sexta-feira, 22 de março de 2013

Oratório, Oferecimentos Budistas.

O Gohonzon é a entidade da vida de Nitiren Daishonin, o Buda Original dos Últimos Dias da Lei. 
Receber o Gohonzon é como receber o próprio Buda em sua casa, assim sendo, você desejara colocá-lo respeitosamente num lugar onde seria mais apropriado.

O altar ou butsudan aloja o Gohonzon, a fonte de felicidade e prosperidade para você e sua família que medita, faz daimoku, diante dele.

Tente obter um altar que expresse seu sincero sentimento ao Gohonzon. 
Não há necessidade, porém, de gastar além de suas possibilidades. 
À medida que você vai entendendo a grandeza do Gohonzon, naturalmente desejará dignificar o local onde está consagrado.

OS OFERECIMENTOS

Oferecimentos ao Gohonzon são importantes expressão de nossa fé e não devem ser negligenciados. 
O mais importante em fazer tais oferecimentos é o nosso desejo de expressar nossa gratidão ao Gohonzon. 
Limpar o altar, oferecer água fresca todos os dias, frutas e folhagem verde, acender velas e queimar incenso enquanto fazemos o Gongyo e recitamos o Daimoku, são formas de gratidão, respeito e, também,  dignificar o local onde esta consagrado o Gohonzon.



O oferecimento de ramos, velas, incenso. representa devoção aos três tesouros: 
(1º) O Buda  
(2º) A Lei Nam-Myoho-Rengue-Kyo 
(3º) Os praticantes do Budismo 

Pode-se usar duas velas, dois vasos ou uma vela e um vaso. A tríade de ramos, velas e incensos têm vários significados simbólicos, inclusive as três verdades, as três propriedades, e os três potenciais inerentes da Natureza do Buda. 

Em termos de três verdades, as velas simbolizam a verdade de não substancialidade, os ramos verdes, a verdade da existência temporária, e o incenso, a verdade do caminho do Meio

Em termos de três propriedades, o incenso representa a propriedade da Lei; as velas representam a propriedade espiritual iluminada do Buda, ou a propriedade da sabedoria; e o verde representa a propriedade física iluminada do Buda, ou a propriedade da benevolência. 

Em termos dos três potenciais inerentes da natureza do Buda, o incenso representa o inato estado de Buda, as velas, a sabedoria para percebê-lo, o verde, a capacidade nos relacionar com o ambiente que nos permitirá manifestar o Estado de Buda. 

Porta Água
A tradição de oferecer Água originou-se na Índia, o berço do Budismo. Sendo a Índia uma região quente, a água era considerada uma preciosidade desde os tempos mais remotos -  as qualidades de purificar e refrescar eram apreciadas - e era costumeiro oferecê-la aos hospedes. 

Por extensão, veio mais tarde a ser oferecida diante de túmulos e santuários Budistas. Na Soka Gakkai como forma de expressar nossa sinceridade na fé, oferecemos ao Gohonzon um copo de água fresca todas as manhãs, e no decorrer dos anos, o costume de remover e jogar a água, geralmente antes do gongyo (recitação do Sutra) da noite, foi se estabelecendo.



Oferecer Velasa luz significa a sabedoria do Buda porque ilumina a escuridão.

As escrituras budistas relacionam o oferecimento de luz, como a sabedoria que dispersa a escuridão provinda da ignorância. Assim, as velas são um oferecimento de luz.


Entretanto, na época de Nitiren Daishonin, as velas ainda não existiam no Japão e a principal fonte de luz, eram as lamparinas à óleo. De fato, há passagens nas escrituras de Nitiren que comprovam esta teoria: "uma lamparina brilha quando óleo é adicionado".


O significado de oferecimentos de luz é ilustrado por atos como o da mulher pobre que vendeu os seus próprios cabelos para vendê-los e comprar óleo (para o Buda) sendo que as chamas produzidas pelo seu oferecimento não foram apagadas, mesmo pelos ventos vindos do Monte Sumeru.

Castiçal 


Tradicionalmente, velas brancas têm sido utilizadas, mas não há nenhuma doutrina que proíba o uso de outras cores. Esta é uma escolha pessoal. Embora, em locais aonde são realizadas reuniões, é aconselhável o uso do bom senso, para que seja utilizado um cor de preferência da maioria. Geralmente, velas muito coloridas podem distrair as pessoas deixando que elas consigam concentrar no Gohonzon.

Além disso, em locais aonde haja perigo de incêndio, é desaconselhável o uso de velas. Atualmente, muitos membros utilizam velas elétricas. Em suma, o que importa é o nosso sentimento em iluminar em honrar a área diante do Gohonzon.


Oferecer Alimentos e Bebidas: numa época, como hoje, em que muitos passavam fome, o oferecimento de alimentos é o anseio a prosperidade para todas as pessoas

Porta Arroz
No Japão, uma taça com arroz cozido é geralmente oferecida diante do Gohonzon durante a refeição e bolinhos de arroz (mochi) são oferecidos no dia do Ano Novo. 

Na carta de Ano Novo de Nitiren Daishonin há menção sobre o oferecimento de bolinhos de arroz, pois este tem sido o alimento básico de muitos países asiáticos, e por esta razão, é natural que tenha sido usado como um oferecimento budista.

Frutas também tem sido um oferecimento comum em muitos países, talvez porque não seja um alimento que pereça rapidamente. 

No dia do Ano Novo e outras datas significativas ( casamento, nascimento, fundação da Soka Gakkai, etc), é comum no Japão oferecer duas garrafas de sake (destilado feito à base de arroz). 

Oferecimento de Frutas e Água
Como declarou o 28th Sumo Prelado, Nichiu, no seu "Sobre as formalidades": "Desde que a sinceridade é expressa através do ato de oferecer sake dentro da sociedade secular neste país, a sinceridade no Budismo também pode ser expressa através do oferecimento de sake".

Como mencionado acima, o oferecimento de alimentos e bebidas são significativos quando feitos com sinceridade. A escolha do alimento pode ser uma questão de preferência cultural e pessoal. Como temos visto, as formalidades budistas são derivadas das culturas indiana, chinesa e japonesa e desta maneira, irá envolver outras culturas locais no decorrer dos tempos.

Incenso que eu uso.
O incenso tem sido usado tradicionalmente pra criar uma atmosfera de pureza e fragrância em frente ao oratório Budista. O oferecimento de fragrância na presença do Buda e freqüentemente mencionada em muitas escrituras Budistas, inclusive no Sutra de Lótus. Na Soka Gakkai o incenso e queimado diante do altar durante o Gongyo da manhã e da noite como uma expressão de sinceridade ao Gohonzon.

Algumas escolas budistas acendem incensos de pé. Nossa tradição tem sido de queimá-los na horizontal

Esta também, não é uma questão doutrinária, embora algumas explicações tenham sido acrescentadas no decorrer dos séculos pelos clérigos.


Queimador de Incenso


Em ocasiões especiais e missas para falecidos, há o oferecimento de três pitadas de incenso em pó sobre uma brasa. Embora, em certas ocasiões, somente uma pitada é oferecida. Elas simbolizam as três formas na qual o carma é criado – pensamentos, palavras e ações.

Ramos Verdes. Flores são coloridas e agradáveis aos olhos, mas murcham e secam em pouco tempo - assim temos que trocá-las quase que diariamente. 

Do ponto de vista Budista, todos os oferecimentos devem ser frescos. Não devemos representar a efemeridade  e sim a eternidade do Buda cujo ensino leva todas as pessoas a iluminação “por dez mil anos e mais”. 

Vaso com Shikimi artificial
As plantas oferecidas diante do eterno e supremo Gohonzon devem expressar as virtudes da eternidade e pureza da vida. Ramos verdes, com sua perpetua vitalidade, são mais apropriados do que flores. No Japão, uma aromática planta verde chamada “SHIKIMI” é bastante usada. Mas qualquer planta verde disponível pode ser usada.

Como o shikimi não é disponível no Ocidente, outros tipos de folhagens – incluindo as artificiais – tem sido utilizadas pelos membros da SGI. O oferecimento de folhagem tem sido feito com o espírito de seguir as palavras de Daishonin
"Caso se recite o nome do buda, o sutra ou meramente se ofereça flores ou incenso, todos os seus atos virtuosos irão implantar benefícios em sua vida. Como esta convicção, deve-se transformar sua fé, em prática". 

