quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vendendo EU para mim mesmo.

por John Haydon

“Não tente ser um homem de sucesso,
mas um homem de valor” Albert Einstein.

Eu trabalhava com vendas ha 12 anos e sempre pensei em mim mesmo como um C+, um vendedor na mediano. No segundo semestre de 2004 eu fui o vendedor que conseguiu o maior numero de novos clientes na empresa, porém o montante de negócios foi pequeno e eu continuei como C+, mediano.

Durante a minha carreira de vendedor eu pensava: O que um vendedor de sucesso tem? Habilidade? Sorte? É um afortunado?

Qualquer coisa que fosse, eu acreditava que não tinha o fator de sucesso e nunca o teria, pelo menos nesta vida.

Tinha alguns vendedores na empresa, tipo estrelas, com desempenho excepcionalmente alto. Eu sempre os admirei com um pouco de ciúmes, tentando esconder a minha frustração e raiva de mim mesmo, a cada grande negócio que eles fechavam.

Eu amava a empresa e trabalhava duro, para falar a verdade, trabalhava mais do que a maioria dos representantes de vendas – mas não era suficiente para melhorar o meu desempenho.
 
De Janeiro a Junho de 2005 eu consegui apenas 33% da minha cota de vendas. Eu estava no chão e a minha confiança em mim mesmo tinha praticamente desaparecido. Os vendedores com alto desempenho, os estrelas, na empresa continuavam fechando bons negócios e eu me sentindo cada vez mais perdido. Eu não sabia o que fazer, me sentia como se tivesse afogando, sem ar para respirar.
 
Em 30 de Junho o vice-presidente da empresa me pediu para assinar um Plano de Melhoria Desempenho(PMD):

01. Atingir certo volume de vendas mensal para os próximos 3 meses ( julho a setembro) ou ser DEMITIDO. A cota de vendas que eles definiram para mim era difícil até para os vendedores estrelas da empresa, muito alta.

02. Trabalhar no mínimo 9 horas por dia.

03. Não tirar férias neste período, o que significaria, que minha família teria que cancelar o aluguel de uma casa de férias em Cape Cod.
 
Os 20% de aumento de salário que todos os representantes receberam em 1° de julho iria ficar suspenso, sendo assim, eu só receberia o aumento salarial quando atingisse o meu gol do PMD.
 
Eu saí do escritório esse dia bastante desencorajado. Eu estava prestes a perder meu emprego e decepcionar a minha família. Mas, eu estava mesmo era muito decepcionado com a minha prática Budista:


- Por que isso está acontecendo? Eu pensava cheio de frustração.


- Eu tenho meditado por muitos anos. Com certeza, eu mereço mais do que isso.

Eu fiquei bastante triste por uns 2 dias e então cheguei a conclusão que reclamar da situação não iria me dar os resultados que eu precisava. Eu estava contra a parede e tinha que atingir as metas do PMD sem falha, não existia plano B.
Obviamente, eu poderia arrumar outro emprego. Porém, eu iria levar comigo a experiência de “perdedor” para o novo emprego e conseqüente uma baixa auto-estima.
Então, eu decidi vencer! Eu tinha que mudar algo que estava na minha vida, algo bem profundo.

No dia primeiro de julho, eu decidi que iria colocar o meu “músculo espiritual” para funcionar e usá-lo para alcançar a meta do PMD.

Eu fiz daimoku, meditei com o mantra Nam-Myoho-Rengue-Kyo, algumas horas por dia para mudar os pensamentos enraizados na minha vida que atraíam o desempenho baixo no trabalho. Eu comecei a vivenciar pensamentos da minha infância, do meu passado e ainda mais profundos, do meu carma.

Meditando, eu lembrei de uma coisa que um colega budista tinha me dito:

“Mesmo pessoas que vêm meditando durante anos não podem mudar o carma mais profundo, se elas pensarem que é imutável e parte da sua própria identidade, do que elas são.”

Sim, a identidade que eu criei para mim como um vendedor foi de limitação. Eu acreditava na minha limitação, eu sou apenas um vendedor mediano, um C+.

Apesar de eu ser uma pessoa agradável e muito honesto no trabalho, eu nunca serei um vendedor de alto desempenho. Talvez vendas não seja o meu talento, eu deveria estar fazendo outra coisa, eu falava para mim mesmo.

Agora, eu estava contra a parede. Eu não tinha escolha, eu teria que mudar algo que parecia impossível – uma profunda imagem que eu tinha de mim mesmo. Pela primeira vez, eu sabia, como todo o meu corpo, que eu venceria!
Meditando durante várias horas no dia tinha que produzir resultados, especialmente agora que eu tinha uma visão clara de missão.
 
Em julho eu fechei apenas 1 novo negocio e atingi apenas 50% da minha cota. Eu continuei firme no meu daimoku, meditação, sabendo que meus esforços levariam tempo para se transformarem em resultados. Eu me recusei a desanimar!
 
