sábado, 21 de dezembro de 2013

Eu sou BUDISTA e celebro o natal!

Considerando as origens do Natal, enquanto muitos adoram o nascimento de Cristo no natal, o feriado originalmente era em homenagem ao solstício de inverno

A árvore de Natal, embora a verdadeira origem não seja precisamente conhecida, acredita-se ser de origem pagã, essencialmente “cristianizada” através da conversão de várias sociedades ao cristianismo.

Natal moderno, em grande parte do mundo, tem um apelo comercial muito forte - dizem às pessoas que é importante comprar, comprar, comprar, dar, dar, dar.

"Enquanto alguns mantêm suas tradicionais práticas cristãs, para muitos não é só isso. Curiosamente, os japoneses são essencialmente budistas, xintoísta, e geralmente uma combinação dos dois, mas eles celebram o Natal na forma de pequena troca de presentes, festas modestas com parentes e amigos, bolo de natal, e uma refeição ao estilo ocidental."

O que, nós budistas, celebramos é o espírito natalino – amizade, união, compaixão, amor, etc. Principalmente, aproveitamos a oportunidade para rever parentes e amigos que moram longe.

O Natal é a época das confraternizações, na família, no trabalho, na escola, etc. nos reunimos com os nossos diversos grupos sociais para mostrar gratidão pela parceria e amizade desenvolvida durante o ano. Para comemorar as realizações e para fazer planos p melhorar as questões pendentes e que não deram certo.

Tudo no Natal remete ao princípio budista muitos corpos e uma única mente – os rituais de montar a árvore de natal, de mandar cartões aos vizinhos e amigos distantes, de preparar a ceia e reunir a família a mesa – tudo isso mostra que apesar das diferenças todos nós sabemos que a união, a solidariedade e o cuidado para que todos se sintam acolhidos no festejo natalino é em sí a materialização do amor. Este sim, é o melhor e maior presente que podemos receber uns dos outros.

O Natal é em essência, a festa do coração, onde ele se amolece e se entrega, sem resistência, na sua totalidade e acolhe a VIDA!

FELIZ NATAL!

sábado, 19 de outubro de 2013

Budismo e o Instituto Royal

Como Budista eu acredito no potencial ilimitado do ser humano, na sua inteligência e sabedoria inatas para construir um mundo melhor para todos nós.

Sou uma otimista por natureza e tenho o não-conformismo no meu DNA.

Como o budismo nos ensina, os momentos cruciais na nossa vida são uma grande oportunidade de realizar a nossa revolução humana. Assim como no individual, os momentos cruciais também acontecem no coletivo, na sociedade, e são uma grande oportunidade de transformação – um caminho aberto para a “terra da luz tranquila”.

Como BUDISTAS prometemos conduzir TODOS OS SERES VIVENTES no caminho da iluminação.

“Ilimitados seres viventes obterão o fruto do Estado de Arhat. Ilimitados seres viventes despertarão para a iluminação do Pratyekabuda.
Um inconcebível número de seres viventes resolutamente decidir-se-ão pela Via do Buda e encontrarão a não-regressão”.

Apesar de em vários momentos no sutra de lótus ele falar em homem, mulher e seres humanos, quando se trata de iluminação ele sempre se refere a SERES VIVENTES – dando amplitude e importância aos seres que habitam este planeta.

Este momento é um momento crucial para a ciência
 e para a sociedade!

A invasão do Instituto Royal trás o foco da mídia para o uso de animais em experimentos científicos. Infelizmente algumas empresas ainda trabalham de forma arcaica, o governo financia – com o nosso dinheiro – metodologias que ferem a vida e a sua dignidade e muitas pessoas da sociedade se mantém ignorantes a esta realidade.

Através de uma pesquisa na internet, podemos verificar que, LENTAMENTE, cada vez mais empresas acordam para esta realidade que envolve não apenas questões éticas e morais, mas também, questões HUMANISTAS.

Um pequeno exemplo é o trabalho que a Fiocruz vem desenvolvendo para descobrir métodos alternativos aos testes em animais:

Porém, como disse antes, a ignorância e a ganância tornam este avanço lento. Falta interesse da indústria e do governo e pressão da sociedade.

Estamos num momento CRUCIAL e cabe a nós ACELERARMOS o processo de mudança na pesquisa científica - tenho certeza que esta ação contra o #institutoRoyal , se contar com o apoio massivo da população, inaugurará uma nova era que será benéfica a todos nós - humanos e animais!

Ex: "Desenvolvemos um método de olhar para uma proteína e ver como, exatamente, ela faz o que faz. Isso pode ser usado, por exemplo, para desenhar drogas", citou Warshel, por telefone, ao ser questionado por uma jornalista sobre quais avanços seu trabalho trouxe."

Que o dinheiro que o governo investe em pesquisas, seja DIRECIONADO às pesquisas que realmente beneficiem a ciência e todo o ecossistema!

Como budistas não podemos ficar assistindo a tudo isso 
de cima do muro.

