Esta frase revela que todas as pessoas, assim como tudo no Universo, possui inerente tanto a escuridão como a iluminação.
Em outras palavras, a “verdadeira natureza da vida” pode manifestar tanto a “iluminação” pela percepção da sua natureza de Buda como a “escuridão” quando dominada pela ilusão.
De acordo com o sutra Shrimala, a escuridão fundamental é a ilusão mais difícil de ser vencida e só pode ser erradicada por meio da sabedoria do Buda.
Esse é o significado da frase final deste escrito de Daishonin: “Manifeste uma profunda fé polindo seu espelho dia e noite. Como deve poli-lo? Não há outra forma senão devotar-se à recitação do Nam-myoho-rengue-kyo”.
Em um de seus discursos, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, comenta:
“O mundo atual carece intensamente de esperança, de uma perspectiva positiva pelo futuro e de uma sólida filosofia. Não há nenhuma luz brilhante a iluminar o horizonte. Tudo está num impasse — a economia, a política e as questões ambientais e humanitárias.
E os próprios seres humanos — a força motriz de todas essas esferas — também estão perdidos e não sabem como avançar.
É por isso que nós, os Bodhisattvas da Terra, aparecemos.
É por isso que o Budismo do Sol de Nitiren Daishonin é tão essencial. Levantemo-nos, segurando bem alto a tocha da coragem e a filosofia da verdade e da justiça. Nós começamos a agir para romper corajosamente a escuridão dos quatro sofrimentos do nascimento, da velhice, da doença e da morte, e também a escuridão da sociedade e do mundo”. (Brasil Seikyo, edição no 1.387, 19 de outubro de 1996, pág. 4.)
Daishonin ressalta que respeitar os outros, constitui a base da prática do Sutra de Lótus, e que realizar o Chakubuku é conduzir a prática desse bodhisattva. Quando nos empenhamos de corpo e alma a encorajar as pessoas, convictos de que cada uma delas possui uma missão preciosa, somos capazes de revelar o potencial não só dessas pessoas, mas o nosso também.
Realizar o Chakubuku, que tem como finalidade conduzir as pessoas à iluminação com base na filosofia e no espírito benevolente do Sutra de Lótus, é a prática budista do mais elevado respeito à vida.
É a prática correta para dissipar tanto a escuridão fundamental que se aloja na vida das pessoas como na de nossa própria vida.