Em agosto, eu fechei 5 novos negócios e atingi quase 2 vezes a minha cota do mês. Eu estava no caminho, mas ainda não estava perto de declarar vitória.

Em setembro algo muito estranho aconteceu. Na manhã do dia 12/09, sem nenhum negocio fechado ainda para este mês e com apenas 14 dias para terminar o meu prazo no PMD e manter o meu emprego, eu tive uma hérnia de disco.


Eu estava na academia de ginástica quando senti uma forte dor na coluna, acabei o dia em casa, na cama, chorando e impossibilitado de me mover. Eu fui levado de ambulância para o hospital onde, para somar a hérnia de disco, os médicos acharam algo na minha coluna que possivelmente seria câncer.
Eu fiquei internado durante 1 semana no hospital passando por vários testes. Durante a minha internação, a minha esposa e vários amigos vieram me visitar e também entoar o mantra Nam-Myoho-Rengue-Kyo comigo. Quando estava sozinho, eu encontrava conforto na meditação. Os médicos acharam estranho que todos os testes que fizeram deu negativo para câncer ou qualquer outra doença, e assim, eu tiver alta do hospital.
 
Eu retornei ao trabalho na semana seguinte, porém trabalhando meio horário, com apenas 9 dias para terminar o meu prazo e nenhuma venda. Então, na ultima semana tudo começou a se movimentar rapidamente:


Clientes, para quem eu esperava vender apenas em dezembro, resolveram antecipar as compras.


Uma nova empresa me procurou querendo efetuar uma compra grande, eles não estavam sendo bem atendidos pelo competidor. Este negocio, sozinho, foi 75% da minha cota.


No final, eu consegui fechar 5 negócios e atingi 3 vezes as minha cota do mês.
Pelo período de 3 meses do PMD eu mais do que dobrei o gol que eles colocaram para mim, eu fui o melhor representante de vendas do período. Conquistei o aumento de salário de 20% que tinha sido suspenso e tirei 3 dias de folga para curtir a família e fazer a viagem que tínhamos planejado antes.

Eu me lembro do Presidente Ikeda falando:
“ A determinação de vencer é a melhor parte da vitória”.


Esta experiência não foi para ter bons resultados no meu trabalho e sim, para enfrentar a visão limitada que eu tinha de mim mesmo.
Fonte: The Buddha Next Door by Greg Martin and Zan Gaudioso

Tradução: Anne Almeida

Este livro foi presente de uma grande amiga, Rizalva, com esta tradução eu retribuo este presente maravilhoso - é uma divida de gratidão.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Como não desanimar e manter o estado de vida elevado diante de situações desesperadoras?

Esclarecendo

O Budismo Nitiren garante sua iluminação, não importa a circunstância. A felicidade absoluta é uma realidade. No escrito O Portal do Dragão, o Buda transmite esperança e coragem ao ensinar como se atinge a iluminação diante de uma situação desesperadora.

A lenda do Portal do Dragão

Ela trata das dificuldades e da impossibilidade de atingir o estado de Buda. De fato, no período atual, dos Últimos Dias da Lei, devido a uma infinidade de obstáculos e maldades é praticamente impossível atingir o estado de Buda. Mas não se apegue à lenda; e, sim ao Gosho.

O escrito O Portal do Dragão

Diante de uma realidade desesperadora, Nitiren Daishonin apresenta de maneira direta como se atinge o estado de Buda no momento presente. É disso que trata a carta. Ao transmitir o bastão espiritual aos seus discípulos, ele também transmite sua iluminação.

O ponto central da carta

É a frase que diz: “Meu desejo é que todos os meus discípulos façam um grande juramento”.

Por que é impossível atingir o estado de Buda?

Para uma pessoa que vive baseada no juramento Seigan e na unicidade de mestre e discípulo, atingir o estado de Buda é perfeitamente possível e natural. Para quem não vive baseado nesses dois pontos, vale a lenda da cachoeira. Ou seja, é impossível.

Compartilhar a mesma missão

Diante das circunstâncias dos seus discípulos, Nitiren Daishonin brada para que eles façam e vivam um grande juramento e permaneçam unidos no propósito de realizar o Kossen-rufu.
E, acima de tudo, Nitiren Daishonin louva o fato deles compartilharem da mesma missão que ele. É uma carta emocionante do Buda a seus discípulos vivendo o drama do Kossen-rufu.

Transmissão do bastão



O Buda Nitiren escreveu para discípulos que já estavam vivendo o juramento Seigan e a unicidade de mestre e discípulo? Sim.

Ele escreve a carta para louvar seus discípulos e para transmitir o bastão espiritual do Kossen-rufu.

Lembre-se que Nanjo Tokimitsu, o recebedor desta carta, estava vivendo em meio à severa Perseguição de Atsuhara, na qual os discípulos sofriam ameaças contra a própria vida devido à prática do Budismo de Nitiren.

