sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Transformar seu carma é mais fácil do que parece!

Revista TC - Edição 520

Transforme o impossível

PENSE NO SEU MAIOR SONHO... O que você sente? Satisfação ou angústia? É uma certeza ou um sonho impossível?
Se o considera impossível, é hora de assumir as rédeas da sua vida! É o momento da conquista, de tornar possível o impossível. Chega de passividade à espera de um milagre; transforme sua vida para melhor e crie uma nova realidade. 

Mas é possível uma mudança assim tão profunda a ponto de tornar possível aquilo que é impossível? SIM. 
Isso se chama revolução humana e consiste em utilizar seu pleno potencial com base na prática do Budismo Nitiren até o ponto de ficar irreconhecível aos que lhe conheceram antes.

A lebre e a tartaruga

Certo dia, uma lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da tartaruga. Esta sorriu e disse:
— Tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora, desafiou a tartaruga.
A lebre caiu na gargalhada, por considerar sua derrota na corrida algo impossível de acontecer, e aceitou o desafio.
— Uma corrida? Você e eu? Essa é boa!
— Por acaso você está com medo de perder?, perguntou a tartaruga.
— É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você, respondeu a lebre.
 
No dia seguinte, a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa com seu passo lento, mas firme. Determinada, concentrada, em nenhum momento parou de caminhar rumo ao seu objetivo. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
— Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso, pensou.
 
A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou por ela. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar e agora descansava tranquilamente.

Por que a tartaruga conseguiu transformar o impossível?


Não dá para negar, a lebre era de fato mais rápida que a tartaruga. Este é o contexto da corrida. A lebre aceitou o desafio da corrida porque tinha certeza da vitória. Mas limitou seu potencial seguindo o que ditava o contexto. Com uma visão limitada, ela não usou a vantagem que possuía a seu favor.

A tartaruga venceu o impossível. Sua vitória foi possível porque, diferentemente da lebre, sua certeza não se baseava no contexto, e sim no coração. Em seu interior ardia a determinação absoluta da vitória. Conhecendo seu potencial infinito, a determinação da tartaruga era maior que a sua realidade. 

Volte a pensar no seu grande sonho. E também em todas as conquistas que deseja para a sua vida. A VERDADE QUE DIZ QUE ALCANÇAR ESTES SONHOS É IMPOSSÍVEL é, na realidade, uma mentira!

Vamos mexer com seus sentidos


Observe agora o desenho da página 26: o objeto central tem a parte inferior mais clara que a superior? Se acha que sim, engana-se. Isso também é uma mentira. Os dois lados do objeto têm a mesma cor. O tom cinza da parte de cima do objeto é exatamente igual ao de baixo.
Por que isso acontece? Como dois tons cinza claramente diferentes podem ser da mesma cor? Isso tem a ver com a forma como cérebro usa as sombras para tomar decisões sobre o que está vendo. Ele se engana ao imaginar que o objeto está sombreado e, confiando em experiências passadas com sombras, conclui que os dois tons são diferentes. 

Em resumo, para decidir a cor do objeto (isso mesmo, o cérebro impõe a cor, assim como a realidade da pessoa), o cérebro analisa o contexto da figura, ignora o presente, e decide de acordo com o passado. Por isso, ao ver duas cores na figura, você está focando no passado e ignorando o presente.

O cérebro cria as percepções de um mundo que é útil para ele. Essa “percepção útil” não precisa corresponder ao que está ali de fato. Esse “mundo útil” é definido pelo estado da vida. De acordo com esse estado, definimos a forma como gostaríamos de ver a realidade e moldamos nossa percepção. 

A mesma figura é apresentada no documentário sobre percepção sensorial da National Geographic, onde o neurocientista experimental Beau Lotto afirma: “A cor é algo que o cérebro impõe. A luz existe no mundo, mas a cor é uma construção de nosso cérebro. Todas as nossas percepções são criações de nosso cérebro, nada do que vemos está de fato no mundo. Parece contraintuitivo, mas a cor passa essa mensagem.” Veja mais experiências no site: http://www.lottolab.org/articles/illusionsoflight.asp.

Apague o passado e veja o presente


Ao cobrir a parte central, você percebe que os dois lados possuem o mesmo tom cinza. De um ponto de vista, você está ignorando suas experiências passadas e focando nas soluções do presente. 

