quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ilumine a Maldade!

Passamos a vida tentando afastar a maldade: xô olho gordo, inveja, veneno, etc. Mas na realidade vivemos num mundo dual, tudo e todos têm um aspecto positivo e negativo.

A maldade que se manifesta na nossa vida é resultado da nossa energia cármica, da nossa maldade interna, do nosso aspecto negativo da dualidade humana.
“Nascemos com um corpo e uma mente (efeito vital) e num ambiente (efeito ambiental) que equivale à nossa energia cármica. Naturalmente, vida e meio ambiente são de fato inseparáveis, pois ambos são manifestações (efeitos) de nossa energia cármica”
 
Muitas vezes culpamos pessoas e situações pelas “rasteiras” que tomamos na vida, efeitos da maldade, porém a maldade é subjetiva e a sua manifestação é objetiva – poderia se manifestar em qualquer um ou situação. A partir do momento que resolvemos o problema aparente, ela se manifesta de forma diferente usando outras pessoas em outras situações – é a mesma maldade com o objeto diferente.

Todas as pessoas possuem essa escuridão fundamental na vida. Nitiren Daishonin afirma que ela existe também na vida dos budas.

Portanto, no caso dos bodhisattvas que se encontram no nível da iluminação quase perfeita, a escuridão fundamental de sua vida pode ativar a função do Rei Demônio e impedi-los de chegar ao estado da perfeita iluminação, ou estado de Buda.

Se isso pode ocorrer com os bodhisattvas que estão no penúltimo estágio, quão mais expostos não estaríamos nós, pessoas comuns.

O Rei Demônio do Sexto Céu é o ímpeto negativo que reside nas profundezas da vida das pessoas. É a negatividade ou a natureza destrutiva que dá origem ao desejo de controlar os demais, fazer fofoca, "picuinha", de ser traiçoeiro e inclusive de tirar-lhes a vida, que causa a destruição e a guerra.

Vale lembrar que estamos falando de um sutra que foi ensinado na Índia há quase 3.000 anos, a cultura do país é cheia de fantasias e muitas vezes o Buda Shakyamuni usa deste artifício para passar os seus ensinamentos.

O Rei demônio é o próprio aspecto negativo, maldade, que existe em nossas vidas e o Sexto céu é um lugar imaginário que o Demônio/ maldade habita, ou seja, o sexto céu é a nossa própria vida.

“O Rei Demônio do Sexto Céu está representado no Gohonzon. Assim, quando oramos ao supremo objeto de devoção, o Rei Demônio obedece ao Gohonzon [à Lei de Nam-myoho-rengue-kyo]. O Rei Demônio ordenará aos líderes dessa força insidiosa que se detenham.

O potencial originalmente iluminado do Rei Demônio se manifesta por meio do Gohonzon. De fato, todas as entidades [nele representadas] mostram os dignos atributos inatos quando são iluminados pelo Nam-myoho-rengue-kyo”.

Ele prosseguiu dizendo: “O Rei Demônio do Sexto Céu então se converte pela primeira vez numa entidade que ajuda e beneficia as pessoas”. Essas observações se relacionam com um profundo princípio que é a essência do Budismo Nitiren.
 
Esta é uma passagem complexa e que vale uma boa meditação para ser entendida de forma plena.
 
A chave da questão não é afastar a maldade, porque assim ela se manifestará de forma diferente no futuro, e sim ILUMINÁ-LA!
 
Assim como nós somos duais, a maldade também é! Então, vamos meditar, fazer daimoku, e determinar que a maldade que existe em nossas vidas se ilumine.
 
Assim que acontece esta iluminação TODOS os benefícios da prática budista se revelam, é a própria felicidade absoluta!
 
Se tiver forte fé, então, assim como o sutra afirma, você obterá uma nova e poderosa energia vital, conseguindo uma renovação na vida no que diz respeito aos seus negócios e também a sua saúde. (...) [As coisas de que você necessita para o sustento de sua vida] continuarão a brotar, tal como a água borbulhando da terra.”