O presidente Ikeda confirma: “Aprendamos com este escrito, que pode ser visto como fonte de inspiração do espírito de ‘16 de Março, Dia do Kossen-rufu’ (...) O tema principal do Sutra de Lótus nos mostra Sakyamuni transmitindo a Lei aos verdadeiros sucessores e confiando-lhes a missão de propagá-la amplamente depois de sua morte.

De modo similar, no Gosho, vemos o Buda Nitiren Daishonin orando incessantemente pelas pessoas capazes ‘de herdar o espírito do Sutra de Lótus’ (WND, v. 1, p. 839), desejando, de coração, saúde, vitória, segurança, longevidade e progresso a seus seguidores. As cartas do Buda são repletas de instruções e alento aos discípulos que o sucederão.”

O que garante sua iluminação?

O juramento Seigan, a unicidade de mestre discípulo e a existência de uma comunidade harmoniosa de praticantes com o espírito de ‘‘diferentes corpos, uma única mente’’ (Itai Doshin).

O presidente Ikeda afirma:

“Precisamente por ser tão difícil manter a fé na Lei Mística numa era assim, os laços de mestre e discípulo adquirem importância decisiva no Budismo. Do mesmo modo, torna-se indispensável a existência de uma comunidade harmoniosa de praticantes solidamente unidos por um mesmo propósito — denominada por Nitiren Daishonin ‘diferentes corpos, uma única mente’.”

O Mestre reafirma:

“A Soka Gakkai possui laços de mestre e discípulo com a força necessária para resistir a quaisquer adversidades. Seus membros — pessoas comuns de espírito nobre, que estão polindo a vida enquanto se dedicam à fé com o mesmo compromisso que o Mestre — mantêm firme união. Como magníficos dragões nascidos da escalada triunfante da cachoeira, incontáveis membros vivem com dignidade e convicção fortalecidos pelo desafio pessoal de continuar à fé. São pessoas que superam a si mesmas.”

Resumindo

No contexto da lenda, já somos “dragões” e a nossa missão é fazer chover.

O que pode te derrubar?

Uma vez que se vive no contexto da prática budista inspirada pelo juramento Seigan, o que seria um impedimento? As “más ­influências” ou “maus amigos”.

Quem são os “maus amigos”?

“Maus amigos” é tudo aquilo que te leva a pensar que a sua prática diária (Gongyo, Daimoku, Chakubuku e Kossen-rufu) é um peso.

A diferença de enfoque determina tudo

“Os dragões têm a árdua tarefa de fazer chover. Esse labor pode ser considerado um peso ou uma missão, dependendo de como cada um o vê. Essa diferença de enfoque ou de atitude também determinará se seremos vencidos pelas ­influências negativas — maus amigos — ou se atingiremos o estado de Buda.”

O que importa é o coração

“Na realidade, como afirma Nitiren Daishonin, ‘o que importa é o coração’ (WND, v. 1, p. 1.000). Essa diferença de postura ou de sentimento depende de assumirmos ou não o ‘grande juramento’ mencionado nesta carta.”


“Para que nossa prática do Sutra de Lótus ou da Lei Mística culmine em triunfo, devemos abraçar — de vontade própria e com alegria — a missão de compartilhar sofrimentos de mais e mais pessoas e enfrentar dificuldades ainda maiores em nossa causa pela paz e felicidade da humanidade.”

O significado de um grande juramento

“Nitiren Daishonin solicita que busquemos ativamente essa forma de viver e que escalemos com bravura o ‘Portal do Dragão da fé’ como sucessores do Kossen-rufu, para atingirmos o estado de Buda, sem falta. Como praticantes da Lei Mística, este é o significado de ‘viver com base num grande juramento’.”

Grande juramento é Kossen-rufu

“Na carta, Nitiren Daishonin proclama: ‘Meu desejo é que todos os meus discípulos façam um grande juramento’ (WND, v. 1, p. 1.002). Esse ‘grande juramento’ é o juramento do Buda — a realização do Kossen-rufu —, conforme explica: ‘O grande juramento refere-se à propagação do Sutra de Lótus’.”

O que faz um buda?

Reforçando, o que garante a iluminação de todas as pessoas são três pontos: o juramento Seigan, a unicidade de mestre discípulo e uma comunidade harmoniosa de praticantes. Logo, a missão de um buda é garantir que esses três pontos existam.

Estado de Buda — o importante é manter

Para um buda manter o seu estado de vida iluminado, ele deve se dedicar a conduzir outras pessoas à iluminação.

E quem são essas pessoas?

Especialmente os jovens. Porque garantir a vitória de um jovem é garantir a vitória no presente e no futuro. Assim o Kossen-rufu se torna um fluxo constante e seguro.

Quem molda a época?

“Quem molda a época são os jovens. Por isso, nossa missão e responsabilidade, como budistas, é desenvolver jovens capazes de assumir essa tarefa.”