Numa rápida olhada, sem levar em conta outros fatores, a conclusão inicial da grande maioria é que a parte inferior é mais clara. Se perguntar para quem chegou a tal conclusão, ele tentará provar sua opinião com vários argumentos. Mas está equivocado. As cores PARECEM diferentes. Mas SÃO IGUAIS! 

Aplique isso em relação a outras situações da sua vida. Para cada uma delas existem infinitas SOLUÇÕES (ver a TC de novembro de 2011)


Não aceite a MENTIRA de que não existe forma de você vencer os obstáculos da vida! 


Mesmo que lhe apresentem bons argumentos ou que você se deixe mergulhar na negatividade. Essa negatividade é APARENTE. Na essência, existem, sim, formas de vencer.
O contexto que tenta ser imposto a você que “tal” situa­ção é IMPOSSÍVEL é, na realidade, parcial. Não ignore a verdade absoluta de que VOCÊ possui dentro de si um potencial infinito.

A transformação real


Bianca escreveu à redação da TC relatando suas experiências após ler as matérias sobre a chave da vitória publicadas nas três últimas edições. [Leia o texto na íntegra nofinal da página]. Em um trecho ela escreveu: 

“Eu estava pondo minha felicidade nas mãos da minha irmã...” Essa atitude se assemelha à da lebre que decidiu vencer com base no contexto, não utilizando seu potencial a seu favor.
 
O exemplo da Bianca revela o mesmo padrão cerebral de usar o contexto para decidir sobre as cores do objeto mostrado na página 26. Sabiamente, ela percebeu e mudou seu comportamento. De acordo com o relato, ela compreendeu que sua felicidade não se encontra no resultado, mas, sim, na ação de lutar pela felicidade da irmã. 

Com essa percepção, ela transformará a realidade. Assim como a tartaruga, que venceu a corrida, Bianca confia em seu coração. Em outro trecho da carta consta:

“Como ‘compreender é transformar’, voltei a falar com ela e faço Daimoku para sua felicidade e para a minha revolução humana. Estou me dedicando à prática do Chakubuku...”
 
A confiança no próprio coração, aliada à prática budista, elevará a força interior, tornando-a mais forte do que a realidade que a cerca. O resultado disso é a transformação do impossível em possível.

Se você não pode esperar...


Está num beco sem saída, cuja situação é de total desespero? O que fazer?
Desespero e beco sem saída significam que seu ambiente venceu seu coração. 

Sua energia vital enfraqueceu a ponto de você ser arrastado pela circunstância. Aliás, uma pessoa assim deixa-se levar por qualquer dificuldade. O mínimo vento ou a primeira resistência é capaz de fazê-la lamentar, resmungar e achar mil argumentos do porquê ela não conseguirá vencer. A saída é perseverar. 

Mas “perseverar” sem energia vital é insistir no sofrimento. É empurrar com a barriga. Vitória total é perseverar com energia vital. Em situações extremas, a prioridade é restabelecer a energia vital para vencer o ambiente. O caminho mais rápido e melhor é elevar o estado da vida. A prática budista eleva o estado da vida ao máximo. Este é o estado de Buda.

Um excelente mestre


O presidente Ikeda é o mestre do Kossen-rufu Mundial. Desde que começou a praticar o Budismo Nitiren e entrou para a Soka Gakkai, ele percebeu que toda a filosofia e a prática do Budismo tratam exatamente dos mecanismos para a transformação do impossível.

Era impossível ele viver além dos 30 anos. Sua saúde era frágil e os médicos o desenganaram. Hoje, o Dr. Daisaku Ikeda está com 84 anos e liderando o Kossen-rufu Mundial.

Era impossível atingir o objetivo de 750 mil Chakubuku, lançado pelo seu mestre, Jossei Toda. Além de bater todos os recordes de propagação, alcançou 750 mil famílias e, atualmente, a SGI tem doze milhões de membros em 192 países e territórios.

Era impossível ver soluções para a falência dos negócios e enormes dívidas nas empresas do seu mestre. Ele superou tudo, reconstruiu e, num tempo recorde, conseguiu sanar todas as dívidas.

Era impossível se dedicar aos estudos e frequentar uma faculdade, pois precisava doar todo o tempo ao Kossen-rufu. Aceitou ser treinado pelo seu mestre. Tornou-se o intelectual e pacifista mais reconhecido do mundo com mais de trezentos títulos de Doutor Honoris Causa. É reconhecido por intelectuais e associações acadêmicas como o maior escritor e poeta da humanidade. 