Fonte: Gosho "carta aos Irmãos"

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Myoho-rengue: a causalidade da Lei Mística

NAM-MYOHO-RENGUE-KYO
(Causalidade da Lei Mística)
 
RESUMO
A causalidade da Lei Mística é um princípio que esclarece a visão correta sobre a lei de causa e efeito. O Buda Nitiren Daishonin demonstrou de forma prática e eficiente a simultaneidade dessa lei. Essa visão sobre a causalidade está revelada no próprio Nam-myoho-rengue-kyo, por meio dos caracteres Myoho-rengue (causalidade da Lei Mística).

Vamos Diferenciar

Lei geral de causa e efeito
É a visão de que para ser feliz é preciso “pagar” todas as causas negativas feitas no passado até eliminar o carma e acumular causas positivas para algum dia desfrutar dos efeitos positivos.

ESSA NÃO É A VISÃO apresentada por Nitiren Daishonin, porque não transforma o carma. Do ponto de vista do Budismo Nitiren, É ERRADA, porque conduz ao sofrimento.

O presidente Ikeda afirma: “As ideias budistas convencionais sobre a retribuição cármica, segundo as quais nossos efeitos negativos do presente são o resultado de nossas más causas anteriores, e os efeitos positivos são o produto das boas causas realizadas no passado, na realidade não constituem um princípio de transformação cármica.

Isso porque, para se erradicar todas as causas cometidas no passado, uma a uma, seria preciso um tempo inconcebivelmente longo. Em Carta de Sado, Nitiren

Daishonin salienta que essa visão sobre a retribuição cármica se baseia na lei geral de causa e efeito. De modo implícito, ele diz que o seu budismo não se baseia nessa causalidade geral” (Terceira Civilização, edição no 502, junho de 2010, p. 49).

Causalidade da Lei Mística:
Apesar de praticarmos o Budismo Nitiren, comumente analisamos os fatos da nossa vida sob o ponto de vista da lei geral de causa e efeito e não da causalidade da Lei Mística”.

COMO FUNCIONA A CAUSALIDADE DA LEI MÍSTICA?

Ela é capaz de transformar o carma de forma imediata por meio da elevação do estado de vida. Isso porque, ao elevar a condição interior neste momento, as causas negativas do passado transformam-se em positivas e os efeitos do presente e do futuro também são positivos. O estado de Buda é a única condição capaz de colocar isso em prática. Atingi-lo no presente é fundamental.
 
O presidente Ikeda explica: “Mesmo que neste momento estejamos sofrendo em consequência a alguma retribuição cármica, se nos basearmos na causalidade da Lei Mística, poderemos manifestar imediatamente o vasto estado de Buda(Ibidem).

Por exemplo, imagine uma noite com o céu estrelado. Cada causa negativa que você realizou na vida é uma estrela.

A soma de todas elas é o seu carma. Do ponto de vista da lei geral de causa e efeito, você teria de apagar uma por uma para transformar o carma. Isso é impossível porque demoraria um tempo incalculável.

Já do ponto de vista da causalidade da Lei Mística, basta o surgimento do sol para que as estrelas sumam do céu. O sol corresponde ao estado de Buda que ilumina a vida da pessoa.

Como fazer surgir esse sol? O Daimoku, aliado ao Chakubuku, é capaz de gerar uma transformação na vida de qualquer pessoa, não importando a circunstância neste exato momento. O Daimoku e o Chakubuku possuem o mecanismo da simultaneidade de causa e efeito.

Por exemplo, quando uma pessoa concretiza o Chakubuku, ela conduz outra à felicidade absoluta; e, ao mesmo tempo, se ilumina. O ato de conduzir é iluminação. Quem acende uma luz para outra pessoa, ilumina o próprio caminho.

O presidente Ikeda diz: “Ao elevarmos nosso estado de vida no presente, as causas negativas que fizemos no passado são transformadas em positivas. Não há necessidade de ficar prisioneiro do passado; de fato, podemos até mesmo mudar o passado” (BS, edição no 2.011, 14 de novembro de 2009, p. A4).