O único meio de realizar o Kossen-rufu

“Também é especialmente importante que nós, membros da SGI, asseguremos um fluxo contínuo de jovens sucessores que percebam com clareza a dor e o sofrimento da sociedade e que sejam pioneiros de uma nova era. Esse é o único meio pelo qual poderemos realizar a nobre tarefa do Kossen-rufu. Líderes autênticos do Kossen-rufu desenvolvem jovens e confiam tudo a eles.”

Espírito juvenil

“De nossa parte, é importante conservarmos sempre o espírito juvenil e nos empenharmos com os jovens. Precisamos forjá-los e legar-lhes o futuro com total convicção. Os que se dedicam sempre ao lado dos jovens são pessoas vencedoras, possuidoras de um espírito sublime.”

Concluindo

“O ‘grande juramento’ do Budismo somente torna-se realidade com o persistente desafio de atuar na sociedade e dedicar-se quanto for necessário para inspirar e encorajar, de todas as formas possíveis, as pessoas que conhecemos.

Por isso, os presidentes Makiguti e Toda atribuíam tanta importância ao diálogo de vida a vida e às palestras. O caminho para cumprir o grande juramento do Kossen-rufu encontra-se no contínuo diálogo com as pessoas ao redor para transmitir a elas, de coração, a grandiosidade da Lei Mística, a chave da genuína felicidade.”
 De vontade própria e com alegria

Um casamento feliz

Jornal BS 2083 - Publicado em 14/Maio/2011 - Página A2

Neste mês, o presidente Ikeda e sua esposa, Sra. Kaneko Ikeda, comemoraram 59 anos de casados. Três de maio de 1952 foi a data da cerimônia. São quase seis décadas de uma união exemplar, que inspira milhões de pessoas no mundo inteiro. O presidente Ikeda afirma que o casamento ideal é quando duas pessoas focalizam um objetivo em comum e caminham juntas para concretizá-lo.

Ele orienta claramente: “Muitas pessoas se iludem pensando que o casamento é sinônimo de felicidade. Não se casar também não é absolutamente uma infelicidade. O ato de descobrir a base da felicidade e de construir efetivamente a felicidade sobre essa base é a verdadeira felicidade” (Brasil Seikyo, edição no 1.568, 19 de agosto de 2000, p. A2).

O companheiro ideal

Certa ocasião, uma jovem integrante da DFJ perguntou ao presidente Ikeda: “Do ponto de vista da prática da fé, que tipo de companheiro devemos escolher?”

A resposta foi clara: “Na sociedade em geral, essa escolha é feita tendo como parâmetro as condições familiares, situação financeira, formação escolar, salário etc. Embora façam parte das qualidades de um homem, não revelam totalmente seu caráter e sua natureza como pessoa. Para escolher o futuro companheiro, devem observar antes de mais nada sua filosofia de vida e seu caráter como ser humano.

“Do ponto de vista da prática da fé, é preciso que verifiquem em primeiro lugar se essa pessoa tem forte paixão pelo  Kossen-rufu (Paz Mundial através da criação de valores na sociedade). Em segundo, se tem uma boa saúde. Em terceiro, se tem firme senso de economia. Em quarto, se é uma pessoa que define e resolve bem as coisas.

“Não se esqueçam de que nosso objetivo de vida é a realização do Kossen-rufu, que é o testamento do Buda Nitiren Daishonin. Com relação ao primeiro item, um homem que não tem disposição nem decisão de viver em prol desse objetivo não está qualificado a compartilhar a vida com vocês. Sobre a saúde, não preciso acrescentar nada, pois vocês sabem muito bem de sua importância.

O senso de economia, que é o terceiro item, não tem nada a ver com o fato de o rapaz ter dinheiro ou não. A questão é se sabe controlar o dinheiro. Caso contrário, ele não é confiável e está mais do que evidente que as dificuldades financeiras surgirão depois do casamento.
O quarto item refere-se à pessoa que sabe definir e resolver as questões de forma concreta. Caso contrário, devemos tomar muito cuidado. Uma pessoa que sabe julgar e decidir o que deve fazer agora com certeza será uma pessoa brilhante. Por fim, um casamento que é recebido e felicitado por todas as pessoas de seu relacionamento, será um casamento seguro” (Ibidem).

Mulheres que sabem ouvir e defendem a paz

Na sequência, ele completou dizendo alguns parâmetros dos homens em relação às mulheres: “O primeiro item refere-se à mulher que recita muito Daimoku. Isso é indicativo de uma mulher que está acumulando boa sorte. Na juventude, pode não haver muita diferença no resultado de estar ou não recitando muito Daimoku. Mas, quando chegar aos quarenta anos, a diferença será muito grande e evidente.

“A beleza interior cultivada com o Daimoku ao longo do tempo adornará cada vez mais a vida da mulher na maturidade. [...] Quando lutamos pelo bem e pela felicidade de uma pessoa, estamos na verdade iluminando também nossa própria vida. Por isso, é importante que se empenhem agora nas atividades da Soka Gakkai.

