sábado, 26 de dezembro de 2009

Gongyo de Ano Novo!

O Gongyo de Ano-Novo é o mais importante por ser o primeiro de um novo ciclo.
O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, orienta que todo desejo é uma espécie de oração. Assim, a primeira meditação do ano é um momento propício, pois é revestida de uma sinceridade incomum aos outros dias. Não deixe de participar do Gongyo de Ano-Novo em sua sede regional ou reuna amigos e medite em grupo.


transcrevo na íntegra o relado da atriz Betty Faria sobre sua participação em reunião budista: "Gongyo de ano Novo". http://bloglog.globo.com/bettyfaria/

"Depois de exercer a liberdade de ouvir meu coração e passar o Reveillon sózinha, fazendo tudo do jeito que eu queria apesar de convites carinhosos de amigos queridos, posso dizer que foi maravilhoso! Me senti forte, concentrada e livre. Livre de ter sempre que fazer alguma coisa do jeito qua os outros acham.

E nessa onda de felicidade acordei no dia 1 de Janeiro e fui para a sede em Botafogo da Soka Gakai ( Organização budista do Sutra de Lótus, que trabalha para a Paz, Cultura e Educação, e que sou membro desde 1996) http://www.bsgi.org.br/ A casa onde é essa pequena sede estava lotada, com pessoas alegres, cheias de esperança e objetivos, rezando pela sua paz interior, na familia, no trabalho e no mundo.

Todos com o objetivo de fazer sua revolução interna, com a criação de valores na fé e esperança de melhorar o mundo sempre.Depois de realizarmos o Gongyo do ano( oração para começar o ano) ouvimos palavras e orientações vindas de Daisaku Ikeda presidente da S.G.I. filósofo, escritor , humanista e um grande sábio.

Há alguns anos eu não participava dessa cerimonia, e é um banho de felicidade e esperança. Palavras de Sabedoria e compromisso nosso para se colocar em prática, no dia a dia que é bem duro as vezes dificil e as vezes vc.acha até que vai desistir, mudar, e que não é por ai. Tudo preguiça!

Como sempre fui rebelde e contestadora, a unica filosofia religiosa que acatei para minha vida foi essa.A filosofia budista de Nitiren Daishonin. O Budismo do Sutra de Lótus. Nam myo hô rengue kyo Nam myo hô rengue kyo Nam myo hô rengue kyo ( mantra básico)

Estavam programados 3 relatos de pessoas contando suas vidas obstáculos e vitória adquirida na prática da fé.

Foram muito bons emocionantes os dois primeiros , quando sobe ao pequeno palco para dar seu relato ( o terceiro e ultimo) uma mulher negra, humilde,vestida de forma muito caprichada, e apresentada como chefe de bloco na Rocinha.

Ela promove reuniões semanais lá e tem conseguido vitórias fantásticas.
Mas isso eu conto depois...

Ela se chama Wanessa, quarenta e poucos anos, e se comunicando muito bem, como uma verdadeira lider, começou seu relato de vida, fundo do poço,vitórias,sua origem ( Maranhão) familia e como veio parar no Rio.

Foi quando disse que teve que sair de lá pois seu pai não aceitava sua condição sexual. Ai minha ficha caiu, logo eu que tenho um bichômetro capaz de detectar os minimos sinais,não tinha percebido que era um transexual!

A senhora querida, budistona antiga ao meu lado cochichou: Betty, mas afinal é homem ou mulher?Resp. É mulher com Pau Risos, risos, risos Resp. Deve ser uma farra! Por isso Dr. Freud disse que a gente tinha inveja............E cortamos o cochicho para ouvir Wanessa ( ela odeia seu nome de batismo)

Eu estava encantada com o respeito ao ser humano, ao trabalho desenvolvido e todas as suas conquistas em sua vida e na comunidade da Rocinha.
Wanessa já fez até um coral com as crianças de lá .Tem uma fé inabalável e tenho certeza que não foram poucos os obstáculos que enfrenta e enfrentou para chegar nesse momento tão mágico que nos emocionamos e rimos muito.

Foi lindo começar o ano sem preconceitos e com gente que ainda acredita no ser humano independentemente de suas opções sexuais
Wanessa trabalha como governanta em uma casa, e é querida e respeitada pela familia Ai vai uma foto nossa Beijos."