Na explanação da Carta de Sado, o Mestre conclui: “A ‘causalidade para atingir o estado de Buda’ implica eliminar o mal fundamental e manifestar com vigor o estado de Buda — a nona consciência — que existe na essência da vida. Esta é a causalidade da Lei Mística, implícita no Sutra de Lótus; ou seja, no Nam-myoho-rengue-kyo”.

Nitiren Daishonin esclarece o tipo de prática budista que nos possibilita realizar causas positivas fundamentais. Essa prática não é outra senão o Chakubuku, (...)
um ato que incorpora a causalidade da Lei Mística e que nos permite transformar o carma. (...)
Como resultado desse ato de coragem [realizar Chakubuku], todas as nossas retribuições cármicas se desvanecem ‘instantaneamente’ (END, v. 3, p. 127), assegura-nos Nitiren Daishonin. (Terceira Civilização, edição no 502, junho de 2010, p. 44).

CONCLUSÃO

Concluindo, o Daimoku, motivado pelo desejo de realizar o Kossen-rufu, associado à ação efetiva para conduzir a si mesmo e outras pessoas para a felicidade é a forma de aplicar na própria vida a causalidade da Lei Mística.

Fonte: Publicado em: Brasil Seikyo - Ed.2089 - Caderno BVD - Pg.B6 - 25/06/2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Subir ou sucumbir?!

Publicado no Jornal BS edição 2095

A “dificuldade” é a resistência natural à transformação. Se enfrentar grandes dificuldades com tristeza, maior será o sofrimento. Se o fizer com alegria, maior a alegria.

As dificuldades são combustíveis tanto para a tristeza quanto para a alegria. Assim, é importante “desfrutarmos das dificuldades” com um estado de vida elevado.

A felicidade cresce à medida em que se vence as dificuldades. Portanto, a 3a Diretriz Eterna da Soka Gakkai (Prática da fé para vencer as dificuldades) é fundamental. A prática da fé garante esse estado elevado para vivermos de forma plena e realizada.

Transformar o ambiente

A felicidade absoluta é a qualidade de uma pessoa capaz de transformar o ambiente. No processo de transformação, surgem as dificuldades como prova de que a pessoa avança. Estagnar-se e lamentar conserva a negatividade em sua vida. A felicidade garante e gera a transformação.

Subir ou sucumbir

Diante dos desafios diários, existem duas opções: SUBIR ou SUCUMBIR. Quando aparece a dificuldade, quem escolhe SUCUMBIR, desiste, reclama, abandona, culpa os outros. E o pior, não transforma nada.
Quem decide SUBIR, alegra-se, porque está diante de uma oportunidade de crescimento e transformação. Então, enfrenta tudo e transforma.

Todos têm

Dificuldades são FATOS da vida. Todo ser vivo passa por desafios. Ainda mais aqueles que querem alcançar grandes coisas. A dificuldade não é ESCOLHIDA ou CHAMADA por alguém. São fenômenos que surgem por uma série de fatores. A questão não é buscar a causa, mas saber como você vai se comportar diante do fato.

Nem santos nem sábios

Nitiren Daishonin declara: ‘Jamais permita que os impasses da vida o perturbem. Afinal, ninguém pode escapar dos problemas, nem mesmo santos ou sábios. (...) Sofra o que tiver de sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto sofrimento quanto a alegria como fatos da vida, e continue orando o Nam-myoho-rengue-kyo, não obstante o que aconteça’ (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v. III, p. 199).

Não existe uma vida livre de sofrimentos ou um mundo livre de problemas. Na realidade, a vida torna-se interessante pelo simples fato de que ocorrem todos os tipos de desafios. Os que baseiam a vida na Lei Mística são capazes de atrair a suprema sabedoria e ultrapassar todos os obstáculos, não importando o quê; são capazes de atingir uma vida de profundo valor em que todos os seus desejos são realizados” (Brasil Seikyo, edição no 1.219, 27 de março de 1993, p. 4).