"Se você não tem a coragem de ser um inimigo do mal, então também não pode ser um amigo do bem."  (Makiguti )

No caso do #institutoRoyal, não existe meio termo - a invasão e resgate dos cães é fato, ACONTECEU.

Ou se fica a favor dos ATIVISTAS ou a favor do Instituto Royal.

As redes sociais são ferramentas poderosas para ajudar um lado ou o outro e esta pressão pode definir o rumo do processo judicial que não será fácil para os ativistas.

Não é momento de filosofar é o momento da REAL opinião - posicionamentos.

Momento de CORAGEM para dar um passo para um lado ou para o outro.

Vamos meditar, fazer muito daimoku, para que possamos contribuir da melhor forma possível e para que a sociedade desperte para a COMPAIXÃO, solidariedade e sabedoria.

Lutemos todos juntos para banir o sofrimento e conduzir a nossa sociedade a felicidade absoluta do estado de vida Buda.


A voz realiza o trabalho do Buda!
Compartilhem esta mensagem e converse com as pessoas próximas a você!

Assistam esta matéria do Hoje em Dia para entender melhor o que aconteceu - o Instituto Royal já vinha sendo investigado pelo Ministério Público e a invasão aconteceu depois que as negociações falharam:

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Ao invés do Fantástico assistam o Domingo Espetacular, que com absoluta certeza fará uma matéria melhor do que a Globo.

A Rede Record vem se posicionando cada vez mais a favor da causa animal e se comprometendo a mostrar a verdade neste assunto ainda "polêmico".

Corroborando com o que foi dito acima sobre MOMENTO CRUCIAL e a nossa postura como budistas, vejam este vídeo:


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Professor dá aula sobre felicidade e budismo no Jô Soares.

Clóvis de Barros Filho leciona Ética na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). 
Sua entrevista no Programa do Jô foi ao ar no último dia 27 de setembro, na Rede Globo, e o  vídeo se tornou um dos melhores virais no FaceBook.



O motivo para a participação do professor no programa era o lançamento de seu livro “A Filosofia explica as grandes questões da humanidade”, da editora Casa da Palavra. No entanto, o trecho da entrevista compartilhado milhares de vezes mal trata sobre esse assunto, mas sim sobre "felicidade".


Neste vídeo há vários princípios  budistas que foram ensinados há 3.000 anos pelo Sakyamuni ( Sidarta Gautama ).

O prof. Clóvis explica os estados de vida de uma forma diferente: ele fala, a alegria é um estado de passagem para revelar algo muito maior dentro da gente.

Quando ele está dando aula às 10:00h e seu estado de alegria está forte - de repente bate na porta da sala a secretária falando que ele está incomodando os outros professores.
Para onde vai o estado de alegria dele? para o saco!

Vejam o texto sobre os 10 estados de vida: Clique Aqui!

Outra coisa interessante que o budismo nos ensina - NIJI.

A percepção que ele teve aos 13 anos de idade "neste momento" TRANSFORMOU O SEU INTERIOR e isso refletiu no seu exterior!

Até os 13 anos ele tinha uma existência miserável, como ele mesmo disse: era o cara estranho e a participação na aula dele deve ter sido mais para fazer bullying do que para aprender. 

Porém, ele percebeu o momento, teve sabedoria e energia vital para MUDAR O JOGO!
Ele entrou no pequeno palco como o bobo da corte e saiu respeitado.

Estes momentos acontecem na vida de todos nós e o budismo nos ensina a estarmos preparados ( energia vital e sabedoria ) para neste momento (niji) mudarmos a nossa história. Apagar o sofrimento do passado e construir um futuro brilhante.

Tudo o que precisamos para mudar a nossa vida, erradicar o carma negativo e criar carma positivo, está dentro de nós mesmos.
Revelar o nosso verdadeiro e ILIMITADO potencial é possível através da prática budista.

A vibração do mantra NAM - MYOHO- RENGUE- KYO  faz com que o estado de Buda inerente em nossas vidas se manifeste na forma de POSITIVISMOLIBERDADEAUTO-ESTIMACORAGEM e acima de tudo SABEDORIA! 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

São Francisco de Assis e o Buda Sakyamuni.

Hoje no dia 04 de outubro, dia em que os católicos comemoram o São Francisco de Assis, devemos aproveitar a oportunidade para conscientizar as pessoas sobre a nossa responsabilidade em proteger e cuidar dos animais. 

Como BUDISTAS prometemos conduzir TODOS OS SERES VIVENTES ao caminho da iluminação.

“Ilimitados seres viventes obterão o fruto do Estado de Arhat. Ilimitados seres viventes despertarão para a iluminação do Pratyekabuda. 
Um inconcebível número de seres viventes resolutamente decidir-se-ão pela Via do Buda e encontrarão a não-regressão”.

Apesar de em vários momentos no sutra de lótus ele falar em homem, mulher e seres humanos,
quando se trata de iluminação ele sempre se refere a SERES VIVENTES – dando amplitude e importância aos seres que habitam este planeta.

Outra passagem clara é o trabalho do seu discípulo Manjushri nas terras do rei Dragão – um ANIMAL. Ele caracteriza o discípulo no trecho “como ser humano” e mostra a diversidade das criaturas que podem alcançar a iluminação através dos “seres viventes”.

