Amigos queridos:
Precisava compartilhar com vocês o que me aconteceu ontem (1 de julho) de 2010.
De manhã fui à cidade com minha filha e na volta pegamos um ônibus para saltar no banco perto de nossa casa.
Ao entrar no banco percebi que havia perdido minha carteira com todos os meus documentos e cartões de bancos. Como tinha certeza de que a carteira só poderia ter ficado no ônibus nós atravessamos a rua e fomos até um posto onde ficam os funcionários da empresa que terminaram a jornada de trabalho naquele dia.
Falei da situação e pedi que eles passassem um rádio para o despachante no ponto final para saber se alguém havia encontrado a carteira.
A notícia não foi das melhores: ninguém havia encontrado a carteira.
Uma moça no posto logo falou: "ahh, minha filha, se alguém pegou sua carteira não vão devolver. Só tem gente ruim nesse mundo".
Me lembrei na hora da proposta de paz que o presidente Ikeda enviou para a ONU, que fala sobre a necessidade urgente de nós combatermos esse tipo de pensamento (niilismo), a perda da crença nos valores pessoais e a expansão do pessimismo.
Pra encurtar comecei então a maratona pra cancelar os cartões e etc. Cheguei em casa exausta e com as palavras daquela senhora ecoando na minha cabeça.
Tomei um banho e fui direto pro oratório. Afinal de contas o Budismo que pratico me ensina que devo continuar acreditando nas pessoas e que não devo me sentir derrotada diantes das dificuldades.
Determinei diante do Gohonzon que, a pessoa que achou minha carteira, será um grande valor para o kossen rufu, porque possui um coração honesto como o meu.
Estava com 20 minutos de daimoku e meu telefone tocou: uma moça perguntou pelo meu nome e disse que havia encontrado a minha carteira! Eu chorava de emoção!
Ela, me falou que não entregou pro motorista porque ficou com medo e ainda disse: "se tem algo que eu aprendi com minha mãe é ser honesta e não ficar com algo que não me pertence". ( interessante a determinação e o que a moça falou, prestem atenção!)
Ela, me falou que não entregou pro motorista porque ficou com medo e ainda disse: "se tem algo que eu aprendi com minha mãe é ser honesta e não ficar com algo que não me pertence". ( interessante a determinação e o que a moça falou, prestem atenção!)
Pediu que eu me tranquilizasse que estava tudo intacto e que na segunda-feira ela iria trabalhar e que eu poderia reaver minha carteira.
O que aprendi com esta lição?
Primeiro que devo ser mais cuidadosa com minhas coisas,rss. Mas também outras coisas muito importantes:
1) Não há oração sem resposta para quem recita o Nam Myoho Rengue Kyo.
2) Se eu fosse me deixar levar pelas circunstâncias não teria acreditado na minha própria capacidade interior de reverter a situação ao meu favor, pois começaria a lamentar e afastaria minha boa sorte.
Esse é o princípio budista de Esho Funi (unicidade do ser com o meio ambiente).
3) Que eu devo sempre acreditar nas pessoas. Que existem sim pessoas honestas nesse mundo e para aqueles que já não acreditam, eu também acredito neles.
Essa é a verdadeira ligação entre mestre e discípulo
4) Que o Budismo de Nitiren Daishonin é um ensino que aprendemos na nossa própria vida.
Neste relato, eu pude comprovar que nada é por acaso.
Quem sabe esta pessoa de grande valor, está procurando uma filosofia que atenda às suas atitudes e valores? e se for isso, a perda de minha carteira foi um "meio" para chegar a este fim? Isso é o princípio de transformar o veneno em remédio (hendoku yaku).
Estou muito feliz por praticar um ensino feito para pessoas comuns. Como eu e você. Um ensino que não necessita de práticas austeras e mirabolantes, nem é praticado em templos adornados de ouro enquanto lá fora pessoas morrem de fome.
Este budismo é comprovado diariamente e pode ser praticado por todos nós e bem aqui onde estamos; "na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê"!!!
Basta ter coragem. Beijos.
Nam Myoho Rengue Kyo
Nam Myoho Rengue Kyo
Nam Myoho Rengue Kyo
Fonte: Este é um lindo relato da Luciene, minha amiga do RJ. Ela tb já fez um relato bem maior que tá no blog.