Além disso, consta no Sutra de Lótus

"Os reis Brahma..levaram as flores celestiais e jogaram-nas sobre o Buda". O Sutra de Lótus também narra sobre os monumentos erigidos com a perfumada madeira de sândalo e outras plantas em homenagem ao Buda, após o seu falecimento.

O presidente Ikeda escreveu: 

"Há um conceito no Budismo conhecido como zuiho bini – que, enquanto não se desvia dos ensinos básicos do budismo de Daishonin, é adequado seguir as formalidades budistas de acordo com os costumes e maneiras de cada região e de acordo com a época.


Sobre o Sino: o primeiro capitulo do Sutra de Lótus diz: 
“Deus e dragões, seres humanos e não humanos, fazem continuamente oferecimentos de perfume e musica...”. 

O Sutra de Lótus e outras escrituras Budistas, mencionam freqüentemente o oferecimento da musica ao Buda. De modo similar, tocar o sino durante o Gongyo serve para louvar o Buda e alegrar o espírito. 
Não deve tocar o sino de modo agressivo, mas de forma agradável aos ouvidos. Não é necessário preocupar-se muito sobre isso; apenas tenha em mente este ponto fundamental; se você mora em apartamentos ou com outras pessoas, tenha o cuidado de não tocar o sino muito alto de modo que possa perturbá-los. 

Nós também usamos o sino como um sinal para os outros, quando recitamos com um grupo de pessoas."

O Juzu é um implemento para oração usado quando se faz o Gongyo e Daimoku. O rosário da Soka Gakkai tem 112 contas, sem contar as das bordas. 

Essas 112 contas representa os 108 desejos mundanos e os quatros lideres dos Bodhisattvas da Terra. 


Os quatros Bodhisattvas representam as quatro virtudes de vida do Buda: o verdadeiro eu, a eternidade, a pureza e a felicidade da vida. 

Eles significam, que abraçando o Gohonzon e devotando a pratica do Nam-Myoho-Rengue-Kyo, podemos transformar nossas ilusões e sofrimentos desde o infinito passado, não importando quais sejam as causas, em alegria e iluminação. 

O juzu deve ser usado colocando a extremidade com três bordas no dedo médio da mão direita e a outra com duas borlas no dedo médio da mão esquerda, conservando os cordéis centrais cruzados em forma de X.

A respeito do ato de esfregá-lo ou não em nossas orações, não há uma clara explicação sobre este ponto. Devido ao budismo de Nitiren Daishonin não ser restringido por rígidas formalidade, é incorreto dizer que não se deve esfregá-los, mas devemos ter em mente que o ato de esfregar continua e vigorosamente pode demonstrar um hábito gerado pelo nervosismo, que poderá atrapalhar a nossa concentração e daqueles que estão ao nosso redor. 




No último capítulo do Sutra de Lótus, consta a passagem: "Sente-se ereto e pondere sobre a realidade última". Assim, com o objetivo de alcançar a mais plena satisfação em nossas orações, é melhor sentar-se de forma calma e sem emoções excessivas enquanto oramos.

Desde que utilizamos o rosário como parte de nossa prática budista, é aconselhável tratá-lo com respeito. Caso ele se quebre, não há problema em jogá-lo fora, o mesmo pode ser dito em relação aos sutras antigos que não iremos usar mais.

Muitas pessoas carregam seus juzus todo o tempo, mas, não há regras sobre tal hábito. Poderia se dizer que portá-lo, ajudaria a aumentar o orgulho e sendo de responsabilidade como um Budista. Provavelmente por isso tenha ouvido dizer para portá-lo sempre.
Entretanto, as circunstâncias individuais diferem de pessoa para pessoa . Logo, será melhor decidir caso por caso. Como em tudo, o importante é manter uma fé pura no Gohonzon e baseando neste principio, decidir o que fazer em cada situação.

Veja a explicação com a ilustração aquio significado do Juzu.

Outras formalidades

Existe um princípio budista chamado zuiho-bini , ou seja, ou a prática do budismo de acordo com a condição e cultura do local. Assim, o budismo de Nitiren Daishonin foi introduzido no Ocidente por praticantes que imigraram do Japão. Este ponto deve ser sempre lembrado. 

Sutras - Livrinhos de Gongyo.
Entretanto, é importante reconhecer que este pioneiros trouxeram consigo algumas formalidades que eram natural dentro do contexto da cultura japonesa, mas não podem ser estritamente aplicados em outras culturas.

Por outro lado, não é possível simplesmente rejeitar as formalidades, mas sim, devemos observá-las como uma expressão de sinceridade. Pois, caso as rejeitarmos totalmente, poderemos enfraquecer nossa própria fé e prática e consequentemente, nosso crescimento. Em outro extremo, se insistirmos sob a égide de uma rígida formalidade não haverá espaço para ações espontâneas que irão desenvolver nossa prática.

Em qualquer caso, a essência do budismo reside sempre em desafiar a si mesmo e fazer emergir o nosso estado de Buda, não de adotarmos um ritual religioso cheio de cerimônias. 

Naturalmente, o elevado estado de vida que alcançamos através da prática budista pode ser refletido nos atos de sinceridade expressos no comportamento individual. Neste sentido, a qualidade de nossos oferecimentos e a prova real em nossas vidas são um claro espelho da condição de nossa fé.

Conclusão

O presidente Ikeda referiu-se sobre a relação dos ensinos budistas e as formalidades: 

"O ensino essencial no budismo de Nitiren Daishonin é recitar o Nam-Myoho-Rengue-Kyo ao Gohonzon. Estudá-lo e propagá-lo são de significado ímpar no âmbito da prática da fé. Todas as outras questões pertencer ao campo da formalidade, na qual varia de acordo com a condição da época.

O budismo de Nitiren Daishonin é seu correto caminho de prática é uma filosofia convincente para qualquer pessoa nos dias de hoje. Desde, que Nitiren Daishonin será sempre o buda dos Últimos Dias da Lei, ele não iria propor um ensino que não fizesse senso para gerações futuras".

Por esta razão, as formalidades concernentes ao ato de oferecimento ao Gohonzon devem ser facilmente compreensíveis para aqueles que vivem no local onde o budismo está sendo propagado. (WT-16 de abril)

Fontes:
Ted Morino 
World Tribune – Semanário publicado pela SGI-USA – 16/04/1999

Paulo Junior (DMJ)
Terceira Civilização, Janeiro de 1987. 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Cerimônia de Casamento Budista

O Budismo é uma religião humanista e a Soka Gakkai (ONG) é uma sociedade de criação de valores através da prática do Budismo de Nitiren Daishonin que segue e propaga o último ensinamento do Buda Siddarta Gautama ( Sakyamuni) – o Sutra de Lótus.

No budismo não existe pecado, apenas a lei da causa e efeito – a pessoa sofre as consequências das suas próprias atitudes e escolhas na vida. A nossa filosofia (religião) prega o potencial ilimitado de todo ser humano e o direito deste a felicidade. 

Propaga o respeito à vida na sua totalidade e amplitude e ensina que todo e qualquer ser vivente pode se tornar um Buda – alcançar a iluminação.

No Budismo, o casamento é considerado uma opção pessoal, um compromisso interno de cada um, e não um dever religioso, não é um sacramento e sim uma comemoração a união de dois seres humanos. 

Com base na filosofia humanista de Nitiren Daishonin, a cerimônia de casamento budista é celebrada por alguém que o casal escolhe, uma pessoa que seja importante na vida deles e que tenha a base da filosofia sólida para dirigir as orações e proferir algumas palavras de cumprimentos aos noivos. “Assim, a cerimônia se torna muito especial, envolta pela consideração e carinho tanto do celebrante quanto dos noivos”, diz Silvana Vicente, da Associação Brasil SGI (BSGI).


Os noivos sentam se a uma mesa colocada no centro e os pais e padrinhos nas duas mesas laterais, a frente da mesa central fica o celebrante e o oratório budista (butsudan), dentro do oratório, o pergaminho Gohonzon ( mandala budista).