O Bodhisattva Sabedoria Acumulada indagou a Manjushri: 

Como ser humano, quantos seres viventes você ensinou lá no Palácio do Dragão?"

O Bodhisattva Manjushri respondeu: 
“Um número ilimitado e incontável, que não pode ser expresso em palavras ou sondado pelo pensamento. Espere apenas um momento e você obterá a prova por si mesmo”.

Outro exemplo muito explícito é a iluminação da filha do rei dragão de 8 anos de idade – um ANIMAL, fêmea e criança. 
Muitos budistas não acreditaram na sua iluminação por julgá-la impossível, aqui o Shakyamuni mostra alguns pre-conceitos da época: ás mulheres, crianças e animais – segundo os “sábios” seguidores do budismo – não era permitido alcançar a iluminação.

Então, filha do rei dragão alcançou a iluminação, se transformou em um homem, conduziu várias pessoas à iluminação e voltou a sua forma original para provar para os seguidores de Shakyamuni que 
mulher, criança e também ANIMAIS podem atingir a iluminação através do Sutra de Lótus.

Quanto aos animais, estes não são dotados de livre arbítrio e muito menos da capacidade de fazer os seus próprios julgamentos diante de situações e pessoas. Sendo assim, estes alcançam a iluminação através dos seres humanos os quais convivem no mesmo ambiente.

O Ser Humano é o único ser vivente capaz de alcançar a iluminação sem ajuda de outros, pois tem a capacidade de decidir o seu próprio caminho. E esse tem a grande responsabilidade de conduzir os seres, que não têm a capacidade de trilhar o caminho sozinhos, a iluminação.

Quando escutamos o pedido de Shakymuni, Nitiren e Daisaku Ikeda: 
transforme o lugar em que você vive na terra do Buda, para quem tem um conhecimento profundo dos ensinamentos budistas, sabe que eles nos urgi à conduzir todos os SERES VIVENTES no caminho da iluminação. 

A terra do Buda é composta de seres humanos, animais, vegetais e minerais, pelo que sabemos, seria impossível o nosso planeta se tornar a terra do Buda se deixássemos qualquer um destes grupos sem alcançar a iluminação.

Ouvimos muito alguns budistas falarem: 
estou salvando vidas com o Nam-Myoho-Regue-Kyo e a filosofia do Sutra de Lótus. Sim, salvamos muitas vidas, porque damos a ferramenta ( NMRK) às pessoas para se salvarem de si mesmas. 

O Sutra de Lótus nos tira da escuridão fundamental e nos conduz a uma vida mais descomplicada e feliz – nos ensina a “escalar as montanhas” do nosso dia-a-dia de forma mais determinada, corajosa e sábia, superando obstáculos e carma de forma definitiva.

Ensinamos o ser humano a salvar a si próprio através do Sutra de Lótus, e os animais?

Esses não têm a capacidade de salvar a si próprios da maldade humana e muito menos trilhar o caminho da iluminação por si só.

Pergunto, qual a sua atitude perante a isso? 

Você realmente acha que se preocupando em ensinar pessoas o mantra NMRK e deixando de lado os animais e o meio ambiente está cumprindo o grande juramento budista?

Você realmente acha que quando o seu ego te domina e você mostra, cheio de pose e orgulho, a quantidade de chakubukus que você fez ou o tamanho e desenvolvimento do seu bloco/comunidade, você está realizando um trabalho budista exemplar?

Você realmente acha que ignorando os seres viventes vulneráveis que dependem exclusivamente de você para alcançar a budicidade, você está realizando o trabalho de um verdadeiro discípulo de Shakyamuni?

É uma questão de humanidade proteger e cuidar do bem-estar dos animais e é uma questão budista conduzi-los a iluminação. 

As pessoas que fogem desta responsabilidade ainda não despertaram para o verdadeiro sentido da palavra humanismo e budismo.

Clique na imagem
Esterilizar (castrar) o seu animal de estimação é um ato de amor: evita que coloquemos mais animais no mundo para sofrer maus tratos e dar a chance de um que foi descartado encontrar uma nova família – ter uma chance na vida. Evita também o câncer de testículo e piometra nas fêmeas, mais comuns do que vocês imaginam.

A injeção anticoncepcional para as fêmeas é uma crueldade, já foi comprovado pela ciência que é a principal causa de câncer de mama.

A castração não impede o macho de cruzar, ele continua com a libido, porém acalma os hormônios e evita a situação desagradável de ter um cachorro subindo nas pernas das visitas. Com a esterilização ele continua cruzando quando encontra uma fêmea no cio e tem o seu desejo ativado pelo cheiro que ela exala, mas não descontroladamente e compulsivamente como antes da castração. 

Despertar para a sua responsabilidade com estes seres indefesos significa agir efetivamente: 
  • cuidar dos que estão sob sua guarda, 
  • ajudar os abandonados ( amenizando o sofrimento deles): colocando água e alimento nos locais em que se encontram.
  • Oferecendo ajuda financeira ou voluntária para as ONGs ou protetores independentes.
  • Adotando e incentivando a adoção de animais abandonados.
  • Levando a mensagem da proteção e bem-estar animal aos familiares e amigos.


