sábado, 16 de outubro de 2010

O significado do Nam-Myoho-Rengue-Kyo

(Por Pat Allwright - SGI-UK)
Ao título do Sutra de Lótus é Myoho-Rengue-Kyo, Nitiren Daishonin acrescentou a palavra Nam, que significa devoção ou dedicação.

Consta em uma de suas escrituras: "Somente praticar os sete caracteres do Nam-myoho-rengue-kyo pode parecer limitado, mas desde que esta Lei é o mestre de todos os Budas do passado, presente e futuro, o professor de todos os bodhisattvas do universo, e o guia que capacita todos os seres humanos atingir o estado de Buda, sua prática é incomparavelmente profunda".

Em outras palavras, o título, Myoho-Rengue-Kyo contêm a essência dos ensinos do Sutra de Lótus na qual contém dentro de si, todos os ensinos budistas.

Nas escrituras de Nitiren Daishonin consta o seguinte trecho: "dentro do título, Nam-Myoho-Rengue-Kyo, está incluso todo o sutra que consiste em todos os oitos volumes, vinte e oito capítulos e 69.384 caracteres sem nenhuma exceção".

Assim, em poucas palavras se torna impossível estudar todos os aspectos do significado do Nam-Myoho-Rengue-Kyo, já que como exposto acima, implicaria em explanar toda a filosofia budista. Desta forma, somente iremos destacar os pontos básicos.

Myoho é geralmente traduzido como Lei Mística.
A palavra místico significa, difícil de discernir.

Myo se refere a iluminação inerente e ho, a ignorância inerente.
Myo representa a morte e ho, a vida.
Ho, corresponde a todos os fenômenos na qual pode ser percebido pelos nossos sentidos, enquanto myo, se relaciona aos aspectos da vida que não podem ser percebidos.

Por exemplo, se alguém está triste, se torna óbvio através de sua expressão facial e reações. Mas, quando está mesma pessoa se torna feliz e começa a sorrir, para onde vai a tristeza ?

Não podemos dizer que a tristeza existe como antes, mas ela continua existindo em algum lugar dentro da vida desta pessoa e pode reaparecer a qualquer momento. Este é o chamado estado de "nem existência, nem não-existência", e é descrito como místico.

Logo, a vida em todas as suas miríades manifestações, tanto físicas como não–físicas, é acompanhada por um contínuo ciclo de Myo e Ho, do latente ao manifesto, da morte para a vida.
 
Myo também engloba outros três significados na qual Nitiren Daishonin explica na carta "Sobre o Daimoku do Sutra de Lótus": abrir, ser dotado e perfeito, e reviver.
A energia inerente da vida é a expansão. Isto é o que significa abrir.
Ser dotado e perfeito significa que todo e qualquer elemento da vida apresenta esta qualidade. Por exemplo, cada gota do oceano contém as propriedades e elementos do próprio oceano.
E por último, reviver, se refere a força vital de regenerar-se e recriar-se.

Myo descreve a vida em sua totalidade, embora esta seja de difícil compreensão e por esta razão é chamada mística.

Ho se refere ao aspectos do indivíduo, enquanto Myo se refere ao ritmo universal da vida, na qual se harmonizam e se unificam entre si.

Ho, representa os dez estados de vida, enquanto myo, o estado de Buda. Naturalmente, ambos os aspectos são inseparáveis. Esta é a razão para que uma vida baseada somente no ho, que representa a aparência externa, tende a destruição enquanto que uma vida baseada no myoho é sempre voltada para a harmonia e criatividade.
 
Rengue representa a flor de lótus e significa a simultaneidade da lei de causa e efeito.

O lótus é uma das únicas espécies do reino vegetal que a flor e a semente nascem no mesmo instante. Rengue indica a simultaneidade do myo (estado de Buda) e ho (nove estados: Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranquilidade, Alegria, Erudição, Absorção, Bodhissatva). Em termos de nossa prática budista, os nove estados são a causa e o estado de Buda é o efeito.

Na verdade, existem duas causas, a causa inerente e a causa externa, e dois efeitos, o efeito latente e o efeito manifesto.

