fitarmos o Gohonzon, no momento da oração, muitas vezes imaginamos que os benefícios entrarão pela porta de casa, vindo de fora.

Nosso Mestre disse em certa ocasião: "A questão principal é: uma ação positiva possui um benefício inerente. O benefício não é absolutamente algo que vem de fora. Ele surge de dentro de nossa própria vida; manifesta-se por nossas ações. O benefício jorra como água de uma fonte. É isso o que significa benefício." (Ibidem, edição no 1.525, de 25 de setembro de 1999, pág. A3.)

Antonio Ioshio Nakamura, Vice-presidente da BSGI