* Um verdadeiro discípulo do Buda não cumpre o juramento que fez pela metade, PENSE NISSO!


Você está contribuindo para a proteção e bem-estar animal na sua cidade?


"Se você não tem a coragem de ser um inimigo do mal, então também não pode ser um amigo do bem."  (Makiguti )

Relato da Gatinha Gorda: Clique Aqui!
Como os Seres inanimados alcançam a iluminação ( mineral, vegetal, etc.): Clique Aqui!

O Bem que você faz, é o bem que te faz
Iluminando o caminho dos outros, você está iluminando o seu próprio caminho.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

“Há algo tão inevitável quanto a morte, que é a vida”

Relato de Keith Argolo e sua filha Renata.
Comunidade Itapõa/bloco Petromar-Salvador-Ba


Realizar um relato é motivo de grande responsabilidade, por nos colocar diante de nossos sofrimentos, nossas derrotas, nosso orgulho, nossos sentimentos mais íntimos, sobretudo nossa intimidade.

Contudo é necessário por sermos testemunhas vivas de como é possível extrairmos o imenso potencial nos momentos mais difícieis.

É necessário dizer que praticamos o budismo de Nitirem Dashonin para mudar o nosso destino, para redimirmos o nosso carma e sermos felizes.

Até meados de 2007 realizava a prática sem maiores desafios. Entretanto em 23 julho em virtude do trabalho fui acionada pelo serviço social de determinada maternidade para informar sobre o nascimento de uma criança, que teria seus direitos violados. Condicionando a alta hospitalar a presença do Conselho Tutelar.

A genitora teria tido oito filhos e jamais teria cuidado de nenhum deles encontravam-se espalhados em famílias distintas, contudo naquele dia não foi possível atender a demanda, por estarmos sem o carro p/o deslocamento.
Já no dia seguinte fomos ao hospital e só vieram liberar a recém-nascido ás 19:00h. 

Desloquei-me até o juizado, onde também nos foi negado abrigo, impotente diante da situação, eu o motorista a criança e três latas de leite na rua, me pus a questionar, não me restou alternativa a não ser trazê-la para casa, ate amanhecer.

No percurso, liguei pra minha família avisando que estaria chegando e que precisaria de ajuda, afinal era pequenina demais, não saberia como alimentá-la. Ao chegar em casa, reverenciei o Gohonzon realizando o gongyo direcionando para aquela criança que tão pequena já nascia envolta ao sofrimento, desprovida de boa sorte.

Ao amanhecer foi possível colocá-la na instituição, para que fosse cuidada; e lá ouvi do serviço social que pelo estado e histórico da criança, talvez não conseguisse sobreviver.

Em seu relatório de alta hospitalar informava: Genitora com 29 anos não realizou o pré-natal; HIV positivo, usando antiretrovirais e antibióticos, usuária de substancia psicoativa, crack, etilista, tabagista, infecção urinária não tratada, apresentava liquido amniótico purulento.

Diagnóstico:
• Recém-nascido prematuro extremo peso muito baixo.
• Desconforto respiratório precoce (Ronco).
• Risco para infecção perinatal: liquido amonoático purulento + bolsa rota 5 dias antes.(perda de liquido).
• Exposição intrauterina ao HIV – Fez uso de AZT xarope por 06 semanas.
• Agitação psicomotora seguida de abstinência – uso de fenobacbital profilático por 05 dias.
• Icterícia tardia: fez uso de fototerapia.
• Risco de retinopatia da pré-maturidade: Cegueira encaminhada para o Instituto dos cegos para reavaliação.
• Peso da criança 1, 200 g

A partir daí iniciamos a luta com a família para proceder com os encaminhamentos necessários, e em visita domiciliar detectamos a impossibilidade de inserir a criança em sua família de origem.

Para sua segurança, a mantivemos acolhida sem nenhum tipo de contato ou visita, os familiares a desejavam para a prática de mendicância, inclusive já a teriam vendido pelo valor de R$ 200,00 (Duzentos Reais).

Diante do exposto o Conselho Tutelar resolve encaminhar o caso a promotoria da Infância e ao Ministério Público, sugerindo a colocação da criança em família substituta por entender, que se tratava de negligencia, maus tratos, abandono material e humano, já que, uma das crianças da genitora teria sido abandonada em via pública, outro dizimado em um incêndio causado por ela, ao acender uma vela para fazer uso do crack.

Ao realizar as visitas semanais para verificar o seu desenvolvimento e o de outras crianças que estariam inseridas no mesmo local, observava a reação da pequena, realizava daimoku para que ela se tornasse um valor para o kossen-rufu e fosse forte.

Aos poucos manifestava um carinho especial, encaminhei o caso ao judiciário, informando o desejo de adotá-la. Sabia que teria que suplantar grandes obstáculos, pois não poderia trazer sofrimento para minha família, afinal eu não teria este direito.