No oratório temos alguns elementos significativos:

Velas – simbolizam a sabedoria do Buda porque iluminam a escuridão.
Flores ou Ramos verdes – simbolizam a eternidade da vida.
Incenso – simbolizando a gratidão.
Frutas – simbolizando a prosperidade para todos os seres.

A cerimônia de casamento no Budismo de Nitiren Daishonin é composta da realização do Gongyo – que literalmente significa “prática assídua”– e consiste na recitação dos 2º e 16º capítulos do Sutra de Lótus, seguidos da recitação do Nam-Myoho-Rengue-Kyo – mantra do Sutra de Lótus que tem a função de nos sintonizar com a energia do universo. Tudo vibra e tem um ritmo no universo, que deve ser o nosso também.

Segue-se, então a cerimônia do San San Kudo uma tradição milenar japonesa cujo nome significa “três-três-nove vezes”. Três taças são levadas aos noivos, uma de cada vez. 

Cada taça é usada três vezes: a primeira taça é usada pela noiva, depois pelo noivo, e novamente por ela, vice-versa com a segunda taça, e assim por diante. Os noivos fazem menção de beber duas vezes, e, na terceira, tomam todo o conteúdo. 

Na cultura japonesa, o número 3 significa boa sorte e o número 9 a aspiração à máxima boa sorte. A primeira taça simboliza gratidão, a segunda juramento, e a terceira o desejo de prosperidade.

Nesse momento, todos, ainda que possuam outras religiões, podem dirigir sua energia ao casal, determinando a felicidade permanente e indestrutível do mesmo, e que suas vidas sejam dedicadas a conduzir toda a humanidade ao caminho da felicidade.

Após, os noivos trocam as alianças em silêncio, e os convidados os parabenizam batendo palmas. Em seguida, o brinde se repete, incluindo também os pais e padrinhos.

Por fim, os noivos se beijam e a cerimônia se encerra com as palavras de felicitação do celebrante e com a recitação do Nam-Myoho-Rengue-Kyo três vezes."

O casamento é um juramento interno que cada um faz de apoiar a revolução humana do parceiro, fazendo com que este manifeste o seu mais alto potencial nas relações humanas e sociedade.

“O homem é como o pilar, a mulher, como a viga mestra. O homem é como as pernas de uma pessoa, a mulher, como o tronco. O homem é como as asas de um pássaro, a mulher, como o corpo. Se as asas e o corpo ficarem separados, como o pássaro poderá voar ? E, se o pilar tomba, a viga com certeza cai no chão.

Um lar sem um homem é como uma pessoa sem alma. Com quem poderá discutir questões de negócios, e a quem poderá servir bons alimentos? Ficar longe de seu marido por um simples dia ou dois é motivo de inquietação”. Nitiren Daishonin.

domingo, 10 de março de 2013

Minha filha de 4 patas!


Amigos:

Abaixo, escrevo um pouco da experiência maravilhosa que tive com minha filha de 4 patas, a Carmosa, mais conhecida como Gorda.
A morte dela ainda dói demais em mim. Mas sigo com a certeza de que nós duas cumprimos nossa missão. E nos encontraremos novamente.

"O inverno se transforma em primavera. Essa verdade universal é um fluxo que nada pode deter. Ao basearmos nossa vida na Lei Mística, podemos transformar definitivamente o mais doloroso inverno do sofrimento cármico em uma bela primavera de esperança. Essa é uma certeza inquestionável."

Pratico o Budismo de Nitiren Daishonin há 4 anos e desde então, tenho comprovado, tanto na minha própria vida como na vida dos que me rodeiam a força da recitação do Nam Myoho Rengue Kyo.

Desde que me converti ao Budismo Nitiren, ingressando na Soka Gakkai, tenho me dedicado a praticar este maravilhoso ensino com comprometimento, sinceridade, amor e paixão. Sempre procurei seguir as preciosas orientações do meu mestre da vida, Dr. Daisaku Ikeda, além de estar sempre disposta a atuar pelo kossen rufu, seja dentro da organização, seja em meio à sociedade. Sempre disse sim à Gakkai, porque cedo compreendi que todos os meus esforços seriam pouco, para demonstrar toda a gratidão que sinto por tudo que tenho recebido, transformado e constatado, através da minha prática da fé.

O relato que vou contar para vocês trata-se de um exemplo de como transformar uma situação desfavorável em favorável. Trata-se de como criar valor a partir de uma situação de intenso sofrimento, causado pela doença grave de um membro muito querido da nossa família, nossa gatinha Carmosa, mais conhecida como a Gorda.

Quando me converti a medida que meus companheiros descobriam que eu tinha animais em casa, eles sempre me contavam do quanto os animais gostam de ficar próximo ao Gohonzon enquanto recitamos daimoku e das experiências de alguns, quando algum deles adoecia ou morria. Muitos me contavam que seus bichinhos “partiam” tranquilamente, enquanto seus donos recitavam daimoku.

Sempre alimentei por meus filhos de quatro patas um amor incondicional, sentimento que aprendi a nutrir através do amor que minha filha Luiza, que desde muito cedo revelou sentir pelos animais, e que a levou a abraçar a medicina veterinária, anos mais tarde.

Sendo assim, eles cresceram no seio da família, sendo amados e respeitados. O Budismo nos ensina sobre a dignidade da vida, seja ela qual for, e nossos animais sempre foram tratados de maneira a sentirem que suas vidas são igualmente dignificadas, através do nosso amor, cuidado e respeito. E também gostam de ficar por perto quando recitamos daimoku ( meditação). Dos 4 gatos que tenho, o que mais gostou de frequentar as reuniões e ficar no colo de todos enquanto fazemos daimoku, era o Chico; a Gorda também vinha, mas não com a mesma constância.

A cerca de 4 meses comecei a observar que, toda vez que eu batia o sino para iniciar meu daimoku, a Gorda vinha correndo e me pedia colo. E ficava nele o tempo que estivesse fazendo minha prática. O curioso é que isso já havia acontecido com o Chico, quando ele adoeceu e agora a Gorda também estava apresentando o mesmo comportamento. A Gorda, como carinhosamente a chamávamos foi a gata mais dócil que já tive. Estava sempre de bom humor, sempre disposta a brincar, a dar e receber carinho. Adorava ficar entre as pessoas enquanto conversávamos. Todos os membros do bloco a conheciam por seu jeito meigo e por sua participação constante nas reuniões de budismo.

Paralelamente a isso, ela começou a emagrecer. Para resumir, após exames recebemos o resultado; a Gorda estava com linfoma, um câncer no sistema linfático, um localizado no intestino e outro em um dos rins. Não por acaso, eu também tive um linfoma há 12 anos atrás e, como me curei, achei que era tranquilo com os animais também.

Ela então iniciou a quimioterapia e nos primeiros 2 meses reagiu muito bem ao tratamento. Logo no início, já pensei na possibilidade de fazer chakubuku ( iniciar alguém na prática budista) na médica que a acompanhava, pois sabia que o objetivo daquilo tudo era poder propagar a Lei. Recitava daimoku com a finalidade de encontrar um meio de falar do NMRK e não por acaso, em uma das consultas ela comentou conosco que tínhamos uma energia muito boa. Logo, vi ali a oportunidade de falar do Budismo que praticamos. Foi quando ela comentou que já conhecia o NMRK e que já havia recitado anos atrás.

Definitivamente, como nada é por acaso, o budismo estava retornando na vida dela, através da doença da Gorda. Isso já me deixou muito feliz e consciente de que a doença dela não era em vão.
Na primeira etapa do tratamento, os tumores cederam. Porém, semana retrasada, veio à recidiva, e os tumores voltaram com agressividade ainda mais forte. Em questão de dias, nossa Gordinha caiu vertiginosamente, não deixando outra saída, a não ser a internação.

Paralelo a isso, estou em meio à elaboração do trabalho de conclusão de curso, a temida monografia. Ou seja, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Porém, como Nitiren Daishonin nos ensina no momento crucial o sábio se alegra e o tolo se acovarda. Sabia que estava enfrentando um momento crucial e que cabia a mim determinar em meu coração a vitória ou a derrota.