Tudo tem solução

Para vencer essa batalha, existe o Budismo Nitiren. Atinja a iluminação e enfrente as dificuldades como um buda. Não existe dificuldade que não possa ser superada por meio da pratica budista.

Por que é fundamental transformar o ambiente?

Porque a pessoa é inseparável do ambiente. Se ela não tem força para transformar o ambiente, ele a transforma e a vida fica à mercê dos ventos. Devido a essa inseparabilidade, a condição interior pode ser influenciada negativamente pelo externo.

Nem a morte os separa

O presidente Ikeda afirma: “Nascemos com um corpo e uma mente (efeito vital) e num ambiente (efeito ambiental) que equivale à nossa energia cármica. Naturalmente, vida e meio ambiente são de fato inseparáveis, pois ambos são manifestações (efeitos) de nossa energia cármica” (Brasil Seikyo, edição no 1.520, 21 de agosto de 1999, p. 3).

Felicidade e ambiente

“A felicidade não se encontra unicamente no ambiente. Existem pessoas vivendo em mansões magníficas que passam os dias chorando. No entanto, nossa felicidade não independe totalmente de nosso ambiente. Não há uma única pessoa que possa clamar honestamente que é feliz se é incapaz de alimentar seus filhos” (Brasil Seikyo, edição no 1.530, 6 de novembro de 1999, p. 3).

A chave é transformar o ambiente

“A felicidade é determinada pela relação entre o ambiente, ou o mundo externo, e nossa energia vital. Uma pessoa controlada por um ambiente negativo está sofrendo. Ao contrário, uma pessoa que se encontra numa situação difícil, mas é capaz de controlá-la e modificá-la, é feliz” (Ibidem).

Alguém forte é feliz

Se a energia vital é fraca, os menores problemas causam lamentações, insegurança e a vida acaba num impasse. Adquirir vitalidade para resolver os problemas cotidianos fortalece a pessoa e ela não recua. A medida em que vence questões maiores, mais forte se torna a energia vital — mais a felicidade se fortalece.

Feliz é quem tem uma poderosa e constante vitalidade e transforma o ambiente de acordo com suas aspirações.

Lute com alegria

Já que é natural enfrentar dificuldades, que seja com alegria, disposição e felicidade. Esse é o caminho da iluminação, onde tudo é motivo de mais alegria.

Eterna felicidade

A prática da fé que não é derrotada pelas dificuldades é a força para construir o eterno castelo da felicidade. Esse tipo de prática garante esse estado iluminado e transforma o ambiente.

Desfrutar as tormentas

“Quando adentramos no caminho da iluminação, podemos desfrutar completamente, das profundezas de nosso ser, todas as tormentas da vida, temporais e rajadas terríveis bem como, naturalmente, brisas primaveris, o céu azul e o brilho do sol; atingimos um supremo estado no qual a vida é alegria, e a morte, serena.

Seguir esse caminho garante que experimentemos essa eterna realização e esperança. O Buda Nitiren afirma: ‘Quando surgem as dificuldades, devemos considerá-las como alegrias’”(BS, edição no 1.394, 14 de dezembro de 1996, p. 3).

Vencer e vencer

Os verdadeiros vitoriosos são aqueles que triunfam sobre as dificuldades. Essa é a marca de um membro da Soka Gakkai.

Jamais desista

“Quando a Lei Mística brota em nosso coração, nossa vida resplandece como o sol em perfeita paz e serenidade com força infinita. Esse é o estado de Buda. A manifestação do estado de Buda e a derrota das forças negativas são uma única coisa.

As maldades existem tanto em nossa vida como em nosso ambiente. Porém, derrotá-las ou sermos derrotados por elas depende unicamente de nosso espírito e de nossa determinação.

O importante é vencer incessantemente. A prática budista consiste em jamais desistir dessa luta. Devemos cultivar um espírito que jamais, de maneira alguma, seja arrastado por influências negativas” (BS, edição no 1.510, 5 de junho de 1999, p. 4).

Conclusão

De forma simples, a terceira diretriz diz para cada pessoa: “Você também desfrutará a maior felicidade sem falha”.