Objetivei 3 horas diárias de daimoku, para que pudesse tomar a decisão correta; Recitava e lia as orientações do Presidente Ikeda (minha bússola), recordo-me de uma passagem do livro, Um inverno Rigoroso, que dizia: 

“Há algo tão inevitável quanto a morte, 
que é a vida”. 

Acreditava naquela vida que deveria se manter para o bem do kossen-rufu, ela sobreviveria com saúde para realizar o bem maior, a paz mundial.

Realizava daimoku com espírito de gratidão como se fosse a única oportunidade para comprovar o poder imensurável da lei. 

Ouvia dos funcionários da instituição (fisioterapeutas e enfermeiros) que ela não andaria, não tinha os movimentos das pernas; que não enxergaria, não respondia aos estímulos visuais e por fim que suas fontanelas teriam nascido fechadas (moleiras), que causaria o crescimento desproporcional de sua cabeça.

Eu, sem jamais desistir, usava esses prognósticos como oportunidade de realizar mais daimoku.

Recitava daimoku horas sem parar, durante a madrugada, ainda na leitura do livro “Um inverno Rigoroso”, li as suas diretrizes para mudar o mau destino de uma pessoa:
  1. • Prática sincera de gongyo e daimoku
  2. • Prática constante de chakubuku
  3. • Desenvolvimento contínuo por intermédio da fé
  4. • Espírito de procura
  5. Jamais ser vencido por obstáculo
  6. • Lutar pelo kossem-rufu com união
  7. • Convicção absoluta no gohonzon

Ao visitá-la me surpreendia com o brilho de seus olhos e sua luta pela vida. Enquanto eu a olhava, ela me respondia de forma silenciosa, que o melhor estaria por vir.

Como o budismo é vitória ou derrota, na primeira audiência com o juiz ele entendeu que teríamos desenvolvido fortes laços afetivos.

Hoje se passaram 06 anos, estamos bem diferentes; Renata ( misticamente, o mesmo nome do Renato do livro "Um Inverno Rigoroso") é referenciada no Creaids, realizam a cada seis meses o exame de carga viral (que tem negativado o vírus HIV), vê e ouve bem, anda, corre, aprendeu a falar e desfruta de uma ótima saúde, segundo pediatra e infectologista.

Vários são os problemas e sofrimentos que um ser humano carrega, no budismo tudo é causa e efeito, é preciso experimentar o desafio da prática, sem ela nunca poderá sentir o benefício do NAM MYOHO RENGUE KYO, é preciso prová-lo.

Agradeço ao meu mestre IKEDA SENSEI, por ter semeado o budismo em terras brasileiras em meio às dificuldades, e aos companheiros pela oportunidade de atuar em prol da propagação da lei mística, em especial a minha família por compartilharmos a revolução humana.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O ciclo da energia vital

Jornal BS 2189 - Publicado em 20/Julho/2013



O budismo surgiu como resposta à seguinte questão universal: como enfrentar a realidade do sofrimento humano e ajudar as pessoas mergulhadas nessa amargura?



Quando esse propósito é esquecido, você gera mais sofrimento para as pessoas ao redor

Com isso, seu ambiente se torna sofrido e, em resposta ao sofrimento provocado pelo ambiente, você gera ainda mais sofrimento. Muitas vezes, as pessoas passam a vida inteira prisioneiras desse ciclo da negatividade.

Transforme o ciclo

A solução está na mudança do ciclo negativo. Uma ferramenta poderosa nesse sentido é a recitação do Daimoku. Antes de continuar, atente-se a dois pontos importantes:

01. O ciclo negativo é gerado por você mesmo da seguinte forma: 
o sofrimento interno provoca ações externas influenciando as pessoas ao redor, que reagem a isso gerando mais sofrimento no ambiente; como resultado, o ambiente gera mais sofrimento interno e assim por diante.

02. Você sofre porque sua energia vital enfraquece. 
Uma energia vital fraca expõe a vida à negatividade do ambiente. 
A falta de sabedoria cega a percepção de que é você que gera aquele ambiente. Mesmo acreditando que não é o causador, como sua energia vital está mais fraca, você se torna suscetível e reage em “harmonia” com aquela negatividade.

O ciclo do Daimoku
O Daimoku expande a sua energia vital e 
a sua vida não é mais influenciada pelo ambiente. 

A oração transforma seu interior, assim, você recomeça um ciclo de felicidade.
Ao recitar Daimoku, manifestando o poder da fé e da prática, a energia vital é fortalecida e você adquire uma condição de bem-estar. 

Essa condição instantaneamente influencia de forma positiva as pessoas ao redor e as circunstâncias, gerando um ambiente benéfico e propício para sustentar sua iluminação e a das outras pessoas. 

Sendo assim, esse ambiente fortalece a convicção no Daimoku; você recita mais Daimoku, agora com a convicção ainda mais fortalecida e esse ciclo de iluminação se repete.

O que é crucial no Daimoku é a consciência de que você possui o infinito potencial para transformar quaisquer circunstâncias. Essa consciência surge em forma de compaixão, sabedoria e coragem.