As Tradições Natalinas e a Prática do Budismo.

01 DE DEZEMBRO DE 2001 — EDIÇÃO Nº 1630

Parece incrível, mas o ano já está se encerrando. Como passou depressa o primeiro ano do Terceiro Milênio! Sobre a relatividade do tempo, o presidente Ikeda faz uma abordagem magistral e esclarecedora em sua obra “Diálogo Sobre a Vida”. Todavia, não é sobre o tempo, mas sim sobre as tradições de final de ano que discorrerei. Muitos companheiros questionam — e alguns até ficam efetivamente preocupados — a existência ou não de incompatibilidade entre nossa prática budista e as tradições natalinas, e algumas outras que trazemos de outras religiões.

O Brasil, por ser um país de maioria católica, acabou incorporando tradições religiosas que passaram a fazer parte da própria cultura do povo. Na escritura “A Recitação dos Capítulos ‘Meios’ e ‘Revelação da Vida Eterna do Buda’”, consta:
“Quando examinamos cuidadosamente os sutras e tratados, constatamos a existência de um princípio conhecido como ‘seguir os costumes da região’ que diz respeito a isso. Esse preceito significa que, enquanto não implicar em nenhum ato ofensivo, então mesmo que se tenha de adaptar um pouco os ensinos budistas, é melhor evitar ir contra os hábitos e costumes do país. Este é um preceito exposto pelo Buda.” (The Writtings of Nichiren Daishonin, pág. 72.)

A árvore de natal e as festas natalinas são preparadas para comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Há a tradição do chamado amigo secreto (ou amigo oculto para alguns outros estados do país), que se realiza trocas de presentes. Segundo dizem, isso serve para relembrar os três reis magos.
Enfim, como se relacionar com essas tradições? Podemos ter árvore de natal em casa? Podemos trocar presentes?
Bem, a resposta não é fácil. Mas, recorrerei a algumas comparações e exemplos para, quem sabe, lançar um pequeno facho de luz no intuito de elucidar a questão. O fato de só recitar o Nam-myoho-rengue-kyo (produzir o som com a boca) não quer dizer que realizamos Daimoku corretamente. Todos sabemos que é necessário que façamos uma profunda fusão de nossa vida com a vida do universo, o Nam-myoho-rengue-kyo.
Sendo assim, nossa vida (micro) ganha a dimensão do universo (macro) com todos os seus poderes e sabedoria.
E para que se realize essa fusão temos de, além de recitar, ter uma postura e o desejo de melhorar o mundo estabelecendo a paz (Kossen-rufu).
Isso necessariamente exige que nos libertemos do egoísmo e do egocentrismo, tenhamos desapego às questões meramente materiais e não nos coloquemos perante ao Gohonzon com uma postura de subserviência.

Em outras palavras “saltar-se” dos seis baixos estados de vida para viver nos quatro elevados. Utilizemos os baixos estados inerentes como alavancas para o nosso desenvolvimento (desejos mundanos são iluminação).
Repito que os bens materiais também são importantes e nos proporcionam melhores condições de estabelecermos a paz mundial.
Da mesma forma, o fato de meramente atendermos à tradição de algum parente que mora conosco e que não é praticante do budismo, e permitir a ele que monte uma árvore de natal, não há aí nenhuma causa negativa da nossa parte. Naturalmente que melhor seria se mantivéssemos a prática sem outras influências filosóficas.

Mas o que mais importa é o sentimento. Devemos respeitar as cerimônias e as tradições religiosas de todas as pessoas e, se por tradição da família ou por amizade tivermos de comparecer a alguma cerimônia religiosa, que façamos, mas recitando Daimoku internamente.
Em todas essas questões, o importante é agirmos com bom senso e benevolência, respeitando as tradições dos outros.

Cesar Augusto Garcia, coordenador do Departamento de Juristas da BSGI, advogado, conselheiro seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e professor universitário

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A coragem como lema

REVISTA DEZ, EDIÇÃO Nº 73, PÁG. 23, JANEIRO DE 2008.

