por John Haydon
“Não tente ser um homem de sucesso,
mas um homem de valor” Albert Einstein.
Eu trabalhava com vendas ha 12 anos e sempre pensei em mim mesmo como um C+, um vendedor na mediano. No segundo semestre de 2004 eu fui o vendedor que conseguiu o maior numero de novos clientes na empresa, porém o montante de negócios foi pequeno e eu continuei como C+, mediano.
Durante a minha carreira de vendedor eu pensava: O que um vendedor de sucesso tem? Habilidade? Sorte? É um afortunado?
Qualquer coisa que fosse, eu acreditava que não tinha o fator de sucesso e nunca o teria, pelo menos nesta vida.
Tinha alguns vendedores na empresa, tipo estrelas, com desempenho excepcionalmente alto. Eu sempre os admirei com um pouco de ciúmes, tentando esconder a minha frustração e raiva de mim mesmo, a cada grande negócio que eles fechavam.
Eu amava a empresa e trabalhava duro, para falar a verdade, trabalhava mais do que a maioria dos representantes de vendas – mas não era suficiente para melhorar o meu desempenho.
De Janeiro a Junho de 2005 eu consegui apenas 33% da minha cota de vendas. Eu estava no chão e a minha confiança em mim mesmo tinha praticamente desaparecido. Os vendedores com alto desempenho, os estrelas, na empresa continuavam fechando bons negócios e eu me sentindo cada vez mais perdido. Eu não sabia o que fazer, me sentia como se tivesse afogando, sem ar para respirar.
Em 30 de Junho o vice-presidente da empresa me pediu para assinar um Plano de Melhoria Desempenho(PMD):
01. Atingir certo volume de vendas mensal para os próximos 3 meses ( julho a setembro) ou ser DEMITIDO. A cota de vendas que eles definiram para mim era difícil até para os vendedores estrelas da empresa, muito alta.
02. Trabalhar no mínimo 9 horas por dia.
03. Não tirar férias neste período, o que significaria, que minha família teria que cancelar o aluguel de uma casa de férias em Cape Cod.
Os 20% de aumento de salário que todos os representantes receberam em 1° de julho iria ficar suspenso, sendo assim, eu só receberia o aumento salarial quando atingisse o meu gol do PMD.
Eu saí do escritório esse dia bastante desencorajado. Eu estava prestes a perder meu emprego e decepcionar a minha família. Mas, eu estava mesmo era muito decepcionado com a minha prática Budista:
- Por que isso está acontecendo? Eu pensava cheio de frustração.
- Eu tenho meditado por muitos anos. Com certeza, eu mereço mais do que isso.
Eu fiquei bastante triste por uns 2 dias e então cheguei a conclusão que reclamar da situação não iria me dar os resultados que eu precisava. Eu estava contra a parede e tinha que atingir as metas do PMD sem falha, não existia plano B.
- Por que isso está acontecendo? Eu pensava cheio de frustração.
- Eu tenho meditado por muitos anos. Com certeza, eu mereço mais do que isso.
Eu fiquei bastante triste por uns 2 dias e então cheguei a conclusão que reclamar da situação não iria me dar os resultados que eu precisava. Eu estava contra a parede e tinha que atingir as metas do PMD sem falha, não existia plano B.
Obviamente, eu poderia arrumar outro emprego. Porém, eu iria levar comigo a experiência de “perdedor” para o novo emprego e conseqüente uma baixa auto-estima.
Então, eu decidi vencer! Eu tinha que mudar algo que estava na minha vida, algo bem profundo.
No dia primeiro de julho, eu decidi que iria colocar o meu “músculo espiritual” para funcionar e usá-lo para alcançar a meta do PMD.
No dia primeiro de julho, eu decidi que iria colocar o meu “músculo espiritual” para funcionar e usá-lo para alcançar a meta do PMD.
Eu fiz daimoku, meditei com o mantra Nam-Myoho-Rengue-Kyo, algumas horas por dia para mudar os pensamentos enraizados na minha vida que atraíam o desempenho baixo no trabalho. Eu comecei a vivenciar pensamentos da minha infância, do meu passado e ainda mais profundos, do meu carma.
Meditando, eu lembrei de uma coisa que um colega budista tinha me dito:
“Mesmo pessoas que vêm meditando durante anos não podem mudar o carma mais profundo, se elas pensarem que é imutável e parte da sua própria identidade, do que elas são.”
Sim, a identidade que eu criei para mim como um vendedor foi de limitação. Eu acreditava na minha limitação, eu sou apenas um vendedor mediano, um C+.