Ela dá “esperança e rejuvenesce o espírito de desafio no coração daqueles que, atolados na escuridão do sofrimento, resignaram-se e cansaram-se.

Numa sociedade estagnada e colocada num impasse, é assegurar que os seres humanos tenham um potencial ilimitado para resolver todas as dificuldades” (BS, edição no 1.394, 14 de dezembro de 1996, p. 3).

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Prática da fé para conquistar a felicidade (NMRK).

Brasil Seikyo Edição 2094
Você não transforma para ser feliz.
Você é feliz para transformar

Essa é a segunda Diretriz Eterna da Soka Gakkai. A verdadeira felicidade não é a mera satisfação de desejos pessoais, nem apenas a conquista de objetivos. É desfrutar a ilimitada alegria da Lei Mística. Sendo feliz, você é capaz de mudar sua realidade. A felicidade absoluta é possível — é um direito de todo ser humano.

Dois tipos de felicidade

Existem dois tipos: A ABSOLUTA e a RELATIVA.
A felicidade absoluta garante a conquista da relativa. Isso porque a relativa está dentro da absoluta. Já a absoluta não está dentro da relativa.
Felicidade relativa

O presidente Toda afirmou: “FELICIDADE RELATIVA é realizar os desejos tais como ganhar bastante dinheiro, casar com uma mulher ideal, ter bons filhos, adquirir a casa própria ou ter boas roupas. Conseguir esses tipos de desejos chama-se felicidade relativa. Embora não sejam grandes realizações, as pessoas pensam que alcançaram a felicidade”.

Felicidade absoluta

“A FELICIDADE ABSOLUTA chama-se iluminação. Então, em que consiste a felicidade absoluta?
É sentir profunda alegria e satisfação só pelo fato de estar vivo. Não haverá mais dificuldade financeira, a vida transbordará de boa saúde, harmonia familiar, sucesso no trabalho, enfim, sentir plena satisfação em tudo o que vê, em tudo o que ouve. ‘Ah! Como sou feliz!’ Quando isso ocorrer, este mundo mundano transforma-se na terra pura da iluminação e isto se chama felicidade absoluta.”

A conquista da felicidade absoluta

“Então, como conquistá-la? O senso de felicidade relativa deve ser conduzido para tornar-se senso de felicidade absoluta. Isso se consegue somente com a prática budista, e nenhuma outra é capaz de realizá-la.”

Não cai do céu

A felicidade não é concedida por nada externo. Não se deve orar e esperar que ela caia do céu. Ela não surgirá num tempo futuro por merecimento, depois de se acumular muitas causas positivas e boas ações. A felicidade absoluta existe no presente momento, no aqui e no agora. E o melhor, depende da própria pessoa da forma como ela é.

Paz e felicidade

“Ter fé significa viver de forma fiel a nós mesmos, como somos, e atingir um estado em que podemos dizer francamente: ‘Ah!, esta é a verdadeira satisfação’, ‘Minha vida é uma grande vitória’. Isto é paz e felicidade.”

A causa da transformação

Muitos conceitos pregam que a felicidade vem após um longo processo. Mas, do ponto de vista do Budismo Nitiren é o ponto de partida. A felicidade capacita a pessoa a transformar o ambiente. É a causa da transformação e não o efeito.

Não confunda

O presidente Ikeda comenta: “Atingir o estado de Buda é confundido com atingir um objetivo, mas não é assim. Essa forma de pensar é um equívoco.

O estado de Buda é a própria esperança — esperança de avançar eternamente se autodesenvolvendo, produzindo transbordante realização e crescente serenidade e satisfação, com o espírito progressivo de sempre empenhar-se para concretizar um maior crescimento e auxiliar cada vez mais as pessoas a se tornarem felizes”.

Ponto chave da felicidade

A felicidade é determinada pela relação da energia vital da pessoa com o ambiente.

Como é essa relação?

Feliz é quem domina e transforma o seu ambiente.
O infeliz é dominado e transformado por ele.