Uma das características fundamentais da BSGI está na forma alegre e sorridente como promovemos às atividades. Embora travemos grandiosa luta nos bastidores para que tudo dê certo, quando o evento acontece, a marca do sorriso se faz presente, transparecendo a felicidade de vencer os próprios limites e dar mais um passo em direção ao Kossen-rufu.

O presidente Ikeda orienta: “Qual é a chave para triunfar numa era de constantes mudanças?

É claro que são muitos os fatores envolvidos, mas creio que um ponto crucial é cultivar a autoconfiança.(Brasil Seikyo, edição no 1.914, 3 de novembro de 2007, pág. A3.)

Faz parte da cultura brasileira, esperar sempre que outra pessoa dê o passo necessário para transformar determinada situação.

Quando abraçamos o Budismo de Nitiren Daishonin, sofremos até conseguirmos aplicar ao dia-a-dia sua filosofia, que nos diz sermos nós os principais responsáveis pela própria felicidade.

A mais importante luta de boxe de todos os tempos foi protagonizada por Muhammad Ali e George Foreman.

Na época, a mídia mundial considerava Ali um pugilista velho e próximo à aposentadoria.

As famosas bolsas de apostas apontavam como ganhador George Foreman, então detentor do título de campeão mundial. Contudo, num dos mais espetaculares episódios esportivos da história, Ali foi o vencedor.

Há alguns anos, assisti a uma entrevista com Foreman na televisão. Perguntado sobre como pôde perder aquela luta, sua resposta foi mais ou menos assim:

Quando entrei no ringue, acreditava que ganharia. Sabendo que era mais forte, bati em Ali. Até o quinto round parecia que somente eu tinha a iniciativa.

A luta era eu bater e ele apanhar. No início do sexto round, não acreditava que Ali ainda estava em pé.
Foi quando começou a dizer “George, você bate como uma moça. Bata mais forte”.

E eu batia. Então, ele abaixava a guarda e dizia novamente: “É só isso que você pode fazer?”.
A sineta tocava, marcando os intervalos, e eu começava a duvidar de mim mesmo.

No décimo round, ele me derrubou duas vezes, sendo que na última fui a nocaute.

Mas isso não explica o porquê de você ter perdido — cortou o repórter.

Anos depois, ficamos amigos e perguntei a Ali como tinha conseguido ganhar aquela luta A resposta foi a seguinte:

“George, quando subi ao ringue contra você em Kinshassa (capital do antigo Zaire), resolvi que, mesmo se morresse, caísse ao chão, de forma alguma nada tiraria o título mundial de mim novamente.”
 
Não é à toa que nosso mestre clama para que nos tornemos vencedores. Quando conseguimos colocar em nosso coração a forte determinação de jamais sermos derrotados, nem mesmo quando tudo estiver apontando para o fracasso, nada será capaz de nos derrotar.

Sensei declara: “O budismo implica batalhas, e, portanto, devemos vencer.

A vitória no Kossen-rufu e na vida garante a felicidade a nossos descendentes pelas próximas gerações.

A boa sorte obtida ao vencer é transmitida de pai para filho, e assim pelo interminável futuro.” (BS, edição no 1.913, 27 de outubro de 2007, pág. A3.)

É o atual estágio de nossa luta que comprova exatamente essas palavras. Desde o dia da fundação da BSGI, no famoso episódio do Restaurante Chá Flora, quando o Distrito Brasil foi criado, até os presentes dias, muitas vitórias improváveis foram surgindo.

Por superarmos um a um os obstáculos e avançarmos constantemente, nos tornamos a “BSGI, Invencível e de Contínuas Vitórias”. Ou seja, cada membro da organização tornou-se invencível e fez da própria vida o palco das contínuas vitórias.

Nosso mestre afirma: “O grande pensador coreano Chong Yagvong declarou:

‘É a coragem que permite ao indivíduo concretizar seus planos e ser bem-sucedido em governar o Reino’.

A chave é a coragem. A coragem é o que nos permite realizar vários objetivos e sonhos que visualizamos em nossa mente. Vamos todos fazer da coragem nosso lema.” (BS, edição no 1.912, 20 de outubro de 2007, pág. A3.)

A coragem de jamais se permitir ser derrotado é a chave para uma existência feliz e vitoriosa, ou seja, uma existência DEZ!

Ronald Thompson é jornalista e acadêmico de Direito.