quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Budismo e Suicídio.

Acredito e compreendo que no budismo tudo é causa e efeito, certo?

Mas porque um suicida estaria fazendo causas negativas se ele não matou ninguém além dele mesmo, né?

Bom, primeiro, ao se matar leva metade de muita gente. 

Seus pais podem se achar incapazes de não terem conseguido fazê-lo feliz;
seus irmãos se culparão para o resto da vida pela última discussão que tiveram;
a namorada nunca mais esquecerá do quanto demorou para se arrumar na última vez que sairam e se sentirá culpada;
os amigos se sentirão culpados por terem encarnado quando o time do cara perdeu...
Todos tentarão encontrar um motivo que o tenha chateado. Todos se sentirão culpados.
E sem contar o quanto o suicida faz todo mundo chorar por ele...

Além disso, no budismo aprendemos nas Escrituras de Nitiren Daishonin o quanto nos é difícil nascer como seres humanos.

Tem uma passagem que ele cita que é como uma tartaruga cega naufragando que encontra um pequeno tronco com a concavidade exatamente igual a seu casco. Ou seja, o quanto nos é difícil nascermos como humanos.

Mas difícil ainda é permanecer humano de existência a existência. Humano capaz de falar, se locomover, ver, ouvir... 

E só quando estamos vivos que temos a oportunidade de transformar nossos carmas negativos passados em positivos.
Então, aí nos apresenta o real valor da vida.

Quando um cara torna-se suicida, está desperdiçando esta maravilhosa oportunidade de transformações. 

Por que não há obstáculos incapazes de ser superados. 

Um exemplo: O pai de família fica desempregado por invalidez. Tem três filhos.
O menor, vai sentir falta dos biscoitos sortidos e vai chorar.
O do meio, vai ficar aborrecido por ver que os amigos estão saindo para se divertir e ele tem que ficar em casa.
O mais velho, tranca a faculdade e começa a trabalhar para solucionar os problemas familiares.
Os três filhos passam por obstáculos, por dificuldades, mas cada um de acordo com sua condição.
O menor, estava completamente fora do seu alcance perceber que os biscoitos estavam faltando por falta de dinheiro.
Mesmo que quisesse, ele não iria nem perceber a importância de trabalhar. Afinal, mal sabe o que é isso.

Semelhante nos ocorre.
Só somos capazes de ver os obstáculos que está ao nosso alcance, e que podemos reverter a vitórias. 

Então, suicidar é não ver outros caminhos no momento. Mas o budismo aí existe para colocarmos a filosofia em prática e valorizarmos o máximo de cada instante, desejando converter nossas causas negativas a positivas.

Assim sendo, o budismo não acredita nem em céu e nem em inferno.
São apenas os efeitos colhidos de acordo com nossas causas cometidas.
Quando morremos, não vamos e nem vagamos em lugar algum, independente do tipo de morte.

NAM-MYOHO-RENGUE-KYO.
O Kyo é o Universo. 

De que é feito o Universo? De ar? Células?
E nosso corpo? Também?
Então, nosso corpo é apenas registros do universo.
Somos um grão de poeira sobre as unhas, mas se não existirmos, o universo também não será transformado.
E tudo cresce com cooperação. Então, somos fundamentais ao Universo! 

E se pararmos de respirar o universo, morremos, né?
Então somos unos.
Então vagar onde, se céu e inferno é a nossa vida, e se universo sou eu?

Aí, como tive dúvida, você também pode ter: Mas e pessoas que vêem seres que não estão presentes?
Pois é. Tudo o que existe no universo é registrado como se fossem arquivos. 

Nós hoje existimos, então também somos registros; assim como a mesa, a cadeira, o computador, o cachorro... tudo o que existe. E registros formam o inconsciente coletivo. A mecânica quântica está aí nos provando isso mais a fundo.

Então, como tudo é registro, podemos nos transportar para outros ambientes, outras pessoas podem nos ver sem estarmos lá fisicamente. A pessoa não precisa estar morta para ser vista, sentida, ouvida, ou em sonhos... 

Doideira, não é? Mas a ciência hoje está comprovando tudo o que o budismo já dizia há mais de 4000 anos atras. 

Por isso que a cada dia tenho ainda mais orgulho de pertencer à Família Soka!
Conte conosco para o que precisar, amigo!

Forte abraço,
Rossana Estrella