Todos nós apresentamos a causa inerente para a iluminação.
A causa externa é o Gohonzon e nossa relação se estabelece ao recitarmos o Nam-Myoho-Rengue-Kyo.

Este ato cria o efeito manifesto do estado de Buda e com isto, surge uma tendência (efeito latente) para que possamos evidenciar o estado de buda no futuro. Mas, isto não significa que nossas ações não gerem um efeito imediato.

Rengue explana a simultaneidade da lei de causa e efeito e Nitiren Daishonin escreveu:

"Para a questão, onde está exatamente o inferno ou a terra do Buda. Um sutra diz que o inferno existe abaixo de nós e outro sutra diz que o Buda está no Oeste. Entretanto, um exame minucioso revela que ambos existem dentro de nós. A razão para que eu veja desta forma, é que o inferno está no coração de um homem que despreza seu pai e desrespeita sua mãe, assim como a semente do lótus, na qual desabrocha a flor e o fruto ao mesmo tempo."

Por último, desde que a flor de lótus nasce em pântanos, rengue também representa a capacidade da própria vida em purificar-se.
 
Kyo significa o sutra, ensino, som ou vibração.

O som nunca se interrompe, há uma reação em cadeia que se expande por todo o universo.

"Kyo denota as vozes e sons de todos os seres vivos. Nos Ensinos Orais de Nitiren Daishonin consta: "a voz é uma parte essencial da prática budista". Isto é chamado kyo e as três existências da vida também são chamadas de kyo."

Assim, kyo também significa interligar, como o ato de costurar uma peça de roupa, simbolizando a continuidade ou o fluir do passado, presente e futuro. Em breves palavras, o perfeito ensino na qual explana o eterno fluir da vida.

Embora esta explanação possa ser limitada, podemos dizer que o Myoho-Rengue-Kyo possui uma infinita profundidade.
Todos os princípios budistas, assim como a sua filosofia, emergem através de um contínuo e profundo estudo destes caracteres.

Mas, como podemos usá-los em nossas vidas ?

Caso o Myoho-Rengue-Kyo se torne uma mera teoria, se tornará inútil.
Neste ponto reside o significado do Nam.
Nam é derivado da palavra Namas, que em Sanscrito, significa devoção ou saudação.

Em chinês, é traduzido como kimyo. Ki, significa retornar para a imutável e verdade inabalável e myo (diferente do myo de myoho) significa ter a sabedoria para agir de acordo com as circunstâncias.

Logo, Nam, incorpora o ato de devotar ou concentrar-se no ato de recitar o Nam-Myoho-Rengue-Kyo ao Gohonzon.

E nesta ação retornamos para a verdade imutável do Myoho-Rengue-Kyo e começamos a viver nossas existências com sabedoria, para agir da melhor forma em todas as circunstâncias da vida diária.

Em suma, significa unir a vida individual com o ritmo universal.

Desta forma, a felicidade não depende de nada externo a nós. Um bom emprego, casamento ou qualquer outra situação da vida pode ser tanto um fonte de alegria como de sofrimento.

Esta é a razão para recitarmos o Nam-Myoho-Rengue-Kyo: assegurar uma inabalável condição de vida.

sábado, 9 de outubro de 2010

Globo Reporter (08/10/10) e Meditação.

Aproveitando o material do globo reporter de ontem ( 08 de outubro, 2010) sobre os efeitos da meditação, estou postando uma matéria que encontrei na net, lembrando que as informações sobre a meditação do Budismo de Nitiren Daishonin foram adicionadas por mim.

A reportagem da Globo foi maravilhosa... mostrou um rapaz que nasceu praticamente sem metade do cérebro levando uma vida normal - ilustrou a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de achar novos caminhos!
A história de Hendrew.

Meditação - O Que é?
 
O médico norte-americano William Collinge define meditação como "uma prática simples e tranqüila, que encerra um poder extraordinário para auxiliar na resistência à doença e manter a saúde em geral".

Mas a meditação é muito mais que isso. Ela proporciona ao praticante o que Clarissa P. Estés, psicóloga junguiana, chama de 'o retorno ao lar', ou seja, a volta para dentro de si mesmo, para um ponto só acessado pelo indivíduo, em condições de absoluta serenidade.