O presidente Ikeda prova, com a própria vida, que não existe o impossível quando se vive embasado fielmente na unicidade de mestre e discípulo.

Chakubuku, um ato difícil?!


Segundo o presidente Ikeda, “Chakubuku é a maior das dificuldades”. Ou seja, realizar o Chakubuku é, na visão geral, um ato impossível. Percebendo isso, desde quando começou a praticar, ele se dedicou de corpo e alma para aprender a arte de fazer o Chakubuku. E constatou que seu mestre, Jossei Toda, era o “general do Chakubuku”. Assim, aprendeu com seu mestre e sagrou-se “campeão de Chakubuku” em todas as organizações na qual era designado para liderar.

Concretizar o Chakubuku tornou-se para ele algo descomplicado e estimulante. Ser hábil na arte de realizar o Chakubuku o habilita a dominar o mecanismo mais difícil de todos. Portanto, será muito natural transformar quaisquer outras situações.

Num artigo recente, o presidente Ikeda afirma que os jovens da BSGI são hábeis nesta arte do Chakubuku: “Ainda que você ofereça muitas riquezas a uma pessoa, isso não é garantia da felicidade absoluta. O que garante a felicidade absoluta é o Chakubuku. Os membros da SGI realizam essa prática. Eu, o terceiro presidente, desde a minha juventude, também pratico de coração o Chakubuku. Agir assim é a preciosa e eterna ‘lembrança de sua presente vida neste mundo humano’”.

“No Brasil”, continua o Mestre, “todos os treze mil jovens fizeram o juramento Seigan na Convenção de 3 de Maio de 2009, e concretizaram, individualmente, o Chakubuku. É um admirável exemplo de cumprir com orgulho o que se promete”.

Reforçando os pontos principais

Não existe impossível
 
Impossível é aquilo que você não enxerga. Ao observar o contexto e interpretá-lo somente com suas experiências passadas, tudo parece impossível. O impossível existe somente na mente de quem não é capaz de enxergar todas as possibilidades.

Confie em seu coração
Qual é o momento de confiar no coração? Sempre. Em todas as circunstâncias o coração é quem define a realidade. Mas estamos falando de um coração iluminado. Esse coração iluminado é como um pintor habilidoso que pinta o cenário da vida que deseja. 

Visualize, pinte, construa na sua mente sua nova realidade com o máximo de detalhes. Quanto mais nítido, mais rápida a solução. A nitidez é quando seu coração possui energia vital para prevalecer sobre seu ambiente. 

“O poder do coração nos capacita a executar uma maravilhosa obra-prima em nossa vida de acordo com o objetivo pintado em nossa mente”, assegura o presidente Ikeda. 

Postura diante das dificuldades
 
Diante das dificuldades urgentes, o caminho é tornar sua energia vital mais forte que o ambiente. 
Conforme o presidente Ikeda afirma: “Ao encontrar dificuldades, recitamos Daimoku para solucionar nossos problemas. (...) Agindo assim, continuamos a avançar, olhando para nossos problemas de um estado da vida elevado. 

Quando oramos ao Gohonzon, é como se estivéssemos olhando todo o universo, permitindo-nos observar impassivelmente os sofrimentos que existem em nossa própria vida. Justamente por termos problemas, podemos recitar Daimoku, produzindo uma forte energia vital”.

Daimoku + Chakubuku

Por meio do Daimoku, você aumenta a própria energia vital. Essa energia é usada plenamente no cotidiano quando o estado da vida é elevado. 

O estado de Buda faz um ser humano utilizar totalmente essa energia. Esse estado iluminado se manifesta por meio do seu comportamento como ser humano.  

O Budismo considera a prática do Chakubuku como a mais elevada conduta humana. Ao realizá-la, uma pessoa adquire a capacidade de usufruir da energia vital de forma plena e harmonizada com o Universo. 

Como isso acontece? Não perca a próxima edição de janeiro da TC cujo tema será este. Por ora, o importante é saber que a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, aliada à prática do Chakubuku, amplia sua visão para enxergar todas as possibilidades e lhe confere sabedoria, coragem e energia vital suficiente para transformar sua realidade.