Ao recitar Daimoku, o que determina a resposta das orações é a fé intensa e profunda (poder da fé) e a determinação e a atitude (poder da prática). O Daimoku recitado com esses dois poderes manifesta em você a energia vital do estado de Buda. 

O ciclo da revolução humana

Essa energia vital é a sua revolução humana, que significa experimentar a força da vida livre e criativa, isto é, a liberdade para transformar as circunstâncias de acordo com seus desejos. 


Essa revolução humana gera um estado de vida em que se desfruta “a maior das alegrias”. Ou seja, é a consciência de que não há alegria mais verdadeira para os seres humanos que recitar Nam-myoho-rengue-kyo.


A alegria, uma vez sentida por você, instantaneamente é sentida por todos ao seu redor, desencadeando um processo de transformação da sociedade por meio da própria determinação e atitude das pessoas.

Portanto, recite o Daimoku até se sentir preenchido pela maior das alegrias.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Relato da Valentina - SGI Itália

meu último dia em Londres, despedida.
Nesta manhã eu acordei com uma mensagem no meu celular de uma amiga da Europa pedindo para checar o email. Nós moramos em Londres na mesma época e a Valentina foi a responsável pelo meu início na prática budista - eu sou shakubuku dela.

Serei sempre grata a Valentina por ela ter me apresentado ao Budismo e orgulhosa da pessoa que ela se tornou - é um relato forte e maravilhoso!

Valentina Santoro – SGI Itália.
Abril de 2013

Meu nome é Valentina, eu tenho 40 anos de idade e comecei a praticar o budismo de Nitiren Daishonin a cerca de 10 anos atrás, depois de hesitar por um par de anos. Naquela época, eu morava em Londres, mas eu entoei o mantra Nam Myoho Rengue Kyo pela primeira vez em Roma, minha cidade natal, e desde então nunca parei de praticar.

Ao longo dos anos, eu vivi muitas situações difíceis e eu venci inúmeros obstáculos, graças à força que eu ganhei da minha prática budista. No entanto, nos últimos quatro anos e meio tem sido muito complicado para mim e também para minha família e amigos, pessoas que me amam.

Tudo começou no mesmo dia do meu casamento, em junho de 2008. Eu tinha muitas dúvidas sobre casar ou não, mas eu pensei que eu estivesse com medo de dar um passo tão importante, o casamento. Eu já havia cancelado um casamento, em 2002, apenas dois meses antes da data prevista.

Eu não ouvi a minha voz interior me dizendo "não se case" nem mesmo quando eu meditava, fazia daimoku. Em vez de usar a estratégia do Sutra de Lótus eu segui minha mente, eu me casei e inesperadamente fiquei grávida no mesmo dia do casamento. 

Digo inesperadamente porque o meu ginecologista me afirmou categoricamente que eu não poderia ter filhos. O que a minha médica não sabia é que eu estava fazendo daimoku ( recitando o mantra) para ser fértil e minha oração foi respondida!

Meu ex-marido não ficou feliz com a notícia que eu estava esperando um filho e ele começou a desrespeitar o nosso casamento com apenas 2 meses de casados. Quando eu estava grávida de quatro meses ele se tornou violento comigo, mas eu o perdoei, então ele fez isso novamente e nos separamos.

Passei as minhas férias de Natal na Itália, no início do último trimestre de gravidez, e fiquei presa em Roma, eu não poderia voar de volta para Londres pois eu estava correndo o risco de perder o meu bebê. 

Durante a minha gravidez eu costumava fazer muito daimoku, eu sentia que precisava proteger - com a minha meditação - tanto a mim quanto o bebê que eu carregava em meu ventre.

Foi um período complicado, eu estava com muita raiva do mundo inteiro, eu costumava chorar muito e eu estava, principalmente, com raiva de mim mesma por ter me casado com um homem hipócrita e insensível que não estava feliz pela família que estávamos formando juntos.

Naquela época eu não conseguia entender que ele estava com medo, e eu só via que ele não estava cuidando de mim e do nosso bebê, e que ele estava negligenciando os seus deveres como marido e futuro pai.

Durante meus tempos sombrios, havia muitos membros da SGI em torno de mim, companheiros que estavam prontos para me oferecer apoio, compartilhando comigo Goshos ( escritos budistas) e orientações  do Presidente Ikeda.

Na minha mente, eu poderia sempre ver no nosso Sensei Ikeda sorrindo para mim, e isso foi uma grande fonte de confiança e encorajamento para acreditar que eu poderia superar qualquer obstáculo que estava na minha vida, inclusive não saber o motivo da minha saúde debilitada durante a gravidez. 
Algo estava errado comigo, mas nenhum médico conseguia descobrir o que era!

Flávia nasceu a termo pesando apenas dois quilos e meio, e nesse ponto a situação se tornou clara. Flávia não tinha o esôfago totalmente formado e foi afetada por uma doença chamada FTE (Fístula traqueoesofágica). Ela deveria ter nascido por cesariana, mas tive um parto normal – bem tranquilo.