Muitas doenças são auxiliadas exatamente por essa sensação da volta para casa, porque a meditação faz o caminho contrário.
 
Hoje em dia, a sociedade moderna exige que o homem se afaste de seu eu interior, usando uma ou várias máscaras, a ‘persona’, a forma como nos comportamos em sociedade. Sentimentos como medo, insegurança, desejos, tristezas, não podem ser manifestados, por exemplo, em uma sala de reuniões.

Para sobreviver no trabalho, o homem tende a agir de maneira que não é, porque alguns sentimentos não são politicamente corretos de serem expostos. A sociedade considera 'de mau gosto' falar de assuntos pessoais ou considerados 'delicados'.

E, geralmente, temas delicados são os temas verdadeiros, que o indivíduo vai adiando até encontrar o estresse. Isso colabora para que o homem se sinta sozinho com seus problemas, fragmentado, distanciado de sua verdadeira natureza.

A meditação é uma técnica que faz com que o indivíduo recupere e mantenha seu eixo, um centro, para onde pode retornar quando quiser. É como a ponta do compasso, que se bem fincada consegue traçar círculos perfeitos, sem que ela (o eixo) saia do lugar.

Depois de anos de prática, a pessoa consegue se manter em seu eixo, mesmo estando no convívio social. Isso diminui a tensão e, conseqüentemente, fortalece as defesas imunológicas.
 
É uma reação em cadeia que proporciona, muitas vezes, a cura de uma doença. É assim que a meditação provoca o equilíbrio e a harmonia psíquicos e esta técnica é fundamental no controle da dor, que é a manifestação física de um desconforto antes sentido pela mente, em muitos casos.
 
Tipos de Meditação

Existem infinitas formas de meditação, derivadas de duas formas básicas:

Meditação livre - não é conduzida por nenhum instrutor, nem se usa fitas gravadas com instruções, apenas o meditante se senta e deixa que os pensamentos fluam livremente, em silêncio.
Meditação dirigida - é uma meditação conduzida por um instrutor do início ao fim, ou é dirigida por meio de fita gravada com a voz do instrutor, ou com a própria voz do meditante. Quando as instruções da meditação incluem imagens, entra no campo da visualização.

Ambas as formas de meditação podem ser auxiliadas por:

1. silêncio total, ou música suave.
2. sons de água, sinos, vento, animais (o som da baleia, por exemplo).

3. aromas e/ou cores.
4. mantras.
Esta é a forma que fazemos a meditação no Budismo de Nitiren Daishonin, recitamos o mantra Namiôrrôrenguêquiô. É uma meditação mais fácil e os efeitos mais efetivos.

Com a meditação falada ( mantras), podemos atingir um estado de equilibrio elevado mesmo meditando em locais barulhentos - é possível  meditar no meio do "caos".

Mantras budistas são frases em sânscrito onde a VIBRAÇÃO das vogais faz os átomos do nosso corpo vibrarem numa frequência diferente e assim entrar em harmonia com a vibração do Universo.
 
Por isso, os mantras não são traduzidos ao pé da letra... é impossível expressar o que é um mantra através de uma simples tradução em palavras. O mantra acima significa - eu dedico a minha vida a lei de causa e efeito que rege todos e tudo no Universo -, mas na realidade a sua profundidade vai muito além disso.
 
Os efeitos do mantra, são imediatos e acumulativos... com o tempo e a familiaridade com a meditação, os seus efeitos tende ao fortalecimento!

Mantras são sons ou seqüência de sons silábicos, que se repetem muitas e muitas vezes. Mesmo que conheçam o significado das palavras, muitas pessoas preferem entoar mantras no seu idioma de origem, pois uma frase conhecida (no próprio idioma do meditante) pode privilegiar o pensamento racional, que não é o objetivo na meditação.

05. pontos focais de meditação.
Um ponto focal de meditação é um objeto, uma imagem, uma vela, ou mesmo uma flor ou planta, onde o praticante concentra seu ângulo de visão e se põe a meditar.

Na meditação, as imagens não são usadas para fins de adoração (o Deus cristão, ou deuses de outras religiões), mas apenas como ponto de referência e de concentração.

Os pontos focais de meditação auxiliam o praticante a não dispersar sua atenção e suas energias, por exemplo, com pessoas entrando e saindo do recinto, vozes ou objetos espalhados pelo ambiente.