Decidi recitar daimoku para tranquilizar meu coração e para proteger minha gatinha da maldade da doença, que poderia leva-la em estado de sofrimento, coisa que eu jamais desejaria para ela. Sabia que ela dependia de mim para recitar daimoku, para fazer chakubuku e assim, acumular boa sorte para numa próxima existência vir como ser humano de valor.

Passei a madrugada da quinta pra sexta da semana que a internamos pela 1ª vez recitando forte daimoku. Na sexta de manha, soubemos que ela tinha melhorado. Porém, no sábado soubemos que ela teve uma convulsão. Os médicos disseram que o câncer estava avançando cada vez mais.

No domingo fomos visita-la. Via em seus olhos um intenso sofrimento, o que partiu meu coração. A médica nos disse que ela estava num estado irreversível. Não havia mais nada a fazer a não ser a eutanásia ou os cuidados paliativos. O exame de ultrassom detectou que o câncer havia tomado grande parte do intestino o que a impedia até de fazer suas necessidades fisiológicas. O risco de um rompimento do intestino e de morte por septicemia era alto. Mesmo assim preferi leva-la para casa. Jamais permitiria que ela partisse longe de nós. Ainda mais naquele estado de sofrimento. Levamos nossa Gordinha pra casa. Antes, mais uma oportunidade; conversando com duas senhoras na antessala da clínica, pude falar do budismo para elas.

Porém, naquele momento  de dor confesso que não consegui segurar meu itinen. Entrei em profunda tristeza e desapontamento comigo mesma. Não tinha sido capaz de salvar minha filinha com meu daimoku. Cheguei a externalizar minha tristeza no Facebook. Porém, uma amiga me lembrou de que eu deveria recitar mais e mais daimoku para continuar protegendo a Gorda. E foi o que eu fiz.

Na terça ela foi a caixa de areia e vimos que ela havia defecado. Uma verdadeira festa pra quem corria um risco tão alto. Na quarta a levamos na médica. Foi quando ela apalpou o abdomem dela e estranhou não sentir a massa tumoral como antes. Logo chamou a oncologista, que também confirmou a diminuição da massa. Ela foi levada a sala de ultrassom. A médica não sabia explicar o ocorrido. O tumor havia regredido. Rapidamente ela falou: sua oração é mesmo poderosa.

Naquele instante me faltaram as palavras. Não sabia o que dizer. Chorava de alegria. Na sexta levamos a Gorda novamente para que a própria ultrassonografista realizasse o exame; a sala estava cheia de estudantes e médicos que faziam um curso de radiologia; logo no início ela falou: isso é um milagre. 

A médica veterinária disse: o milagre é dela e apontou pra mim. Tive mais uma oportunidade de propagar a Lei para todos que estavam ali. E senti uma alegria para qual não tenho palavras pra descrever. No Bs ( jornal budista) da semana passada, nosso mestre da vida, Dr. Daisaku Ikeda, nos fala sobre a coragem. Coragem para seguir adiante, mesmo quando todos já desistiram. Coragem para não se deixar ser derrotado pelos obstáculos. Coragem para romper com crenças, valores que nos impedem de avançar.

Percebi, que naquele instante a Gorda havia nos ensinado uma grande lição; que mesmo quando a situação parecer desfavorável ou irreversível, é justamente aí, que entra a nossa fé. E eu tenho fé no daimoku do Sutra de Lótus. Consegui, com a recitação do meu daimoku, reverter o sofrimento dela em alegria e pude criar valor com aquela situação.

A Gordinha voltou para casa. Continuei recitando muito daimoku, com a certeza de que ela iria sim, partir a qualquer momento, mas sem sofrimento, sem dor, em tranquilidade, como eu determinei em minhas orações. 

Sentia em seus olhos, no seu ronronar, que ela estava feliz. E isso me deixava feliz também. Ela havia cumprido a missão dela. Essa semana, ela estava bem fraquinha. A médica disse que somente uma transfusão poderia melhorar o estado dela. E orientou que nós a deixássemos na clinica. No inicio resisti, mas quando fui me despedir ela estava ronronando alto, com um olhar tranquilo. Entendi que ela estava feliz e que havia decidido partir.

Fiz daimoku até às 4 da manhã e deitei pra dormir um pouco. Quando minha filha foi a clinica levar a gatinha para doar sangue, recebeu a noticia: ela havia passado bem a noite, mas as 7:30 da manhã, ela simplesmente fechou os olhos e faleceu, com as palavras da médica plantonista: em tranquilidade.

Eu e Luiza fizemos o Gongyo ( cerimônia budista) com o corpinho dela presente. Agradeci a ela pela oportunidade que ela nos deu de comprovarmos a grandiosidade da Lei a partir do carma dela. Nós vencemos. Ela partiu em estado de tranquilidade, aliás para mim ela foi em Estado de Buda, pois conseguiu mobilizar todos os envolvidos em sua luta, plantando em seus corações a semente da esperança, contidos no Nam Myoho Rengue Kyo, alcançando a vitória absoluta. Gordinha partiu num dia de imensa alegria aqui em nossa casa, um dia de reunião de palestra, o que não poderia me trazer maior contentamento.

Quero agradecer ao meu mestre da vida, Dr. Daisaku Ikeda, por me incentivar a viver a minha vida com um profundo significado dia após dia.

Deixo aqui um agradecimento especial também a médica que assistiu nossa Gordinha, a Dra. Raquel, que além de excelente profissional, provou que sua missão para com os animais é cumprida com um coração pleno de humanidade e respeito pela dignidade de suas vidas.

Sei que alguns não conseguem compreender o amor que sentimos pelos animais. Somente quem convive com eles pode dimensionar a nobreza de seus corações. Faria tudo outra vez, se preciso fosse, pois como diz o poeta: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.  “Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria. Isso pra mim é viver”. 

Para finalizar, deixo as palavras de meu mestre, que, não por acaso, ilustram justamente o dia de hoje, 24 de novembro, retirada do livro 365 frases para as mulheres: “Alegria na vida e alegria na morte - eis uma das essências expostas no budismo. Uma pessoa que vive plenamente a vida não teme a morte.

Obrigada.

Luciene Andrade

sábado, 9 de março de 2013

De que maneira nós devemos orar?

INTEGRA DA PALESTRA: Sr. TSUJI (VICE-PRESIDENTE DA SGI)
Texto longo, as vezes um pouco confuso por causa da tradução, mas fantástico. Não deixem de ler!

De que maneira nós devemos orar?
PALESTRA: Sr. TSUJI (VICE-PRESIDENTE DA SGI)


De que maneira nós devemos orar? O que é o Gohonzon? O que eu sou? Se orar, o que acontecerá?

Por que tem benefício? Se tem benefício, deve ter desde os mínimos até os máximos. 
Há uma maneira de obter benefício. É melhor ter o máximo dos benefícios, conforme o shinjin. Não aquele tipo de benefício minúsculo, mas o máximo dos benefícios. Vamos falar da tábua de shigui ± xadrez japonês.

Os números de shogui são iguais, mas existem inúmeros degraus, desde o perito até os desastrosos. É melhor o Gongyo de um perito.

Fortaleça a sua fé dia após dia, mês após mês. O que quer dizer fortaleça? O que deve ser feito para ter benefícios? 
Sobre todos esses assuntos, nós vamos estudar juntos, baseando nos ensinos de Daishonin, através do relato de experiência e lendo o Gosho.
Qualquer que seja o assunto, o mais importante é - as cinco orações e três orações. 
Sempre nos falam, façam o Gongyo de cinco e três orações, façam Daimoku, será que sabem que significa isso? Isso significa que, tem dentro de si que recita o Nam-myoho-Rengue- Kyo, que está inerente dentro de si mesmo.
Está mergulhado lá dentro, junto com a história.

É um sistema de co-habitação. Ciúmes também estão juntos. Sofrimento, aflição todos estão juntos. A vida que sente feliz ou piedade também.
Há várias espécies de vidas. Dentre dessas várias vidas, tem uma que brilha como o ouro reluzente. Outras vidas são grãos de areias.
Entre esses grãos de areia, há uma vida feliz, que brilha como um ouro. O que faz esta vida emergir é a prática da fé.

Está dentro dos senhores, estão compreendendo? Está dentro do universo. Dentro do sol, da terra, da estrela, da chuva, está dentro do ar. E assim, é natural que também tenha dentro de si.

