Comentando sobre a personalidade de Sakyamuni, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, cita a famosa:
“Se desejar compreender as causas que existiram no passado, veja os resultados que são manifestados no presente. E se desejar compreender quais resultados serão manifestados no futuro, olhe as causas que existem no presente”.
Por meio dessa passagem, Sakyamuni ensina a não sermos reféns do passado nem temerosos com relação ao futuro. Seu intento é nos encorajar a “cavar a terra sobre a qual estamos”, pois a felicidade não se encontra em outro local — bonito e agradável —, ela é construída, aqui e agora, no local onde vivemos. E somente nós podemos fazer jorrar o manancial que tornará esse ambiente um oásis de boa sorte e felicidade.
Outro aspecto da personalidade do Buda é a sua atitude de ouvir atentamente as pessoas e encorajá-las.
Por exemplo, quando uma mãe, em sua dor, pediu ao Buda que revivesse o filho, Sakyamuni concordou, contanto que ela lhe trouxesse algumas sementes de papoula. Mas essas sementes deveriam ser de um lar que a morte ainda não tivesse visitado.
Desesperada, a mãe começou a buscar por uma casa nessas condições. Naturalmente, não encontrou nenhuma. Então, ela começou a perceber que não era a única a experimentar essa tristeza, que cada lar abrigava o mesmo peso da privação e perda.
Assim, ela determinou superar sua própria dor.
Essa história, assim como muitas outras, ilustra a grande percepção do Buda com relação às profundezas do coração humano, e a sabedoria e benevolência que ele possuía para auxiliar as pessoas a elevarem sua condição de vida. Essa empatia com o sofrimento alheio sempre deve ser cultivada na organização, onde as pessoas interagem entre si, incentivam-se mutuamente e superam suas vicissitudes por meio da prática budista.
Referências: 1. Brasil Seikyo, edição no 1.421, 12 de julho de 1997, pág. 3. 2. Ibidem, edição no 1.344, 18 de novembro de 1995, pág. 4.