No zen budismo, não há ponto focal, senão simplesmente a parede nua, simbolizando o vazio, para onde o praticante se volta para meditar.

No Budismo de Nitiren Daishonin, o ponto focal é a Mandala denominada GOHONZON - onde estão escritos em sânscrito os ensinamentos do Sutra de Lotus.

Petrucio Chalegre, praticante zen há 27 anos e diretor da Fundação Todatsu. Segundo Chalegre, "a prática da meditação existe em todas as linhas budistas mais antigas, com poucas exceções".

E dá exemplos: "Podemos dizer que as linhas principais diferem em termos de métodos de treinamento, umas mais monásticas (theravada), outras mais voltadas aos leigos (mahayanas), outras ainda com práticas elaboradas de visualizações (vajrayana), mas com um substrato comum bem estabelecido".

No zen, diz ele, se dá principalmente "a imobilidade física e o esvaziamento mental", para deixar de lado "todos os juízos e pensamentos". Quanto à freqüência, "a prática pode ser bem intensiva, todos os dias e, nos mosteiros, ela acontece várias horas por dia", diz o zen budista.

Vantagens da Meditação

- Evita ou diminui o uso de drogas químicas como anestésicos e analgésicos, que podem causar problemas de intolerância, alergias, fraqueza nas pernas, tontura e outros efeitos colaterais.

- A meditação não tem custo, ou, se tiver (em cursos regulares e sessões de prática), estes são muito menores do que o custo de medicamentos.

- Não há contra-indicações para meditação como há para os remédios, salvo em casos de graves doenças ou transtornos mentais, quando as práticas de meditação devem ser acompanhadas por um médico neurologista ou psiquiatra.

- A meditação, se bem feita e com freqüência, tem abrangência maior do que o motivo inicial que levou o indivíduo a praticá-la, implicando em mudanças de posturas e de atitudes diante da vida que influem beneficamente na saúde física e mental.

- Não há o risco do indivíduo viciar-se em analgésicos quando ele é substituído pelo hábito regular da meditação, que é uma prática saudável.

- Ao praticar meditação, a pessoa deve ter uma meta, um objetivo.
Para um budista, a meditação é uma técnica muito utilizada, que ajuda a "acordar como Buda (que significa "desperto") e assim obter a iluminação", relata.

- A vantagem desta técnica, de acordo com o praticante zen, é que ela pode ser usada por qualquer um para obter calma, relaxamento físico, diminuição das tensões mentais, serenidade".

- Chalegre considera benéfica a meditação zen, silenciosa, de frente para uma parede, isolada e exigente. "Seus efeitos são extremamente pidos", ele explica, e "desde a primeira experiência as pessoas começam a descobrir coisas sobre si mesmas, seus pensamentos, seu estado psicológico, suas tensões".

- A meditação desvia a atenção da dor, fazendo com que o indivíduo comece a ter uma percepção maior de outras sensações, ficando mais claro para ela os sons, o paladar, as cores, etc.
Essa mudança na percepção seletiva é muito importante na diminuição da dor e na recuperação do bom humor, que em geral não existe quando o paciente está debilitado.

Cuidados

- Algumas pessoas mais sensíveis, se colocadas desde o início a meditar por longo período, podem ter alucinações - o mais freqüente é a pessoa ver luzes, auras, e às vezes figuras em movimento. Por isso, elas devem ser ensinadas a entrar e a sair do estado medidativo lentamente, não de forma brusca, e começar com períodos curtos, aumentando depois com a prática, pois podem mergulhar em um estado de transe mais profundo, próximo da auto-hipnose.

- As pessoas que meditam devem ser incentivadas a serem produtivas na sua vida diária, fazendo tarefas de rotina, para que não se isolem de seu quotidiano, pois as sensações obtidas na meditação são muito atraentes.

- Toda meditação por si mesma é benéfica, e o praticante não deve ser induzido a entrar em uma nova religião, principalmente se não for essa sua vontade, em troca de aprender como meditar.
 