O próprio universo é uma vida em si. Quando nos miramos aqui dentro, percebemos que "eu" não é sempre igual. Ontem sofremos, hoje estamos contentes. Tem ocasião em que ontem estava entusiasmado e hoje desanimado. Mesmo que a sua vida esteja determinada, há muitas vidas que aparecem e desaparecem. Há uma vida que chamamos de Buda.
Esta vida é o Nam-Myoho-Rengue- Kyo.

Essa vida vai emergir ou não? Com isso, a sua sorte ou destino estará decidido.
Para fazê-lo emergir, só existe um meio. Orar ao Gohonzon. Antes de tudo conscientize- se de que tanto o inferno como o Buda, ambos estão dentro de si próprio.

No Gosho, "Resposta A Viúva de Lorde Ueno", diz: 
Tanto a terra pura como o inferno não estão somente dentro de nossos corações. A pessoa que tem essa percepção é o Buda. Pessoa que fica desnorteada nisso é o mortal comum. Para ter essa percepção, só há o Sutra de Lótus.
A terra pura, paraíso, céu, estão, dentro, não estão fora.
O inferno também está dentro. "Não tenho mais saída, é melhor morrer." Essa vida também está dentro.
A Vida assim é, se estrangula, ou toma veneno ou ainda, se suicida com gás.
Se suicida porque emergiu dentro. Se emergiu de dentro para fora, porque está lá dentro. A alegria também está dentro.

O seu time está vencendo, é invicto. A alegria é grande demais a ponto de dar pulos.
A alegria está dentro, por conseguinte, o Buda também está dentro. O inferno também. 

Ciúmes, história, tudo está dentro. Isto é muito interessante. Para ter essa percepção só há o Sutra de Lótus. Não poderemos compreender isso, se não chegarmos ao Gohonzon.

Por quê? Por que outros Sutras ensinam que o Buda está fora. A vida é um contínuo sofrimento.

Tem oito tipos de sofrimentos. Dizem que tem quatro e oito sofrimentos. Mesmo chorando recite o Nam-Myoho-Rengue- Kyo.

Enquanto estiver vivo sofre muito, mas quando morrer nascerá no outro lado do rio. Diz que lá é o paraíso, por isso, dizem que foi para o céu.
O Buda está lá no outro lado, e por isso chama-o de terra pura. Mesmo que nesta vida sofra horrores, se recitar namuamidabutsu, O Buda Amida, espera por você. No mundo Joruri no leste está o Buda Yokushil. 
Os ensinos pré-Hokekyo ensina que o Buda está no outro lado do rio. Isso se chama hobam (meio, tática). É algo como arco-íris,de longe é lindo, mas quando chegar perto, não há absolutamente nada. Ensinou isso, como um meio, na verdade não há nada. DIFERENTE DO BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN E DOS ENSINAMENTOS DO SUTRA DE LOTUS.

Na verdade, está dentro de você. Não está fora. O Sutra de Lótus ensina que, aquela vida que emerge dentro de você é o Buda. Isso é verdadeiro. 

Outros Sutras dizem que está no outro lado do Rio. O Sutra de Lótus diz: está aqui: "Gashido Anon". Poderá conquistar a felicidade, aqui e agora. Se conseguir isso, (será feliz aqui, durante o trajeto e também quando chegar lá), Isso quer dizer que sempre será feliz e no Budismo, isso é chamado de Jo- Raku-Ga-jo (sempre feliz e puro).

Feliz acordado, feliz dormindo, feliz na morte. Sempre feliz e sou genuíno. Isso é Jo-Raku-Ga-jo. Jô-Zai-Ryojusen. Isso quer dizer, o Nam-Myoho-Rengue-Kyo está dentro de si, está mergulhado lá no fundo. 

É como se tivesse trancado com cadeado. Jamais conseguiria evidenciar por si só.

Na realidade, não compreendemos nada sobre a própria vida.
O forte de você estar aqui agora, todos sabem, mas ninguém consegue ver o seu próprio rosto. A vida tem formato e espírito (kokoro), mas ninguém consegue ver a sua própria forma ou espírito. O que deve fazer? Coloque um espelho na sua frente (do lado de lá).
O espelho, lá fora. Assim, o seu rosto reflete no espelho. Ninguém olha para o espelho, pensando em obter o benefício do espelho. Normalmente vê o espelho pensando em ver o seu próprio rosto.

Quando vai orar ao Gohonzon, o certo seria consagrar o Gohonzon lá em frente, e reverenciar- se decidido a evidenciar o Buda que está dentro, não é? 
Se ficar olhando ao Gohonzon pensando, será que o beneficio virá? Não vem não. Diretamente não. Mas, quando oram, pedindo sinceramente, por favor, cure o meu câncer no estômago, o câncer no útero,etc. Curam-se mesmo. Por que ficam curados? Será que o Gohonzon aplica-lhe uma injeção? Será que o Gohonzon dá-lhe remédio para tomar? Não!

Quando oram ao Gohonzon, por favor, quero ter renda maior, faça com que o meu negócio vá bem, o comércio próspera. Por quê? Será que dão dinheiro? Não. 

Nitiren Daishonin fez com que a vida do Buda que estava lá dentro, emergisse para fora. "Eu, Nitiren, escrevi a minha vida em sumi", dando um formato concreto para que nós possamos ver. Isso é algo que ninguém consegue fazer. Somente Nitiren Daishonin é que tem esse poder. Mesmo o Buda Sakyamuni, não pode fazer.

* o Buda Sakyamuni poderia ter feito, mas não o fez porque não tinha chegado o momento, não estava na vida dele naquele momento inscrever o Dai-Gohonzon.

Este Gohonzon é para chamar Nam-Myoho-Rengue-Kyo que está dentro de você.

Há uma vida que possui a mesma função deste Gohonzon dentro de você. Essa se chama Nam-Myoho-Rengue- Kyo, pois tem a função do Buda. Natureza do Buda, índole do Buda, caráter do Buda, natureza colérico, Nyo-Ze-Sho, aquela pessoa é amável, aquela pessoa é impaciente, aquela pessoa é pacata, aquela pessoa é brincalhona.
Tudo isso é o caráter natural. Esse caráter não possui um formato nem cor, mas estão dentro do corpo. Dentro desse corpo estão 10 vidas.

Um corpo que possui 10 canais. O corpo é o televisor e ele tem 10 canais. Isso quer dizer, para você evidenciar o canal do Buda. Com isso, sentirá sempre feliz e límpido, ao despertar, ao deitar, até mesmo ao morrer. Ao despertar, desfrute a vida, realizando seus desejos, durante o sono, tenha um sono tranqüilo e ao morrer, goze no Ryoju sem, dizendo, que lugar bonito, lugar maravilhoso.

É um nível de vida esplendida e tranqüila.
Por isso o aspecto da hora da morte é bonito.
Está sorrindo. Isto porque dentro da vida, o coração (kokoro) está contente, feliz.
E, retornará sem demora (renascerá). 
Nyaku-Tai-Nyaku- Shitsu. Se nascer, infalivelmente nascerá como um ser humano. Infalivelmente encontrará com o Gohonzon.
Certamente reencontrarão com seus familiares. Isso é o benefício do Gohonzon.

O vovô faleceu. Se pensar que ele vai ficar no túmulo para sempre está totalmente enganado. Nascerá de novo. Quando nascer, compreenderá que ele voltou, pois, será muito parecido. O semblante parecido. É natural, é a própria pessoa que veio.
O caráter será parecido. Nho-Ze-Sho - parecido. Se ele foi bom na pintura, desde neném será bom na pintura. Se teve letras bonitas, infalivelmente terá boa caligrafia.
Se foi impaciente. quando neném o será também. Porque é ele próprio. A diferença é que, aquele era idoso e este é neném.
Os familiares perceberão logo, pois o caráter e formato são parecidos.
Ah! A vovó veio, identificarão de imediato. Isso se estiver praticando corretamente.

As pessoas que estão praticando por obrigação, pensando, preciso praticar, preciso fazer Daimoku, pessoa assim, não conseguirá compreender. Por isso, é importante fazer Daimoku sincero e profundo.