Chakubuku

Alguém que realiza o Chakubuku possui a energia vital forte o suficiente para transformar qualquer ambiente.

O dominado

Uma pessoa dominada por seu ambiente vive na negatividade e é limitada pelos problemas. Ela sente-se incapaz de propagar o Budismo e está sempre ressentida e aguardando que alguém a salve.
 
Ser feliz

A felicidade não é demonstrada pelas suas conquistas pessoais. É por meio do seu estado de vida que a felicidade é percebida naturalmente pelas outras pessoas, gerando comentários: “Como essa pessoa é diferente!” “Sinto-me bem quando estou perto dela!”

E os objetivos pessoais?

Os objetivos pessoais são conquistados de forma plena quando são baseados no Kossen-rufu. O determinante é a resposta para uma simples pergunta: “Para que eu quero isso?” Se for para satisfazer o ego, é egoista e cairá na armadilha da “generosidade humilhante”. Se for para o Kossen-rufu, você é um buda.

Transformação da realidade

A conquista total e duradoura dos objetivos pessoais surge como consequência de um estado de vida elevado — da felicidade absoluta. A transformação do estado de vida é a transformação da realidade.

Satisfação total

Os objetivos pessoais são muitos e variados. Desejá-los como mortal comum é limitante e nem todos serão alcançados. Entretanto, desejá-los como um buda garante a satisfação total. Isso porque um buda possui sabedoria e energia vital transbordante, capaz de mudar qualquer destino e ambiente. Para se tornar um buda, basta concretizar a revolução humana, que é a transformação interior.

Sabedoria e energia vital

“Quando possui ‘sabedoria’ e ‘energia vital’ originadas da prática da fé, uma pessoa torna-se capaz de conduzir toda a sua vida para uma direção melhor e cada vez mais sólida. Isto não é ilusão — é vitória e mais vitória que ocorre realmente. O verdadeiro e sábio praticante é aquele que consegue introduzir a si mesmo nesse ritmo.”

Felicidade absoluta garante a relativa

A felicidade absoluta é inseparável do ambiente. Isso é excelente! Pois, se você alcançar a felicidade, ao mesmo tempo, o ambiente mudará. Mude seu interior que o exterior muda simultaneamente. Conquistar a felicidade absoluta é conquistar a relativa. “O Budismo é o corpo e a sociedade a sombra.”

Conclusão

O presidente Ikeda conclui: “Todos, sem exceção, procuram a paz e a felicidade. Uma pessoa pode perseguir o ‘tesouro do cofre’, enquanto outras, o ‘tesouro do corpo’, como posição ou riqueza. Mas a verdadeira felicidade está em acumular os ‘tesouros do coração’.

E a essência do tesouro do coração é um grande estado de vida totalmente dedicado à fé. Nitiren Daishonin diz: ‘Não há maior felicidade para os seres humanos do que recitar o Nam-myoho-rengue-kyo... Não há maior felicidade do que ter fé no Sutra de Lótus’ (WND, v. I, p. 161).

E ele nos incentiva a considerar tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida e continuar a recitar o Nam-myoho-rengue-kyo (Ibidem).

Essa não é uma felicidade que pode ser obtida por meio da satisfação dos anseios ou dos desejos. É uma questão de experimentar a ilimitada alegria da Lei de receber livremente e desfrutar a felicidade derivada da Lei que surge em nossa vida.

Cada um de nós pode, definitivamente, atingir esse estado de paz e felicidade. E como essa paz e felicidade derivam de nossa vida, são duradouras. Não se trata de conduzir uma existência tímida e fraca, procurando evitar obstáculos e maldades.

Ao contrário, devemos ter o espírito de ‘Haja o que houver, eu sobreviverei!
Eu escalarei uma outra montanha!
E quanto mais escalar, mais poderei desfrutar minha vida e mais pessoas poderei tornar felizes’. O Budismo Nitiren é o ensino para conduzir a suprema vida ativa”.