- Como são inúmeros os centros de meditação, é natural que a pessoa, ao procurar pela primeira vez, fique como um pássaro voejando em busca de seu ninho, até encontrar o 'lugar certo', isto é, o lugar onde ela se sinta mais confortável. Para isso, a pessoa não deve se constranger mas deve sempre questionar, fazer perguntas, exercer seu senso crítico, toda vez que for necessário.

- Por outro lado, para aprender, é preciso também que a pessoa se esvazie de seu sistema de crenças, como um copo que, para ser enchido, precisa antes estar vazio, caso contrário ela não aprenderá nada.

- É aconselhável que a pessoa que procura a meditação para o controle da dor mantenha uma espécie de diário e registre ali suas impressões, para ver mais adiante se a meditação está dando resultados, e discuta isso com seu médico.

- O praticante zen diz que a técnica tem se espalhado entre profissionais da área médica, da psiquiatria e da psicologia. Existindo então essa ajuda profissional, já é possível falar em alguns cuidados. Para Chalegre, "pessoas com distúrbios devem ser avaliadas antes, não devem sentar-se a sós para meditar, pois a solidão pode aguçar fantasias se não houver orientação adequada".

Curiosidades

- Terry Cliford, estudioso da psiquiatria budista, recomenda entoar o maior número de vezes possível o mantra budista.
Simplesmente lido, um mantra pode parecer estranho aos olhos ocidentais. Mas quando se entra em um ambiente onde o mantra é entoado em coro, seu som traz uma impressionante sensação de paz e de conforto que de imediato faz com que o indivíduo se sinta confortável.

- Chalegre relata que há experiências em que a meditação ajuda no controle da dor: "os praticantes adquirem grande tolerância a todos os eventos externos e o controle da mente se extende sobre todo o seu ser".
E acrescenta: "Há relatos bem modernos e documentados (guerra do Vietnã) de pessoas que foram queimadas vivas em posição de meditação sem uma manifestação física".

- Perguntado como ele definiria o que é meditação, Chalegre afirma: "Não definiria. Não se explica o sabor do sal, dá-se um pouco para provar e pronto".

- Hugues Ferté, diretor geral dos Laboratório Canonne (fabricante das pastilhas Valda), criou uma sala de meditação, com ambiente oriental, e uma sala de ginástica para seus 100 funcionários no Rio de Janeiro, onde ele mesmo conduz a meditação.
A ginástica pode ser feita desde as 6 horas, antes do trabalho, e a meditação é feita por meia hora, durante o almoço, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas que ali trabalham.

Simpatizante do budismo, Ferté se exercita antes de ir para o trabalho, em sua sala decorada (como a sala de meditação da empresa) em estilo oriental, privilegiando cores claras e luz natural, com vidros, de onde ele pode ver o laboratório. A meta de Ferté é que o trabalho seja uma extensão de sua casa e dos funcionários.

- A Companhia Suzano de Papel e Celulose também entrou no mesmo ritmo. Desta vez, além de relaxamento, existe também a prática da música. Vanda Guimarães, secretária da presidência da empresa, conduz nos intervalos do trabalho o coral da Suzano, que, segundo ela, tem proporcionado um enorme bem-estar aos funcionários.

- Enxaquecas, ansiedade, dores nas costas, eczema são alguns dos problemas eliminados por pessoas que meditam, segundo Dr. Fields.

- Há uma enorme variedade de casos estudados com pacientes de câncer, cujas metásteses estacionam ou mesmo diminuem quando o paciente é levado ao relaxamento.

- Estudos feitos por Jon Kabat Zinn, diretor da Estresse Reduction clinic, 65% dos pacientes relataram diminuição da dor, depois de práticas de meditação.

2000 eHealth Latin America

domingo, 3 de outubro de 2010

Budismo, a minha Filosofia de Vida!

Sou ator e a matéria dos meus estudos vida afora é a condição humana.

A cada trabalho, pra conhecer os novos personagens, mergulho no mundo da observação do homem: o que move seu desejo, suas vontades, seus medos, as relações com os outros, com o mundo que o cerca... enfim, os mistérios que circundam a vida.

Encontrar o budismo, pra mim, foi um resgate na questão mística da minha existência.
Durante muito tempo, acreditei que a arte fazia este papel na minha vida, mas o budismo me ensinou muita coisa ( e ensina a cada dia), mas principalmente que somos nós mesmos, seres humanos, o maior responsável pela nossa própria felicidade.