Feliz ao despertar, feliz ao deitar, feliz ao morrer, sim porque retornará logo e continuará na prática. Quando pensarem nisso, compreenderá quão importante é orar ao Gohonzon.

A vida é algo que emerge dentro da gente, após chocar com algo que está fora de nós.

Nós vemos a flor de lírio e no mesmo instante, dentro da nossa vida surge algo como, que bonito, não é mesmo? Vê flores de cerejeira, e lá dentro, que maravilha, não é?
Regozija-se no interior, a flor que está fora, chama-se isso de hananí (apreciar flores). 

Vê Monte Fuji que está lá fora e a gente exclama, oh! O Monte Fuji está belíssimo hoje!
A paisagem está fora, não é? Aprecia-se no interior de sua vida. A isso, nós chamamos de viagem de turismo.

Piano está fora gozamos dentro. Apreciar o piano que está fora através do ouvido. Isso é a música. Assiste ao filme do Festival Cultural que está fora, e no interior, emocionado chega a chorar. Isso, porque a vida do festival que está no filme vai de encontro com a vida de festival que está dentro de nós. Sente-se nojo ao ver uma barata. Sente-se medo ao ver uma víbora, tudo, é o encontro de fora e de dentro, o Gohonzon que está lá fora, emerge dentro de nós através de Nam-Myoho-Rengue- Kyo.

Ligue o canal de Buda e ore. As flores, as paisagens, ou as obras de arte, não se movimentam, mas através dos olhos fazem emergir dentro de nós, a vida que chamamos de prazer ou alegria. 

A prática do Gongyo é apreciar e emocionar-se com o Gohonzon que está fora, no interior do seu ser. Gosto de música, adoro turismo, aprecio muito as flores, sou vidrado por TV, mas não gosto muito de fazer Gongyo.

Aqui está a diferença de se ter ou não os benefícios.Daishonin diz que:
"Não há maior felicidade para os seres humanos, que recitar o Nam-myoho-rengue- kyo"

Qualquer que seja a diversão ou o lazer, não tem como comparar ao Nam-myoho-rengue- kyo.
O problema é, será que compreende isto? Ou não? Na realidade, não estão muito prazerosos em fazer o Gongyo.

O Buda está dentro de você e do Gohonzon que está fora, são iguais, tem a mesma função, compreende? 

O encontro do estado de Buda seu e a vida de Nitiren Daishonin, produz algo parecido com um choque elétrico. Isso é denominado de Kan-o-Myo (misticidade de sentir e corresponder) , Kan (sentir), O (corresponder) , Myo (místico).
Através desse encontro de Buda (seu) com o Gohonzon, o Nam-myoho-rengue- kyo que está dentro de você se explode (devido aquele choque elétrico acima mencionado. 

"A grande alegria entre todas as alegrias", assim, o seu corpo terá a mesma função, ou melhor, funcionará tal como Nam-Myoho-Rengue- Kyo. Isso é o So-Sei (ressurreição ou renascimento).
"Myo quer dizer ressurreição", se você conseguir alcançar este nível, ou seja, conseguir ser igual ao Buda, não existirá um Buda com câncer no seio. Nunca vi um Buda asmático, nem Buda com paralisia infantil, muito menos um Buda pobre.

Nota: significa que conseguirá solucionar todos os seus problemas, quaisquer que sejam). Essa cerimônia de chocar-se com o Gohonzon (para produzir a explosão) chama-se "Gongyo".

Explicando com exemplos: Quando nós escalamos as montanhas, às vezes levamos um choque daqueles raios do relâmpago. Isso porque temos eletricidade dentro de nós.
Se não tivéssemos eletricidade no corpo, não aconteceria nada. Temos eletricidade, por isso se chocarmos com o relâmpago teremos a morte instantânea. 
Se entrar em choque com o Gohonzon teremos So-Sei, ou melhor reviveremos. Por quê? Porque temos algo idêntico. Temos a natureza do Buda dentro e lá fora tem o Gohonzon com o seu formato. O Nam-Myoho-Rengue- Kyo que temos aqui dentro não tem formato, mas tem a mesma função. 

Por evidenciar essa função, o Gohonzon é o Pai. Por ser os beneficiados, nós somos os filhos. O Gohonzon diz: Eu sou o Pai (Ga-Yaku-Ise- Bu) todos são meus filhos. Vocês são meus filhos queridos e preciosos filhos. Somos pai e filhos, por isso eu quero dar todos os meus bens. Não somos estranhos, são filhos, por isso eu não me sossego enquanto não fizer todos vocês iguais a mim.

Esse é o Gohonzon. Quero fazer o quanto antes, vocês se tornarem Budas igual à mim. Quero que vocês consigam rapidinho, uma vida feliz. Quero lhe dar uma vida feliz que desfruta, feliz ao despertar, feliz ao deitar, feliz ao morrer. Sofrem com doenças, pena-se com pobreza, sofrem por causa dos relacionamentos humanos, ficam neuróticos, vocês não tem jeito mesmo.
Oh! Como eu gostaria que todos vocês conseguissem o mais rápido possível, alcançar o estado de Buda e tornarem o mesmo que eu. O Gohonzon pensa assim (anseia), todos os momentos.

Mai ji sa ze nenI ga ryo shujoToku nyu mu-jo-doSoku joju busshin.
(Medito constantemente como conduzir as pessoas no caminho supremo para que atinjam imediatamente o Estado de Buda)

Como vou fazer para torná-los Buda rapidamente?
O Gohonzon anseia fazer todos vocês um Buda igual a Ele. O Gohonzon é para tornarmos igual a Ele. Vocês não pensam assim, não é? Será que o Gohonzon me dará o beneficio? 
Acho que não dá. Com esse pensamento, não mostra a relação de pai e filho. Não está íntimo. O Gohonzon é muito mais íntimo. Compreende? Pois, encontrará em fusão (choque) com o Nam-Myoho-Rengue- Kyo que está dentro de nós. 

O ser humano, por exemplo, quando tem algo em comum, entram em choque também, a isso nós chamamos de namoro. Ambas as partes desejam, o amor mútuo entra em fusão. Se uma parte não amar, não tem fusão, e sim, teria a frustração. 

Quando desligar do Gohonzon, isso é taiten. Mesmo que não chegue a desligar, se a sua oração é débil, com sentimento de obrigação, eu preciso orar, preciso fazer Daimoku, a voltagem da prática da fé está muito fraca. Com isso, é natural que o benefício seja fraco também. Quando a nossa voltagem de Shinjin for vigorosa e forte, a alegria explodirá.
Isso depende de sua prática da fé, forte ou fraca. 

O benefício chegará de acordo com a sua disposição da prática da fé. Se o seu Shinjin é intenso ou débil, se você pratica com alegria e prazer ou não, tudo depende da intensidade de Shinjin.

De qualquer maneira, está dentro de si. Não há Nam-Myoho-Rengue- Kyo fora de si.

Esse é o ponto primordial. Mesmo quando vai orar ao Gohonzon, pense:
Esse Gohonzon vai convocar o Nam-Myoho-Rengue- Kyo que está dentro de mim, mas isso é o mesmo que o Gohonzon emergir dentro de mim,... Quanta honra! É o mesmo que, o Gohonzon que está no Butsudan (oratório) emergir dentro de mim.

Pois o cadeado de Nam-Myoho-Rengue- Kyo que está dentro de mim vai se abrir! No Gosho (escritura)"A Iluminação Pelo Sutra de Lótus" há o seguinte: Se recitar o Nam-Myoho-Rengue- Kyo oralmente, a nossa natureza de Buda será despertada sem falha.

Reverenciar (orar) ao Gohonzon que está dentro de nós. Nós vemos as flores que está lá e nós alegraremos aqui dentro. O processo é o mesmo. Por isso, quando vai orar ao Gohonzon, deve orar de uma maneira que faça emergir do fundo de seu ser, e não da maneira que o vê somente lá fora (dentro do oratório). 

No Gosho (escritura) "Resposta a Dama Nitinyo" diz: 
"Nunca procure este Gohonzon em outros lugares. Ele somente pode habitar no coração das pessoas comuns como nós que abraçam o Sutra de Lótus e recitam o Nam-Myoho-Rengue- Kyo.
O corpo é o Palácio da Nona Consciência, a entidade que fundamentalmente revela sobre todas as funções espirituais do homem". 