Conclusão

A chave da transformação do impossível.
Portanto, de acordo com o desenho da página 26, cobrir o centro do objeto equivale a abandonar uma visão equivocada de impossibilidades; é o despertar para uma nova percepção de vitória total. 

Experimente a fórmula apresentada. Escolha um objetivo! Ore com vigor o Nam-myoho-rengue-kyo com determinação e serenidade até sentir muita alegria no coração. 

Faça Chakubuku inspirado por essa alegria. Observe novamente sua realidade. Você vai notar nitidamente que ela está colorida com a energia vital do Daimoku e do Chakubuku. Então, aja e avance com total coragem para conquistar seu objetivo. 

Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo e praticar o Chakubuku equivalem a “COBRIR” a linha central do objeto da página 26. A consequência é a iluminação e a transformação do carma.
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Olá!
Meu nome é Bianca,* tenho 21 anos e gostaria de parabenizá-los pelo excelente trabalho que estão desenvolvendo. As três últimas TCs estão fantásticas. “A Chave da Vitória” me “assombrou” de tão maravilhosa, usei-a com vários Chakubuku e, na minha primeira explanação de matéria na Reunião de Palestra (sou nova na prática do Budismo, no dia 20 de dezembro farei dois anos de conversão), me ajudou muito.

“Você quer ser gota ou oceano?” foi muito importante para mim porque sempre faço essa analogia quando apresento o Budismo a outras pessoas. Quando a vi pela primeira vez, quase chorei de emoção. É perfeita, completa!

Essa última em especial, “Você tem a chave da vitória”, me tocou profundamente.
Tenho uma irmã de 15 anos que há pouco tempo me contou que é usuária de drogas. Meu coração já me dizia que ela estava envolvida com drogas, mas ouvir dela me paralisou. Tanto que nem consegui conversar com ela nesse dia. Imediatamente, fui para o meu quarto (onde fica meu Gohonzon, sou a única praticante na minha família) e fiz bastante Daimoku para ter sabedoria, pois não sabia como agir, o que dizer.
No dia seguinte, conversei com ela. De maneira muito humilde, pedi-lhe que me deixasse ajudá-la. Disse que precisava que ela recitasse Daimoku para que fosse feliz. Ela aceitou. Durante duas semanas, recitávamos 15 minutos juntas e, nesse período, ela se absteve do uso de droga.
Na mesma época, foi publicado no Brasil Seikyo, um relato de um membro que teve problemas semelhantes aos da minha irmã. Como não poderia ser diferente, com Daimoku e as atividades, ele venceu. Mostrei a matéria para a minha irmã. Ela leu. Sinto que isso fortaleceu a ela e a mim. Mas, uma semana depois, ela teve uma recaída e passou cinco dias fora de casa.

Fiquei muito chateada, e parei de falar com ela. Comecei a recitar Daimoku para saber o que fazer, pois não quero parecer conivente com suas ações. Também não quero magoá-la. Só quero que ela seja o mais feliz que alguém possa ser.

Daí vocês publicaram o diálogo de Kiyoshi Jujo e da líder Katsu Kiyohara... meus olhos encheram de lágrimas: mais uma vez era especialmente “para mim”.

Entendi que não devo ficar insistindo para que minha irmã pare de usar drogas ou para que recite Daimoku, tampouco devo ficar apontando seus erros. O que devo fazer é polir meu coração, aprimorar meu estudo, fortalecer minha fé e desafiar na minha prática, fazendo sempre Chakubuku, é claro... rs.

Eu estava pondo minha felicidade nas mãos da minha irmã e isso é responsabilidade minha.
Como “compreender é transformar”, voltei a falar com ela e faço Daimoku para sua felicidade e para a minha revolução humana. Estou me dedicando à prática do Chakubuku e analisando o que devo melhorar na prática e, é claro, não deixo de ler a TC, a RDez e o BS.

Não conheço nenhum de vocês pessoalmente, mas saibam: já os amo muito. Do fundo do coração, desejo que sejam absolutamente felizes, e vençam em todos os aspectos. Sensei realmente não tem com que se preocupar. Com toda certeza, vocês estão conectados ao coração do Mestre, executando o trabalho do Buda, levando esperança às pessoas e ajudando-as a superar dificuldades e dores muitas vezes incomensuráveis.
Mais uma vez, meus parabéns,

*Para preservar a identidade da remetente, utilizamos um pseudônimo.