Apesar de eu ser uma pessoa agradável e muito honesto no trabalho, eu nunca serei um vendedor de alto desempenho. Talvez vendas não seja o meu talento, eu deveria estar fazendo outra coisa, eu falava para mim mesmo.
Agora, eu estava contra a parede. Eu não tinha escolha, eu teria que mudar algo que parecia impossível – uma profunda imagem que eu tinha de mim mesmo. Pela primeira vez, eu sabia, como todo o meu corpo, que eu venceria!
Agora, eu estava contra a parede. Eu não tinha escolha, eu teria que mudar algo que parecia impossível – uma profunda imagem que eu tinha de mim mesmo. Pela primeira vez, eu sabia, como todo o meu corpo, que eu venceria!
Meditando durante várias horas no dia tinha que produzir resultados, especialmente agora que eu tinha uma visão clara de missão.
Em julho eu fechei apenas 1 novo negocio e atingi apenas 50% da minha cota. Eu continuei firme no meu daimoku, meditação, sabendo que meus esforços levariam tempo para se transformarem em resultados. Eu me recusei a desanimar!
Em agosto, eu fechei 5 novos negócios e atingi quase 2 vezes a minha cota do mês. Eu estava no caminho, mas ainda não estava perto de declarar vitória.
Em setembro algo muito estranho aconteceu. Na manhã do dia 12/09, sem nenhum negocio fechado ainda para este mês e com apenas 14 dias para terminar o meu prazo no PMD e manter o meu emprego, eu tive uma hérnia de disco.
Eu estava na academia de ginástica quando senti uma forte dor na coluna, acabei o dia em casa, na cama, chorando e impossibilitado de me mover. Eu fui levado de ambulância para o hospital onde, para somar a hérnia de disco, os médicos acharam algo na minha coluna que possivelmente seria câncer.
Eu estava na academia de ginástica quando senti uma forte dor na coluna, acabei o dia em casa, na cama, chorando e impossibilitado de me mover. Eu fui levado de ambulância para o hospital onde, para somar a hérnia de disco, os médicos acharam algo na minha coluna que possivelmente seria câncer.
Eu fiquei internado durante 1 semana no hospital passando por vários testes. Durante a minha internação, a minha esposa e vários amigos vieram me visitar e também entoar o mantra Nam-Myoho-Rengue-Kyo comigo. Quando estava sozinho, eu encontrava conforto na meditação. Os médicos acharam estranho que todos os testes que fizeram deu negativo para câncer ou qualquer outra doença, e assim, eu tiver alta do hospital.
Clientes, para quem eu esperava vender apenas em dezembro, resolveram antecipar as compras.
Uma nova empresa me procurou querendo efetuar uma compra grande, eles não estavam sendo bem atendidos pelo competidor. Este negocio, sozinho, foi 75% da minha cota.
No final, eu consegui fechar 5 negócios e atingi 3 vezes as minha cota do mês.
Esta experiência não foi para ter bons resultados no meu trabalho e sim, para enfrentar a visão limitada que eu tinha de mim mesmo.
Eu retornei ao trabalho na semana seguinte, porém trabalhando meio horário, com apenas 9 dias para terminar o meu prazo e nenhuma venda. Então, na ultima semana tudo começou a se movimentar rapidamente:
Clientes, para quem eu esperava vender apenas em dezembro, resolveram antecipar as compras.
Uma nova empresa me procurou querendo efetuar uma compra grande, eles não estavam sendo bem atendidos pelo competidor. Este negocio, sozinho, foi 75% da minha cota.
No final, eu consegui fechar 5 negócios e atingi 3 vezes as minha cota do mês.
Pelo período de 3 meses do PMD eu mais do que dobrei o gol que eles colocaram para mim, eu fui o melhor representante de vendas do período. Conquistei o aumento de salário de 20% que tinha sido suspenso e tirei 3 dias de folga para curtir a família e fazer a viagem que tínhamos planejado antes.
Eu me lembro do Presidente Ikeda falando:
“ A determinação de vencer é a melhor parte da vitória”.
Esta experiência não foi para ter bons resultados no meu trabalho e sim, para enfrentar a visão limitada que eu tinha de mim mesmo.
Fonte: The Buddha Next Door by Greg Martin and Zan Gaudioso
Tradução: Anne Almeida
Este livro foi presente de uma grande amiga, Rizalva, com esta tradução eu retribuo este presente maravilhoso - é uma divida de gratidão.