O segundo e o terceiro itens são iguais tanto para os homens como para as mulheres.

O quarto é um pouco diferente. É a disposição de ouvir opiniões. Uma mulher que não ouve e só defende seu ponto de vista não consegue criar harmonia com as pessoas.

A mulher é a defensora da paz. Deve tanto ouvir os outros como expressar sua opinião. Se não possuir esse caráter harmonioso, não protegerá o lar nem criará um movimento pelo bem da sociedade” (Ibidem).

Portanto, o relacionamento vitorioso é aquele em que duas pessoas, ao mesmo tempo que compartilham um ideal, lapidam-se mutuamente e se tornam plenas e inteiras que, ao se unirem a outra, multiplicam os valores individuais e aumentam em diversas vezes seu potencial e capacidade de servir em atuar pelo Kossen-rufu.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Escuridão fundamental

O que é?

Escuridão fundamental é a incapacidade de enxergar ou reconhecer a verdadeira natureza da vida. Também conhecida como ignorância fundamental ou ignorância primordial.

O que é a verdadeira natureza da vida?

O Budismo Nitiren considera o estado de Buda como a verdadeira natureza da vida. Uma vez que ela está presente em tudo, todos possuem essa natureza.

A Iluminação Universal

O princípio da Iluminação Universal afirma que todos possuem a natureza de Buda, por isso, devem ser respeitados como tal. E mais, todos podem atingir a iluminação.

Ritmo fundamental

Quem ignora esse fato vive na escuridão fundamental. Por fim, sofre, pois não consegue viver de acordo com o ritmo fundamental da vida.

Acreditar é suficiente?

Acreditar que “eu sou buda” não é suficiente. Ter fé nesse princípio significa vivê-lo, colocá-lo em prática. Se uma pessoa se portar como um buda em sua vida diária, ela é uma pessoa de fé que vive de acordo com o princípio da Iluminação Universal.

Liberdade

O Budismo define felicidade absoluta como uma vida que desfruta liberdade total e está no ritmo perfeito com a Lei Universal.

Assumindo as rédeas

Essa liberdade refere-se a uma vida livre das correntes do carma e que não é surpreendida pelas mudanças do destino. Nessa condição, a pessoa assume as rédeas da própria vida e decide seu rumo, inspirada pela sabedoria proveniente dessa Lei Universal. Uma pessoa se torna buda ao despertar para seu potencial de mudar a realidade e conduzir outras pessoas a fazer o mesmo.
 
Como viver nesse estado de liberdade?

Basta vencer a escuridão fundamental. Em resumo, a escuridão fundamental cega a pessoa para a verdade de que ela é um buda. E impede que ela veja que os outros também são. Por isso, as ações baseadas na escuridão fundamental levam ao sofrimento e à infelicidade.

Dois grupos de pessoas

Identifica-se a escuridão fundamental em aspectos corriqueiros da vida diária. Mas, fundamentalmente, pode-se dividir as pessoas ignorantes da verdade da Iluminação Universal em dois grupos.

O primeiro grupo

Quando uma pessoa sofre em meio às lamentações, não consegue imaginar que ela mesma é um buda. Ela se sente incapaz de contribuir para que outros também despertem para essa verdade. Isso porque, ou ela se sente inferior e incapaz, ou simplesmente só tem olhos para as próprias dificuldades.

O segundo grupo

Quando tudo corre às mil maravilhas, a pessoa não vê necessidade de atingir o estado de Buda. Ou ela ignora as pessoas ao redor por se sentir superior, ou foca simplesmente em desfrutar suas boas circunstâncias de vida.

O ponto em comum

O que as pessoas desses dois grupos têm em comum é o fato de ignorarem que elas mesmas e as pessoas ao redor são budas.

Tendência religiosa

Dessa forma, elas tendem a buscar religiões que permitam-nas transferir a responsabilidade de sua Iluminação, salvação ou felicidade para algum ser transcendental exterior a ela.

Maus sacerdotes

Isso é uma grande oportunidade para que surjam maus sacerdotes e maus religiosos. Eles se aproveitam da situação para se colocarem como intermediários entre as pessoas e os seres supremos. E, além disso, propagam ensinos que ignoram o principio da Iluminação Universal com o objetivo de manter as pessoas dependentes deles.

A origem das perseguições

Se uma pessoa resolver propagar um ensino que se baseia na Iluminação Universal, ela irá contra esse modo de vida estabelecido, que ignora a verdade de que todos são budas. Consequentemente, enfrentará perseguições.

Por quê?

Porque todos aqueles que vivem na escuridão fundamental tentarão proteger seu modo de vida. Os maus sacerdotes, por exemplo, querem sustentar a relação de dependência com seus adeptos. Já as pessoas dos dois grupos preferem viver na ignorância para não se darem ao trabalho de assumir a responsabilidade pela própria vida.