Ela foi imediatamente transferida para um dos melhores hospitais pediátricos da Itália e, felizmente, tinha vaga no CTI neonatal. Ela foi colocada em uma incubadora, com agulhas e tubos ligados a seu corpo para mantê-la viva. Ela não conseguia respirar sozinha e ela não podia ser alimentada naturalmente.

Vendo o meu bebê no hospital era como ter uma espada em meu coração, mas esta situação me incentivou a lutar ainda mais determinada uma batalha que eu tinha que ganhar de qualquer jeito – foi o meu momento crucial

Eu me senti como uma leoa que tinha que proteger seu filhote e a melhor maneira de fazer isso era usando a minha prática budista e pedindo às pessoas para fazer daimoku para ela.

Flávia foi operada pela primeira vez quando tinha apenas 2 dias de vida e a cirurgia correu muito bem. Demorou três semanas, porém, um delas a Flávia ficou em coma induzido, antes que eu pudesse segurar em meus braços a minha filha, e nesse ponto eu tive que ensiná-la a sugar o meu leite porque ela não sabia como fazê-lo. 

Os médicos me diziam que a Flávia era uma verdadeira guerreira e eu estava orgulhosa dela!

Minha “conta bancária” de Daimoku estava cheia e eu estava usando-a ao máximo. 

Quando Flavia tinha 6 meses de vida e ela já havia passado por cinco cirurgias na Itália, eu decidi que era hora de voltar para Londres, para a minha casa, o meu trabalho e também meu marido. Tivemos um bebê que precisava de nós dois juntos e eu queria ter certeza de que eu tinha tentado de tudo, o meu melhor,  para dar a Flavia uma família adequada. 

Não deu certo e eu pedi o divórcio em 2010. No final daquele ano, mudei-me de volta para Roma, depois de deixar para trás tudo o que eu tinha construído em mais de 10 anos de trabalho duro.

Eu tinha que ser sábia: eu não estava me sentindo bem novamente e não poderia ficar em Londres por conta própria, sozinha, com uma criança que precisava ser cuidada adequadamente. 

A mudança de volta a Roma foi extremamente dolorosa para mim, e eu tive que reduzir muito a minha vida – me desfazer de muitas coisas físicas e emocionais, me afastar de amigos queridos e da cidade que tanto amava. Mas, mais uma vez eu usei a sabedoria, benefícios da minha prática budista, e a escolha de voltar para Roma acabou por ser a escolha certa.

Mais uma vez, ninguém podia me dizer por que eu estava doente, porque eu me sentia tão mal. Eu tinha um caroço no meu peito, mas foi-me dito que era um cisto benigno. De alguma forma, eu nunca acreditei nessa história e como eu senti o caroço crescendo sob meus dedos, eu decidi usar a prática para ter um diagnóstico preciso sobre a minha saúde. 

Foi quando eu estava fazendo daimoku, me preparando para uma Conferência Budista Europeia que aconteceria em Roma, em Outubro de 2011, que eu achei um nódulo linfático debaixo do braço, do mesmo lado do caroço no meu peito.

Eu sabia, eu tinha câncer de mama e isso, naquele momento, tornou-se claro! Outra batalha enorme perante mim para eu lutar e vencer! 

Eu tinha a consciência de que esse tumor era certamente perigoso e que estava no meu corpo por pelo menos um ano. Eu fui ver alguns médicos e nesse ponto todos me disseram que era um caso muito urgente e que eu tinha que rezar para não ter nenhuma metástase dado que o nódulo era grande, cerca de 3 cm, e o tempo que já estava detectado no meu corpo.

Eu confiava no universo, mantive a calma, fiz todos os exames necessários e tive o benefício da descoberta de que tinha câncer só no meu seio e debaixo do braço. Mas, o câncer estava se espalhando rapidamente, e eu tive que tomar oito ciclos de quimioterapia para garantir que o nódulo diminuísse e as células do tumor não se espalhassem para outros lugares.

Determinei para o universo, em frente ao meu Gohonzon ( mandala budista) através do meu daimoku, que seria tratada pelos melhores especialistas da Itália, e eu consegui o que queria. Eu não tinha medo de morrer, mas pela primeira vez em 39 anos, eu estava enfrentando uma escolha entre a vida e a morte. Eu escolhi a vida!

Lembrando, apesar de tudo, de todas as vezes, nos últimos anos, quando eu sentia um grande desprezo por mim mesma a ponto de querer morrer. Eu me culpava e condenava por causa de todas as minhas escolhas ruins e que tinham me colocado na situação em que eu estava: divorciada, desempregada e com uma criança pequena para educar e cuidar sozinha. 

Eu sempre tive receio de ser uma mãe solteira, mas a partir daquele momento eu estava tendo que ser uma mãe solteira, desempregada e doente.

Naquela situação, eu tinha que me manter sob controle, porque eu não podia perder o foco de tudo que precisava ser feito. Eu queria que a Flavia tivesse uma vida normal, apesar de tudo!