Todas as citações constam nas seguintes fontes:
BS, edição nº 1.213, 28 de fevereiro de 1993, p. 4.
BS, edição nº 1.447, 7 de fevereiro de 1998, p. 3.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Budismo e Comunicação com Espíritos (mediunidade).

* continuando com o tópico do grupo budista do yahoo, segue outra opinião sobre o assunto abordado. Na mesma linha de raciocínio do post anterior: Relato Espírita de um Budista.

O Budismo não nega a existência de poderes ocultos ou paranormais, porém, eles não tem nenhuma utilidade pratica para mudança do Karma ou iluminação.

Por isso o Budismo é uma religião humanista, acredita que apenas o ser humano - através da sua Revolução humana - pode melhorar o mundo físico e espiritual!

O discípulo do Shakyamuni chamado Maudgalyayana era considerado o que tinha "os maiores poderes sobrenaturais" daquela época.

Preocupado com a mãe que tinha sido uma pessoa muito ambiciosa e mesquinha, ele entrou em estado de meditação e começou a procurar pelo espírito da mãe no Universo.
Maudgalyayana foi capaz de ver a mãe, que tinha morrido, sofrendo no mundo da fome ( estado de vida fome). Porém os seus poderes paranormais NÃO serviram para salvar a sua mãe.


O que tirou a sua mãe do estado de vida baixo foi oferecer comida para o maior número de Monges budistas que encontrasse e pedir para que eles orassem para o espirito da sua mãe.
 
Tempos depois ele adotou o Sutra de Lótus como filosofia de vida, último sutra ensinado pelo Shakyamuni, alcançou a iluminação e com a sua prática pode iluminar a sua mãe e toda a sua familia.
 
Nitiren Daishonin escreveu: ‘O venerável Maudgalyayana depositou sua fé no Sutra de Lótus, que é o maior bem que há, e assim não somente ele atingiu o estado de Buda como também seu pai e sua mãe. (...) todos os pais e mães das sete gerações precedentes e das sete gerações posteriores e, de fato, de incontáveis existências anteriores e posteriores, puderam tornar-se budas

Trazendo isso para os dias de hoje, nada adianta ver espiritos ou falar com eles... é uma realidade/ dimensão diferente da que vivemos.

Para mudar o estado de vida que o espirito está, devemos fazer bastante daimoku/ meditar, ensinar as pessoas o daimoku - principalmente as próximas a pessoa falecida.


Quando a gente faz o daimoku, fortalesce o estado de Buda no Universo. Somos como filtros.

Como o Daisaku Ikeda disse no livro Vida um Enigma uma Joia preciosa. Apenas os seres em estado ativo ( encarnado) podem mudar o estado de vida.
Como o Esho-funi EXPLICA, filtramos o estado de vida do ambiente.. a inseparabilidade do ser e do meio ambiente.

Quanto mais pessoas próximas ao falecido meditarem para ele, maior será a possibilidade dele atingir a iluminação.

Tem uma ilustração disse no diálogo do dia 19 de junho - http://www.soldelotus.com/skype.htm

Quem ainda tiver dúvidas, leia o livro do Daisaku Ikeda - explica direitinho e FAZ SENTIDO a teoria do Sutra de Lótus sobre a fusão do espirito com o estado de vida no Universo (vibração) semelhante ao estado de vida na ocasião do falecimento.

Ex:
Se a pessoa falece com depressão e sofrimento MENTAL, ela se fundi com o estado de vida inferno.
Se a pessoa é muito ambiciosa e mesquinha como a mãe do discípulo do Buda, estado de vida fome.

E assim por diante, os 10 estados de vida também existem no universo e semelhante atrai semelhante.

Por isso devemos nos esforçar para elevarmos o nosso estado de vida e assim, interagir com vibrações/energias/estados de vida mais elevados enquanto seres humanos encarnados e para fundir com eles quando o momento de deixar o corpo físico chegar.

A revolução humana acontece dentro da gente, elevando o estado de vida em direção ao estado de Buda.

Ps: Um pequeno trecho do livro Vida um Enigma uma Joia preciosa aqui.