sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A coragem como lema

REVISTA DEZ, EDIÇÃO Nº 73, PÁG. 23, JANEIRO DE 2008.

Uma das características fundamentais da BSGI está na forma alegre e sorridente como promovemos às atividades. Embora travemos grandiosa luta nos bastidores para que tudo dê certo, quando o evento acontece, a marca do sorriso se faz presente, transparecendo a felicidade de vencer os próprios limites e dar mais um passo em direção ao Kossen-rufu.

O presidente Ikeda orienta: “Qual é a chave para triunfar numa era de constantes mudanças?

É claro que são muitos os fatores envolvidos, mas creio que um ponto crucial é cultivar a autoconfiança.(Brasil Seikyo, edição no 1.914, 3 de novembro de 2007, pág. A3.)

Faz parte da cultura brasileira, esperar sempre que outra pessoa dê o passo necessário para transformar determinada situação.

Quando abraçamos o Budismo de Nitiren Daishonin, sofremos até conseguirmos aplicar ao dia-a-dia sua filosofia, que nos diz sermos nós os principais responsáveis pela própria felicidade.

A mais importante luta de boxe de todos os tempos foi protagonizada por Muhammad Ali e George Foreman.

Na época, a mídia mundial considerava Ali um pugilista velho e próximo à aposentadoria.

As famosas bolsas de apostas apontavam como ganhador George Foreman, então detentor do título de campeão mundial. Contudo, num dos mais espetaculares episódios esportivos da história, Ali foi o vencedor.

Há alguns anos, assisti a uma entrevista com Foreman na televisão. Perguntado sobre como pôde perder aquela luta, sua resposta foi mais ou menos assim:

Quando entrei no ringue, acreditava que ganharia. Sabendo que era mais forte, bati em Ali. Até o quinto round parecia que somente eu tinha a iniciativa.

A luta era eu bater e ele apanhar. No início do sexto round, não acreditava que Ali ainda estava em pé.
Foi quando começou a dizer “George, você bate como uma moça. Bata mais forte”.

E eu batia. Então, ele abaixava a guarda e dizia novamente: “É só isso que você pode fazer?”.
A sineta tocava, marcando os intervalos, e eu começava a duvidar de mim mesmo.

No décimo round, ele me derrubou duas vezes, sendo que na última fui a nocaute.

Mas isso não explica o porquê de você ter perdido — cortou o repórter.

Anos depois, ficamos amigos e perguntei a Ali como tinha conseguido ganhar aquela luta A resposta foi a seguinte:

“George, quando subi ao ringue contra você em Kinshassa (capital do antigo Zaire), resolvi que, mesmo se morresse, caísse ao chão, de forma alguma nada tiraria o título mundial de mim novamente.”
 
Não é à toa que nosso mestre clama para que nos tornemos vencedores. Quando conseguimos colocar em nosso coração a forte determinação de jamais sermos derrotados, nem mesmo quando tudo estiver apontando para o fracasso, nada será capaz de nos derrotar.

Sensei declara: “O budismo implica batalhas, e, portanto, devemos vencer.

A vitória no Kossen-rufu e na vida garante a felicidade a nossos descendentes pelas próximas gerações.

A boa sorte obtida ao vencer é transmitida de pai para filho, e assim pelo interminável futuro.” (BS, edição no 1.913, 27 de outubro de 2007, pág. A3.)

É o atual estágio de nossa luta que comprova exatamente essas palavras. Desde o dia da fundação da BSGI, no famoso episódio do Restaurante Chá Flora, quando o Distrito Brasil foi criado, até os presentes dias, muitas vitórias improváveis foram surgindo.

Por superarmos um a um os obstáculos e avançarmos constantemente, nos tornamos a “BSGI, Invencível e de Contínuas Vitórias”. Ou seja, cada membro da organização tornou-se invencível e fez da própria vida o palco das contínuas vitórias.

Nosso mestre afirma: “O grande pensador coreano Chong Yagvong declarou:

‘É a coragem que permite ao indivíduo concretizar seus planos e ser bem-sucedido em governar o Reino’.

A chave é a coragem. A coragem é o que nos permite realizar vários objetivos e sonhos que visualizamos em nossa mente. Vamos todos fazer da coragem nosso lema.” (BS, edição no 1.912, 20 de outubro de 2007, pág. A3.)

A coragem de jamais se permitir ser derrotado é a chave para uma existência feliz e vitoriosa, ou seja, uma existência DEZ!

Ronald Thompson é jornalista e acadêmico de Direito.