BS, Edição Nº 2041
O budismo ensina você a utilizar todas as circunstâncias como matéria-prima para a felicidade absoluta
Do que trata o Budismo Nitiren?
O objetivo da prática do Budismo Nitiren é a transformação da própria vida, ou seja, mudar de maneira efetiva a realidade: transformar o negativo em positivo.
E tudo começa com a revolução humana pessoal. A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é a ferramenta perfeita para essa revolução.
Por que transformar o negativo em positivo?
Para alguém imerso no sofrimento e na angústia, é quase impossível por si só conseguir esperança ou motivação para seguir em frente.
O Buda Nitiren Daishonin percebeu que as pessoas podem transformar a vida caso tenham o poder de fazer algo positivo a partir do negativo.
Em outras palavras, é transformar o veneno em remédio e fazer com que os desejos mundanos conduzam à iluminação.
Matéria-prima da felicidade
O mundo é abundante em coisas negativas (pessoas, pensamentos, sensações, circunstâncias etc). Então, use-as como matéria-prima para a revolução humana!
Ao invés de lutar e se debater inutilmente contra as situações negativas que geralmente inundam e atrapalham a felicidade, passe a fazer com que o negativo seja o combustível para a felicidade.
No mundo atual (mundo Saha), a felicidade tende a não ser completa devido a uma avalanche de negatividade presente no cotidiano.
Tentar reverter isso sem mudar a raiz da vida, é como nadar contra a maré e fica quase impossível desfrurtar do resultado de nossos esforços nesta existência. Afinal, queremos ser felizes agora.
Postura correta
A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, aliada a uma postura mental correta, faz toda e qualquer circunstância negativa ser transformada imediatamente em positiva.
Neste caso, a alegria nasce em meio à realidade em que se vive, aqui e agora. Tudo passa a ser motivo de alegria: esse é o benefício da iluminação.
Não é conformismo?!
Não, de forma alguma! A atitude mental descrita anteriormente é a postura de assumir as rédeas da vida, enfrentar e transformar os sofrimentos pela raiz e de uma só vez. Isso porque vamos transformar a causa fundamental do sofrimento.
A maravilha de recitar o Daimoku está exatamente em fazer daquilo que seria a causa de uma intensa angústia, o combustível para uma grande sensação de alegria, plenitude e satisfação. Nitiren afirma:
“É como aquele que cai ao solo, e levanta-se do mesmo solo outra vez.” (END, vol. I, pág. 424)
Então, o que é iluminação?
“A iluminação não é algo fora do comum. Por possuirmos desejos mundanos, podemos sentir satisfação. E quando estamos satisfeitos, conseguimos sentir felicidade.
Despertar todas as manhãs com a sensação de bem-estar físico, ter um bom apetite, desfrutar o que fazemos diariamente, não sentir angústia ou aflição... Viver desse modo é iluminação. Não é nada excepcional.” (Terceira Civilização, edição no 480, agosto de 2008, pág. 48).
A angústia dos desejos não realizados
O mundo em que vivemos é a terra da felicidade incompleta, dos desejos não realizados. Acaba sendo normal sentir angústia por não conseguir o que se quer. Mas a prática do budismo muda a maneira de encarar esses desejos:
“Os desejos mundanos sofrem uma mudança qualitativa: deixam de ser ‘desejos mundanos que causam angústia’ e passam a ser ‘desejos mundanos transformados em iluminação’. O que torna possível essa mudança substancial é o poder do Nam-myoho-rengue-kyo.” (Ibidem.)
Atitude no momento da oração
A recitação do Daimoku é um momento solene. Portanto, prepare-se para recitar e não apenas solte palavras ao vento.
Como se preparar para a recitação do
Nam-myoho-rengue-kyo?
Enchendo-se de coragem e da certeza de que sua oração será, sem falta, respondida.
O presidente Ikeda explica: “É essencial que tenhamos uma atitude mental ou o pensamento firmemente concentrado quando recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo. [...] Nossas orações somente podem ser concretizadas quando convertemos desejos vagos e difusos em determinações concretas e recitamos Daimoku com a convicção de que, sem falta, atingiremos aquilo que almejamos”. (Sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência, explanação de Daisaku Ikeda, pág. 44.)
A mudança fundamental
O efeito benéfico e poderoso do Daimoku é minimizado quando não se crê que você é a chave da mudança. “Se recitamos Daimoku, mas sempre culpamos outras pessoas ou as circunstâncias, estamos evitando o desafio de enfrentar nossa própria ignorância ou escuridão. Ou seja, estamos buscando a iluminação fora de nós mesmos. Ao mudarmos a nós próprios num nível fundamental, começamos a melhorar nossa situação.” (Ibidem.)
Prática acessível
A chave é não hesitar: acredite sinceramente na sua capacidade de mudança, sente-se diante do Gohonzon com paixão e recite abundantemente o Nam-myoho-rengue-kyo.
Energia vital
Quando enfrentamos algum problema ou sofrimento e ativamos a sabedoria que nos permite solucioná-lo, muitas vezes, sem perceber, experimentamos um estado de imensa alegria.
Uma poderosa energia vital transborda e avaliamos tudo o que está acontecendo de uma perspectiva mais elevada — toda circunstância acaba sendo um benefício.
Em qualquer que seja a situação, uma pessoa com esse estado de vida fará sua transformação em todos os aspectos.
Desejos Mundanos são iluminação
Desejos mundanos é algo comum a todos. A ideia de se iluminar a partir desses desejos permite que qualquer pessoa esteja habilitada a recitar o Nam-myoho-rengue-kyo e obter resultados. Por isso, é uma prática que funciona.
A grande felicidade
Vamos imaginar que queremos acender uma fogueira. Nossa lenha são os desejos mundanos e a luz produzida pela chama da felicidade penetra e ilumina toda a nossa vida. Por meio do Daimoku, nós queimamos a lenha de nossos desejos, convertendo-os em luz que iluminará nossa realidade.
Portanto, quanto maior os problemas, maior será a felicidade.
O maior sofrimento torna-se a maior alegria
“O maravilhoso da fé no Budismo Nitiren é a sua capacidade de transformar o maior sofrimento da vida de uma pessoa na sua maior felicidade, e de tornar os problemas mais difíceis em fontes de crescimento e em uma base para a grandiosidade humana.” (Juventude — Sonhos e Esperanças, vol. 2, pág. 132.)