A possessão mútua dos Dez Estados de Vida indica que todos os estados, sem exceção, estão contidos em um. É neste sentido que o Gohonzon é chamado de Mandala, em sânscrito, e é indicativo de "perfeita mente dotado e  total concentração de benefícios". 

Este Gohonzon existe unicamente na palavra fé, tal como o Sutra ensina: "Pode-se penetrar através da fé". 

Os discípulos de Nitiren bonzos ou leigos, seguindo as frases do Sutra "honestamente abandonemos ensinos provisórios" e nunca aceitem nem mesmo uma única frase dos sutras, podem entrar na Torre do Tesouro do Gohonzon através da pura fé no Sutra de Lótus. 

Que fato tranqüilizante! Tudo depende da força da sua fé. Não pense que este Gohonzon está fora de você. Nunca procure em outros lugares. No coração das pessoas comuns como nós que abraçamos o Sutra de Lótus.

No coração das pessoas que crêem e recitam o Nam-Myoho-Rengue- Kyo. No coração ± dentro de nós, o Gohonzon emerge dentro do coração. 

Significa que, o tudo do nosso corpo se torna Nam-Myoho-Rengue- Kyo. É o mesmo que o Gohonzon emergiu dentro de nós. Conseguindo isso, o coração está tranqüilo, pois, isso é o"Jô-Raku-Ga-Jo" . Qualquer que seja o dia, a hora, até mesmo o local, sente-se em paz, tranqüilo, sempre amável, bondoso, nunca se alterando, sereno e alegre.

Vai ser uma pessoa com fama de: pessoa amável, pessoa magnífica, pessoa magnânima, pessoa sincera, dedicada, etc., etc. A isto Daishonin denominou de Kushiki-Shin- No-Shin-Nyo- No-Myako (O corpo é o palácio da Nona Consciência, a entidade que fundamentalmente reina todas as funções espirituais do homem). Realmente, terá uma tranqüilidade no coração. 

E, se o Nam-Myoho-Rengue-Kyo emergir dentro, que doença pode, portanto, ser um obstáculo? 

Qualquer que seja a doença terá a sua pronta recuperação. Não existe isso de "Esta doença não dá para curar". Porque emerge a força capaz de expulsar qualquer doença. Você se transformará em um sadio. Toda fortuna será concedida. Será como um imã que atrai o ferro. Basta chamar aquilo que deseja, assim como imã atrai o ferro.

Oh! Como eu quero dinheiro! O dinheiro vem. Preciso de mais roupa!Consegue roupa. Quero uma casa, o aluguel está caro demais! Terá a casa. Quero me casar! O seu par aparecerá.

O Nam-Myoho-Rengue- Kyo é uma vida como um imã, atrai tudo aquilo que você desejar. 

Dentro de um estado de vida, existem todos os dez estados, sem faltar um se quer. O estado humano (nin-aki) de um ser humano está dotado de, desde o estado de Buda até o estado de inferno. 

O mais baixo, o mais sofredor é o inferno, depois é o estado de fome, animalidade, ira, humano, alegria, erudição, absorção, bodhisattva e Buda, é o mesmo que os 10 canais, sem dúvida têm todos dentro de você. 

Recite o Nam-Myoho-Rengue- Kyo e instantaneamente, o canal de Buda fica aceso.E a própria Mandala é uma palavra original da Índia e significa o Gohonzon. Gohonzon, quer dizer, concentração de benefícios.

Se através da recitação do Nam-Myoho-Rengue- Kyo, emergir vigorosamente aqui dentro, instantaneamente se torna concentração de benefícios. No entanto, diz que está cheio de sofrimento, concentração de sofrimento. Por quê? Porque não existe alegria nas suas orações. Pois, as orações prazerosas e alegres é que transformam em benefícios.

Se dentro da vida, não tiver a vida alegre, não tem como. Por isso eu tenho falado repetidamente, deve mirar o seu interior. Está lá dentro. Nunca procure este Gohonzon em outros lugares. Não olhe para fora, olhe para dentro..É algo extremamente maravilhoso, não acha? 

Recitar o Daimoku assim, como se estivesse saboreando o mais gostoso dos quitutes.
Que gostoso! Que saboroso! No Sutra de Lótus consta:"Shiki-Kô-Mimi" , que saboroso! Deve fazer Daimoku saboreando-o, como se estivesse saboreando o melhor dos quitutes, fazendo com que emirja dentro de você. Essa é a maneira correta de fazer Gongyo. 

Se o Gohonzon vai emergir dentro de você, você não gostaria de deixar impurezas no seu interior, não é? 

Acredito que não vai deixar as bactérias ou micróbios de câncer ou diabete, não é mesmo?

Pois, seria grande desrespeito ao Gohonzon, não fazer uma limpeza completa no seu interior para que o seu Nam-Myoho-Rengue- Kyo possa emergir genuinamente, não acha? 

No entanto, não se deve vê-lo lá fora, e orar como se fosse um mendigo pedindo esmola. Será que vou ficar bom? E se não sarar, o que faço? Isso é horrivelmente fraco na prática da fé. Não tem um pingo sequer de alegria da prática da fé. 

É um desrespeito. Vamos, portanto, evidenciar o Gohonzon vigorosamente e fazer uma lavagem completa. Lavar de dentro, do fundo do seu ser. Isso é o Gongyo.
Quando fizer assim, até a medula óssea se torna Nam-Myoho-Rengue- Kyo, até o sangue se torna Nam-Myoho-Rengue- Kyo, que coisa maravilhosa! Que felicidade!
Quando sentir assim, pode estar certo que leucemia estará curada. Quando a sua oração chegar até a retina ocular torna-se Nam-Myoho-Rengue- Kyo, começará a enxergar. Isso é Kaimoku Sho (Abertura dos Olhos).

Se chegar até os tímpanos, problemas de surdez estarão superados. Isso porque, espalha-se por dentro. Quando espalhar por todo interior, vamos esticá-la até as pontas dos dedos, e o reumatismo se curará. Quando vai lavando, lavando, com o Daimoku, todo o interior do seu corpo, como se estivesse enxaguando, a bronquite asmática, diabete, tudo estará curado.

O Budismo vê o Daimoku do lado de dentro. Esse negócio de ver do lado de fora e orar como se estivesse fazendo exorcismo, isso não é Budismo

O cristianismo, por exemplo, tem um deus fora da gente, está lá no céu, e de lá ele manda o benefício. Isso também não é Budismo. 

No islamismo diz que há um deus (Alá) lá adiante e ele administra a nossa vida. Nós somos uns coitados. Estamos sendo salvos por ele. Vê deus lá adiante e pensa que o benefício vem de lá. Esse deus chama-se Alá. Será verdade? Apesar de tudo isso, é uma das três grandes religiões. Cristianismo, Islamismo e Budismo.

No Budismo diz: Nunca procure em outros lugares. Os dez canais estão dentro de você, não permita que o inferno venha à tona, não ligue o canal da ira, será infeliz, pois ira e cólera, faz perder a cabeça - pois a ira se propagará por todo seu corpo (isso é infelicidade). Quando a ira sobe à cabeça, acostumamos que é cabeça quente, ou perdeu a cabeça, não é? Sabe o que acontece quando a ira sobe à cabeça? A pessoa fica histérica. E sabe quando isso chega até os olhos? Ficam com aqueles olhos irados, maldosos. Se chegar até ao ventre, ficam tão zangados que dá até dor de barriga.

O estado de alegria. Quando você sente alegria, fica contente, esse sentimento está lá dentro, ele percorre o corpo todo e você dá uns pulos de alegria.
Quando essa alegria chegar aos olhos, os olhos ficam sorridente, meigos. 

E se o inferno emergir, sabe o que acontecerá? Se emergir coisas, como "o que eu faço?" Essa fraqueza vem aos olhos e você fica feio com aquele olhar fraco, desanimado. Se vier no estômago, fica sem apetite. Aliás, se tiver problema, nem consegue pensar em comer. 