A conquista da felicidade

Portanto, não se trata de uma disputa religiosa e sim de uma questão de conquistar a felicidade e estabelecer uma sociedade pacífica e próspera. Pois, quando as pessoas ignoraram seu potencial de mudança, ignoram também as questões políticas, sociais, econômicas e ambientais. Isso porque, tanto quem sofre quanto quem está “bem” só tem os olhos voltados para a própria sobrevivência. Os maus sacerdotes e maus governantes lucram com essa situação e, logicamente, não têm interesse em mudá-la.

Fonte: Jornal BS

domingo, 8 de maio de 2011

O que significa Daimoku?

1) Título de um sutra, em particular, do Sutra de Lótus, Myoho-rengue-kyo.

2) Invocação do Nam-myoho-rengue-kyo no Budismo de Nitiren Daishonin.
 
No Sutra Fuguen, consta:

“Se você deseja arrepender-se de seu mau carma, sente-se ereto e medite sobre a verdadeira entidade da vida. Então, toda a ofensa do passado dissipar-se-á como geada e como gotas de orvalho sob a luz do sol da sabedoria eterna”.

No Budismo de Nitiren Daishonin, isso significa recitar Daimoku com toda fé ao Gohonzon. Então, “o sol da sabedoria”, que Nitiren Daishonin revelou como o Nam-myoho-rengue-kyo, manifestar-se-á em nossa vida. Com a força vital do Nam-myoho-rengue-kyo, podemos experimentar os efeitos de nosso mau carma muito mais levemente e erradicá-los em um tempo incomparavelmente curto.

Com que postura devemos recitar Daimoku para conquistar a vitória e a felicidade na vida?
O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, explicou esse assunto aos integrantes da SGI-Peru, durante uma visita ao país:

“Gostaria então de falar sobre os principais fatores para conquistar a vitória. Em primeiro lugar, está a recitação de Daimoku. Podemos dizer que a alegria, a coragem, a disciplina, a disposição de crescer, a sabedoria, a saúde, enfim, tudo é obtido com a energia vital.

E a fonte que produz ilimitadamente essa energia é a recitação de Daimoku. Por isso, uma pessoa que vive com base no Daimoku não encontrará impasses na vida.

“Haja o que houver, recitem Daimoku diariamente. O Daimoku é a força básica do Universo. De manhã e à noite, recitem-no sonoramente ao ritmo do galopar de corcéis brancos e façam-no ressoar por todo o ambiente e dentro de vocês”.
 
Na mesma ocasião, respondendo a uma senhora que perguntou sobre o sentimento correto de recitar Daimoku, ele afirmou:

“Orar ao Gohonzon é como dialogar com o Buda. Por isso, mantendo um profundo respeito no coração, seja sincera com o Gohonzon. Ore com toda a sinceridade por tudo o que você deseja para vencer as dificuldades e para realizar seus objetivos. O Gohonzon irá ouvi-la com profunda benevolência.

Nos momentos de tristeza, de amargura ou sofrimentos, abrace firmemente o Gohonzon com sua oração como uma criança busca a proteção de sua mãe.

Recite Daimoku como se dialogasse e transmita tudo que se passa com você ao Gohonzon. Agindo assim, depois de algum tempo, mesmo o sofrimento no estado de Inferno desaparecerá como o orvalho sob o calor do sol.

Quando perceber seu próprio erro, reflita sinceramente e corrija a si mesma. Decida não repetir o mesmo erro e assinale uma nova partida em sua vida.

Nesse momento, determine que vencerá a todo o custo e ore com a força do rugido do leão que move todo o Universo a seu favor. E quando vencer, ore novamente Daimoku com o profundo sentimento de gratidão ao Gohonzon.

Nos escritos, Nitiren Daishonin nos recomenda despertar todas as manhãs com o Buda e repousar todas as noites também com o Buda.

Isso significa que uma pessoa que recita constantemente Daimoku estará sempre lado a lado com o Buda e será sempre protegida por ele e pelas divindades budistas tanto nesta existência como nas futuras. Por isso, não há nada a temer.

Desfrute plenamente cada momento com satisfação e tranqüilidade. O Daimoku transforma a amargura em alegria e a alegria num grande júbilo. Portanto, nos momentos de alegria ou de tristeza, nas horas boas ou más, haja o que houver, aconteça o que acontecer, recite sempre Daimoku. Este é o caminho direto para a felicidade.”

Em que circunstâncias Nitiren Daishonin revelou o
Nam-myoho-rengue-kyo pela primeira vez?

Em 28 de abril de 1253, Nitiren Daishonin revelou pela primeira vez para toda a humanidade que o Nam-myoho-rengue-kyo é a essência do Sutra de Lótus e o único ensino capaz de conduzir as pessoas dos Últimos Dias da Lei à iluminação. Declarou também que nenhum dos ensinos pré-Sutra de Lótus revelavam a iluminação do Buda e que todas as escolas que se baseavam nesses ensinos eram desencaminhadoras. Esta declaração provocou a ira dos principais líderes religiosos e governantes daquela época que iniciaram uma série de perseguições contra Daishonin por toda a sua vida. Com sua ilimitada benevolência, Daishonin levantou-se sem poupar a própria vida propagando a chave para todas as gerações futuras desvendarem o tesouro da iluminação oculto em seu coração.