Cada quimioterapia era mais difícil do que a outra e após o quarto ciclo o meu corpo começou dar sinais de exaustão, foi quando eu passava quase todo o dia na cama. Minha prática foi a minha principal força e mesmo quando eu não tinha energia para meditar (fazer daimoku) ou ler ou fazer alguma coisa, eu costumava segurar a meu omamori ( pequeno Gohonzon) em minhas mãos e assim encontrar a conexão com o Nam Myoho Rengue Kyo

Eu me sentia protegida e, apesar de todos os efeitos colaterais que a quimioterapia me causava, principalmente, uma fraqueza enorme que me fez dependente de outras pessoas, eu consegui terminar os oito ciclos de quimio dentro dos 6 meses  que foi planejado. Com o fim da quimio eu passei por uma cirurgia em junho de 2012 para retirada do restante do tumor. Eu meditava todo tempo e com todo o coração para tomar a melhor decisão sobre a cirurgia e, então, optei por uma mastectomia radical, em vez de uma cirurgia conservadora que teria poupado o meu seio.

Os colegas budistas do meu distrito foram fantásticos e muitos líderes me  apoiaram de perto. Eu me senti privilegiada, especialmente quando o Presidente Ikeda respondeu às minhas duas cartas, dizendo-me que ele e sua esposa estavam fazendo daimoku para mim. Eu tinha feito uma promessa a ele que eu iria me recuperar do câncer em julho de 2012, e gostaria de usar a minha experiência para cumprir a minha missão na construção de um mundo melhor ( Kossen– rufu) , e isso é exatamente o que eu estou fazendo nestes dias.

Durante a minha luta para derrotar o câncer, eu tive muita sorte de ser apoiada por Ian, meu namorado Inglês, que costumava vir de Londres para Roma para me levar a quimioterapia e, em seguida, ele cuidava  de mim nos dois primeiros dias após cada tratamento, fase crítica de efeitos colaterais. Ian foi extremamente atencioso e generoso comigo, e eu sinto imensa gratidão por ele e por tudo o que fez por mim, assim como eu acredito que sem a sua preciosa ajuda e amor, eu não teria sido tão forte e determinada quanto fui.

No entanto, após a minha recuperação, eu senti uma vontade enorme de fazer mudanças em minha vida, e eu também acordei com uma espécie de versão diferente de mim. Eu era como uma adolescente novamente e eu tinha que aproveitar a vida ao máximo, pois me foi dada uma segunda chance.

Eu fui oficialmente declarada saudável novamente em 03 de agosto de 2012, no mesmo dia que a minha conversão ao budismo completava  9 anos ( aniversário de Gohonzon) e dia do aniversário do Ian.

Ian recebeu o seu Gohonzon em Londres, poucos meses depois - ele se sentiu inspirado por minha experiência! Durante o último verão, como eu tinha determinado de ter férias maravilhosas e desfrutar ao máximo a minha filha e minha saúde recuperada, eu conheci um rapaz muito alegre e espirituoso chamado Agostino. Ele foi imediatamente inspirado por minha história e nós acabamos nos envolvendo romanticamente - foi uma relação intensa por alguns meses. Eu estava voltando a ter uma, assim chamada, vida normal e aparência normal e com Agostino, eu comecei a dançar tango, algo que eu estava querendo fazer há anos, mas nunca tive a coragem de tentar.

A vida estava fluindo novamente em meu corpo e eu estava redescobrindo o prazer de estar viva!

Em fevereiro passado, depois que terminamos, Agostino recebeu o Gohonzon em Roma, e agora ele é um forte praticante budista.

No momento eu estou saindo de um túnel negro chamada depressão pós-recuperação sem a ajuda de qualquer droga, como eu me recusei a tomar anti-depressivos,  mais uma vez eu uso a minha prática budista para superar este obstáculo.

Meu mais recente benefício é um novo emprego no meu campo de trabalho, área de comunicação. Eu sou novamente uma mãe saudável e empregada que tem a boa sorte de  poder de deixar o escritório às 17:00h todos os dias e correr para casa para ficar com a sua filhinha que está crescendo serena e feliz.

Abril 2013, dia do relato para os membros da SGI Itália
Todas as minhas vitórias são baseados em minha profunda fé nos ensinamentos do Sutra de Lótus e no seu mantra, Nam Myoho Rengue Kyo.

Eu sei que através da prática budista é realmente possível transformar o veneno em remédio. 

Eu me sinto extremamente feliz por ter abraçado o budismo uma década atrás, pois sem ele, provavelmente hoje eu não estaria aqui tão forte e saudável como eu estou.

Como Nitiren Daishonin escreveu: 
"uma mulher que se dedica ao Gohonzon convida a felicidade nesta vida e na próxima, o Gohonzon vai estar com ela e protegê-la sempre. 

Como uma lanterna no escuro, como um braço forte apoiando em um caminho traiçoeiro, o Gohonzon irá protegê-la aonde quer que vá ".

Para terminar, estou determinando criar a base até o final de 2013, para construir uma nova família, harmoniosa e feliz, com o homem certo para mim. Não existe karma negativo que permanece o mesmo quando entoamos sinceramente o Nam Myoho Rengue Kyo!