Se o Nam-Myoho-Rengue-Kyo vai dar uma volta completa, de ponta a ponta no seu corpo, dentro do corpo, por isso, quando chega aos olhos cura tudo, catarata, glaucoma, tudo.
Se lavar a garganta, câncer na laringe, ficará curado.
Se lavar a mama, o câncer de mama se cura. Câncer pulmonar se cura. Se fizer a lavagem no ventre, os cânceres no útero, no estômago, no ovário, nos intestinos, tudo ficarão curados. Se chegar até a ponta dos pés, os pés ficarão bons. 

O shinjin é fazer essa limpeza, essa lavagem completa dentro do corpo, com Daimoku. "Hummm que gostoso! Que delicioso!" recitar o Gongyo de uma maneira tão prazerosa como se estivesse comendo algo saboroso, de uma maneira sincera, caprichada, fazendo penetrar no seu interior.

E o gongyo? Como vocês está fazendo?
Ah! Será que tenho que fazer as cinco orações mesmo? Bom, já que tenho que fazer, vou fazer rapidinho e trabalhar. Vou fazer rapidinho e lavar a roupa. Vou fazer logo e telefonar. 
Fazem Gongyo e Daimoku desse jeito, por isso, não dá para penetrar até aos ossos. Por isso, doenças nas juntas nunca ficam boas. Não dá tempo de chegar ao sangue, por isso as doenças como a leucemia, doenças de sangue, são difíceis de se curar.. É uma pena.

Está perdendo muito. O Gohonzon é muito precioso, por isso deve fazer com que ele emirja dentro de você, recitando Nan-Myoho-Rengue- Kyo.

Quando emergir, deve fazer com que chegue até a medula óssea. Se for um Daimoku que não consegue atingir ao alvo, é porque está fraco, será uma perda. Faça Daimoku gostoso como se estivesse saboreando bons quitutes.Dizendo, que gostoso! Que delicioso!

Uma senhora de 78 anos de idade, A Sra. Saito. Ela tinha problema na coluna e estava com as costas encurvadas num ângulo de 90 graus. Desde aos 60 anos, fazia 18 anos que estava assim. A vovó ouviu o que eu disse e pensou: Oh! Eu não sabia a maneira correta de orar.
Ela pensava que os benefícios vinham de lá. Orava de uma maneira, como um mendigo pedindo esmola, daí ela refletiu.. Oh! Isso é terrível! Perdoe-me.

E o Gohonzon não fazia com que o estado de buda viesse à tona? Se não emergir isso, estou perdendo? Ah! Então vou fazer o Nam-Myoho-Rengue- Kyo até de madrugada para justificar a minha falha até hoje! Com essa decisão ela foi para casa e fez Daimoku com todo cuidado, sincero, com extrema sinceridade.

No dia seguinte, quando ela acordou as costas estavam 100% ereta, e ela começou a correr. Quem ficou pasmo, foi a vovó mesma, e depois os familiares. 
Isso é maravilhoso! Isso sim, é máximo do Budismo... 

Essa vovó não passou no exame de admissão de Kyogaku ( exames anuais de budismo). Mas comprovou o Kyogaku na prática. É um exemplo... Pois, pôr na prática o que foi dito em uma noite e a coluna encurvada se esticou e ficou ereta! 

Para todos os seres humanos, não há felicidade maior que recitar o Nam-Myoho-Rengue- Kyo. Assim afirmou Daishonin.

Aparentemente está praticando, mas dentro do seu itinen, não há nada, e assim, não terá 100% de benefícios. Somente 20 ou 30%. Só com isso, não será fácil fazer a transformação do destino. É uma pena, um desperdício. 

Em fevereiro fui ao Kaikan Shiguehara da província de Tiba, reuniram-se umas 300 pessoas. Lá estava uma senhora de 76 anos. Ela estava totalmente encurvada que parecia um bezerro. Ela ouviu o relato sobre aquela vovó e pensou: Tenho 76 anos, 02 anos mais jovem que a vovó de Kawasaki. Se ela conseguiu esticar a coluna que estava encurvada em 90 graus eu não posso ficar para trás, também consigo!

Decidida, voltou para casa e recitou Daimoku com toda dedicação, como se estivesse fazendo uma lavagem minuciosa e completa no interior do seu corpo. Esta vovó ficou ereta em dois dias. O neto ficou surpreso. A vovó que parecia bezerro, de repente ficou ereta e com isso ficou alta.

Por isso (por presenciar esses relatos) eu não posso deixar de falar:
Deve fazer um Gongyo que o benefício apareça de imediato. Um Gongyo correto, um Gongyo contendo um sentimento de gratidão, de alegria, não é uma questão de quanto tempo ficou orando. Naturalmente, é melhor fazer bastante, mas pensando em número e esquecendo da profundidade, sinceridade de oração - os benefícios também serão somente superficiais. 

O melhor mesmo é, fazer uma oração gostosa, prazerosa, a ponto de vocês sentirem uma disposição gostosa, feliz, plena dentro de sua mente.(Dikimoti) Garanto que conseguirão infalivelmente. 

Desde que em dezembro fui ao Distrito Tamagawa no Bairro de Ota. Lá tem uma budista que sofre de dores nas costas, na altura dos quadris, há mais de 10 anos. Ela tem uns 40 anos. Eu contei-lhe a experiência daquela vovó.. Ore dessa maneira, até penetrar nos ossos. Se não for uma oração profunda, será inútil.  Ela a vovó faz um Daimoku com todo cuidado, fazendo penetrar nos ossos e curou-se em uma noite. 

Ouvindo este relato ela decidiu: Oh! A minha prática de até então não tem sido uma prática correta. De hoje em diante vou ter uma verdadeira prática. Assim ela foi para casa fez Daimoku sincero e caprichou, logo em seguida as dores foram sumindo, sumindo e não tinha mais dor. Aquela dor que ela vinha sofrendo mais de 10 anos, desapareceu em menos de uma hora, nunca mais doeu. 

Analisando, então ela fazia o Gongyo negligente até então? Não! ela praticava com toda sinceridade e fazia também o Chakubuku. Então porque continuou sofrendo?
Porque não tinha a alegria da prática da fé espontânea e sincera. Praticava sim, mas com sentimento de obrigação. Preciso fazer Gongyo, preciso orar. 

Assim o Gohonzon também dava benefício meio forçado.. Já que tenho que fazer, vou fazer rápido, para fazer outra coisa. Esse tipo de prática, é na verdade relaxada. Está fazendo Gongyo para terminar logo? Até parece que está fazendo algo desnecessário. Não é? 
Para todos os seres humanos, não há felicidade maior que recitar o Nam-Myoho-Rengue- Kyo. Assim afirmou Daishonin. 

Ore com a disposição muito mais feliz do que um cego que começou a enxergar. Quando conseguir isso, terá 100% de benefícios. No Gosho "O Daimoku do Sutra de Lótus diz: 

sendo assim, quando for recitar o Daimoku deste Sutra deve fazê-lo com disposição máxima de alegria mais do que um cego vê pela primeira vez os seus pais, ou um prisioneiro de guerra encontra-se com seus filhos e esposa após ser liberado do cativeiro." 

O fato de poder reverenciar o Gohonzon- é algo mais feliz, muito raro de acontecer, por isso, ore com essa disposição. Poderá alcançar qualquer que seja seu pedido. Por isso dizem para nunca abandonar o Gohonzon.

(Myoshin-Ama Gozen Gohenji ± Pagina 1477) SUSTENTANDO A FE NO GOHONZON :

Recebi seus vários oferecimentos. Estou lhe confiando o Gohonzon para a proteção de sua jovem criança. Esse Gohonzon é o coração do Sutra de Lótus e os olhos de todas as escrituras. É como o sol e a lua no céu, um poderoso governante na terra, o coração num ser humano, a joia da concessão dos desejos entre os tesouros e o pilar de uma casa.

Quando se abraça esse mandala, todos os Budas e deuses juntam-se ao redor da pessoa, acompanhando- a como uma sombra, e protegem-na dia e noite, como guerreiros guardam seu soberano, como pais amam seus filhos, como peixe precisa da água, como as árvores e plantas anseiam por chuva, ou como os pássaros dependem das árvores. Deve confiar nessa mandala como todo o seu coração. 

Com profundo respeito, NITIREN - No vigésimo - quinto dia do oitavo mês