Poderia citar alguns escritos que enfatizam a importância do Daimoku?

Em inúmeras ocasiões ele encoraja os seus discípulos sobre a força e importância da recitação do Daimoku. Selecionamos abaixo algumas frases douradas de seus escritos:

“É extremamente raro nascer como ser humano. O senhor não somente é dotado de vida humana como possui a rara sorte de encontrar o budismo. Além disso, dentre os muitos ensinos do Buda, o senhor encontrou o Daimoku do Sutra de Lótus e tornou-se seu devoto. Na verdade, o senhor serviu dezenas de bilhões de budas em suas existências passadas!” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. I, pág. 45.)

• “Qual é a diferença entre os benefícios recebidos quando um sábio recita Daimoku e quando nós o recitamos? Não existe diferença nos benefícios do Daimoku. O ouro é o mesmo, seja nas mãos de um tolo ou de um sábio. Nem o fogo é diferente simplesmente porque é feito por um tolo ou um sábio. Contudo, existirá uma diferença caso recitarem Daimoku opondo-se ao espírito do Sutra de Lótus.” (Ibidem, págs. 374–375.)

• “Determine extrair o grande poder da fé e recite o Nam-myoho-rengue-kyo com a convicção de que sua fé será firme e correta no momento de sua morte. Jamais busque nenhum outro caminho para herdar a suprema Lei da vida e da morte, mas manifeste-a em sua própria vida. Somente quando agir assim compreenderá que os desejos mundanos são iluminação e que os sofrimentos do nascimento e da morte são nirvana. Sem a herança da fé, mesmo o ato de abraçar o Sutra de Lótus será inútil.” (Os Escritos de Nitiren Daishonin, vol. III, pág. 179.)

• “A senhora perguntou-me se uma pessoa pode atingir o estado de Buda simplesmente recitando o Nam-myoho-rengue-kyo. Esta é a questão última. É também o coração do sutra inteiro e a essência dos oito volumes. (...) O fundamental do Sutra de Lótus é o seu título (Nam-myoho-rengue-kyo). Se a senhora recita Daimoku de manhã e à noite, está lendo o sutra inteiro. Recitar somente dois Daimoku é equivalente a ler o Sutra de Lótus duas vezes; cem Daimoku, cem vezes; mil Daimoku, mil vezes. Assim, se a senhora recita continuamente Daimoku, está lendo o Sutra de Lótus incessantemente.” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. I, págs. 392–393.)

• “Se a benevolência de Nitiren for realmente grande e abrangente, o Nam-myoho-rengue-kyo propagar-se-á por dez mil anos e mais, por toda a eternidade, pois este possui o poder benéfico para abrir os olhos cegos de todos os seres vivos do Japão e bloqueia a estrada que leva ao inferno de incessante sofrimento. O seu benefício supera o de Dengyo e Tient’ai, e é superior ao de Nagarjuna e Mahakashyapa. (Ibidem, vol. IV, pág. 91.)

“Na série intitulada ‘Diálogo sobre a religião no século XXI’, referindo-se à importância do Daimoku, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, citou a célebre frase de Nitikan Shonin, o 26o sumo-prelado: ‘Se crer neste Gohonzon e professar o Nam-myoho-rengue-kyo, não haverá oração sem resposta, nem pecado imperdoável. Toda fortuna será concedida e toda justiça será provada’. Quando recitamos Daimoku como Daishonin instrui, nossa voz ressoa por todo o Universo. Assim como uma voz suave pode ser transformada numa voz ressoante pelo uso de um bom megafone, quando recitamos Nam-myoho-rengue-kyo com sinceridade podemos mover todo o Universo.

“No mesmo diálogo consta: ‘Nitiren Daishonin diz que ‘não há dificuldade’ para que aqueles que recitam o Daimoku do Sutra de Lótus tornem-se budas como Sakyamuni (cf. The Major Writings of Nichiren Daishonin, vol. I, pág. 259.) Essa declaração carrega grande significado. Ele diz isso porque a Lei Mística é a origem de todos os budas. Jamais devemos desistir de orar. Ele declara: ‘O senhor deve convocar uma forte fé e orar ao Gohonzon. Então não haverá nada que o senhor não possa atingir’. (Gosho Zenshu, pág. 1.124.) Precisamos orar “como se estivéssemos tentando produzir fogo de lenha encharcada ou água da terra ressequida.” (Gosho Zenshu, pág. 1.132.)”

Existe alguma razão para que algumas pessoas, independentemente do tempo de prática, não estejam percebendo os benefícios da prática de Daimoku?