Que temos, sim, controle sobre nossa vida, a partir das nossas escolhas.

A prática me gera muitos, mas muitos benefícios, mas o maior deles é saber que a grandeza do universo cabe toda dentro do meu peito e que eu posso manifestar o estado de Buda na minha vida e ser feliz.

Eu sou um homem feliz por ter encontrado a Lei Mística e gostaria de dizer a todos que, independente de qualquer coisa, TODOS podem alcançar esse estado de vida e SER FELIZ.

Pratiquem, recitem o NAM MYOHO RENGUE KYO e sejam felizes pra sempre!!!
 
Um beijo com carinho

Marcelo Valle

sábado, 2 de outubro de 2010

Os esforços tenazes trazem boa sorte

Trechos do discurso do presidente Ikeda publicado no jornal Brasil Seikyo, edição nº 1.292, 15 de outubro de 1994, pág. 3.


Da mesma forma, a saúde é uma questão de vitória ou derrota no sentido de que os glóbulos brancos de nosso corpo estão travando uma constante batalha contra as bactérias que causam doenças.

O crescimento de plantas e árvores também é uma luta de vitória ou derrota. Somente aquelas plantas que lutam e vencem são capazes de se desenvolverem e produzirem uma abundante folhagem.

Tudo é uma luta entre a vitória e a derrota. A vitória traz felicidade, enquanto a derrota traz miséria. O propósito da vida é ser vitorioso. O propósito de nossa fé é vencer em todos os aspectos de nossa vida.
 
(...)
Somos realmente afortunados por podermos tomar parte das atividades da SGI, sem dizer que podemos acumular boa sorte realizando essas atividades.
E no curso de nossos esforços obtemos um benefício a mais — o da boa saúde.
Se uma pessoa passa todo o seu tempo em casa assistindo televisão, sua visão se deteriorará. Há até casos em que a inatividade física conduz à doença.
Realizar as atividades da SGI, que fortalecem a força vital, é a melhor forma de se manter uma boa saúde.
 
Esta é uma era de autoindulgência.
Portanto, aqueles que carecem de uma clara direção na vida guiam-se inadvertidamente na busca de satisfações e de prazeres.

A organização do Kossen-rufu e as atividades da SGI direcionam a pessoa rumo ao autodesenvolvimento e à verdadeira realização na vida. Nenhuma ação baseada na fé é desperdiçada.
Em todos os aspectos, essas ações assumirão o maior dos significados.
 
Quando vocês estão ocupados podem pensar para si próprios: “Não seria melhor se eu não tivesse de fazer nenhuma atividade?”

Entretanto, as pessoas que deixam de participar das atividades ou acabam não visitando seus companheiros por causa das circunstâncias pessoais, acabam sentindo-se muito solitárias. Há muitos exemplos disso. (...)

Não podemos ver o nosso pensamento. Porém, a nossa determinação reflete-se diretamente no mundo e no universo. Se nosso estado de espírito for amplo, profundo e rico, isso se refletirá em nossa vida, ao nosso redor e no lugar onde vivemos. (...)

Uma pessoa nobre persiste em seus esforços até o fim. Se desistir na metade do caminho, então todos os esforços terão sido em vão.

Nisto se encontra a diferença entre aqueles que são nobres e aqueles que são medíocres, e entre os que são bemsucedidos e os que falham. Isto se reduz ao fato de persistirmos ou não na realização de esforços pelo caminho correto da vida. Apesar de isso não parecer ser algo especial, é exatamente neste aspecto que essas duas formas de viver divergem fundamentalmente.

Também na fé, o meio para se tornar um buda encontra-se em realizar um esforço persistente. Se pararmos no meio do caminho os esforços para desenvolvermos nossa vida, então não nos tornaremos realmente felizes. Aqueles que perseverarem serão vitoriosos.

Aqueles que forem persistentes em seus esforços vencerão no final. (...)
(...)
Em qualquer situação, se vamos travar uma batalha, então não devemos ser derrotados. O budismo é vitória ou derrota. A vida, também, é uma luta para se atingir a vitória.