Em seus escritos Nitiren Daishonin declara: “Mesmo que alguém errasse ao apontar a terra, que alguém fosse capaz de agarrar o céu, que o fluxo e refluxo da maré cessassem e que o sol nascesse no Oeste, jamais a-conteceria de as orações do devoto do Sutra de Lótus não serem respondidas”. (Gosho Zenshu, pág. 1.351.)

Conforme esta passagem, é impossível não receber benefícios com uma prática sincera. Então, se eles não estiverem se manifestando é porque algo está em desacordo com o budismo.

A questão principal é se conseguimos ou não reconhecer este fato. Daishonin também afirmou em outro escrito: “O senhor deve convocar uma forte fé e orar ao Gohonzon. Então, não haverá nada que o senhor não possa atingir”. (Ibidem, pág. 1.124.)

Precisamos orar “como se estivéssemos tentando produzir fogo de lenha encharcada ou água da terra ressequida”. (Ibidem, pág. 1.132.) Referindo-se sobre a postura correta de nossas orações, o segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, considerava aqueles que recitavam Daimoku com uma lista de pedidos pessoais, como se fosse “dever” do Gohonzon conceder benefícios, como pessoas possuidoras de uma “fé de mendigo”.

E ele clamava para que, em vez disso, se levantassem com a seguinte determinação: “Eu dedicarei minha vida ao Kossen-rufu!” Daishonin também declara: “Se tiver a mesma mente que Nitiren, não é o senhor um dos Bodhisattvas da Terra?” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. I, pág. 367.)

Ter a “mesma mente que Nitiren” significa acalentar a mesma determinação pelo Kossen-rufu. Quando trabalhamos pelo Kossen-rufu e levantamo-nos com a resolução de mostrar a prova real da vitória da fé, nossa vida flui com benefícios inimagináveis. Conseqüentemente, as orações daqueles que estão se empenhando para realizar a ampla propagação da Lei Mística não podem deixar de ser respondidas. Recebemos benefícios porque nos empenhamos pelo Kossen-rufu, que é o desejo do Buda.

Qual a diferença entre Daimoku de fé e de prática?

O Daimoku de fé e o de prática são dois aspectos do Daimoku do ensino essencial (Nam-myoho-rengue-kyo). No escrito “Carta a Horen”, Daishonin escreve:

“Se tentar praticar os ensinos do Sutra de Lótus sem fé, será como tentar entrar em uma montanha adornada de jóias sem usar as mãos [para apanhar os tesouros] ou como tentar fazer uma viagem de mil milhas sem usar os pés”. (WND, pág. 511.)

Da mesma forma, o Daimoku do ensino essencial requer tanto a fé como a prática. Quando recitamos Daimoku como Daishonin instruiu, nossa voz ressoa por todo o Universo. Assim como uma voz suave pode ser transformada numa voz ressoante pelo uso de um bom megafone, quando recitamos Nam-myoho-rengue-kyo com sinceridade podemos mover todo o Universo.

Nitikan Shonin, o 26o sumo prelado, afirma: “Se crer neste Gohonzon e professar o Nam-myoho-rengue-kyo, não haverá oração sem resposta, nem pecado imperdoável. Toda fortuna será concedida e toda justiça será provada”. Nitikan enfatiza aqui que há uma distinção importante entre “Daimoku de fé” e “Daimoku de prática”.

Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo é “Daimoku de prática”, mas o resultado de nossos esforços variam grandemente dependendo se realmente temos confiança no benefício do Gohonzon. Oferecer “Daimoku de fé” é o que faz a diferença.

Portanto, está claro que a qualidade do nosso Daimoku é um fator decisivo. A palavra japonesa “inori” significa “orar”, mas não se limita a simplesmente “orar”, é “orar com um profundo desejo de mudar”. É uma diferença sutil mas fundamental.

Daimoku de prática é aquele que fazemos todos os dias, uma, duas, três horas, em que a nossa mente divaga por inúmeros pensamentos que intercalados por momentos de lucidez em relação aos nossos objetivos pessoais. Pensamos em tudo, oramos por tudo, somos muitas vezes egoístas e a nossa oração está centrada em nossos problemas e em como solucioná-los. Podemos considerá-lo como uma fase primária da fé.

Daimoku de fé é aquele em que embora o indivíduo esteja enfrentando vários problemas, consegue colocar cada um em seu respectivo lugar, e sua oração é focada em como realizar o Kossen-rufu. Naturalmente, haverá divagações, no entanto, a mente do indivíduo tem como foco questões do tipo: como salvar aquela pessoa, como aprimorar as atividades, que palavras usar para incentivar aquele companheiro, que escrito ou orientação mais se encaixa para aquela circunstância, e assim por diante. Em resumo, centramos nossa oração e ação em criar uma ação voltada a desenvolver o Kossen-rufu.

* Kossen-rufu: explicação aqui http://www.soldelotus.com/kossen.htm