quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Espírito de Kansai II

Na reunião de palestra do nosso Bloco Caiçara, da Comunidade Paraty, fui surpreendido pelo relato do meu filho Diego e gostaria de compartilhar com vocês...
Ariel Aricci.

Chegou a minha vez de demonstrar um pouco da minha gratidão ao Gohonzon, escrevendo meu primeiro relato de experiência. Para quem não me conhece, meu nome é Diego, tenho 25 anos, e sou praticante há 12 anos. Nesse período tive muitos altos e baixos na minha prática, mas nunca deixei de ter no meu coração a certeza de que a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é a fonte vital para mim.

No início do ano passado, estava trabalhando como garçom em Trindade (vila de Paraty). Um lugar maravilhoso, onde a exuberância da natureza prevalece em qualquer canto da vila. Tinha acabado de sair de um emprego estável para poder aproveitar um pouco mais a vida! Estava muito bem, pois era alta temporada, tinha muitos turistas e o sol e o calor ajudavam muito a vender.

Mas chegando ao término da temporada comecei a notar que a praia ficara deserta, e com isso não recebia mais os 10% que eram minha fonte de renda. Começou então a bater um desespero, pois tinham várias contas a pagar e não tinha de onde tirar dinheiro. A princípio pensei em voltar a Paraty e aceitar qualquer emprego para poder me estabilizar.

Mas foi quando percebi que não sou qualquer um, sou um buda, e que não deixaria as circunstâncias me levar, e sim, determinaria no que e como queria trabalhar.

Comecei então a orar fervorosamente ao Gohonzon com o objetivo de conseguir um trabalho bem remunerado, registrado, com vários benefícios e principalmente que pudesse ter folga nos fins de semana e feriados. Quando dizia isso aos meus amigos, todos riam e diziam que em Paraty isso era impossível.

Mas não dei ouvidos e continuei com meu objetivo, pois sabia que não há oração sem resposta.

Após algumas semanas, Leandro, o vendedor da Ambev da região, veio falar comigo e perguntou se conhecia alguém que gostasse de trabalhar como vendedor. Na hora disse que eu gostaria, mas ele respondeu que não poderia, pois não tinha prática e, principalmente, não tinha habilitação, fatores esses que eram requisitos essenciais para entrar na empresa.

Então disse ao Leandro:marque uma entrevista para mim que do resto eu cuido”.

No primeiro momento ele não quis, pois dizia que não havia possibilidade de quebrar as regras. Mas insisti novamente e ele ligou e marcou um dia com a responsável do RH, mas não mencionou que eu não tinha habilitação. Após desligar o telefone agradeci e disse que seria um prazer sermos parceiros no serviço. Ele não acreditou, riu e foi embora.

O emprego era do jeito que eu queria, não trabalhava aos domingos e nos sábados só na parte da manhã. O horário era perfeito e o salário ideal. Chegando em casa contei aos meus pais e com profunda gratidão abri o oratório e pusemo-nos a orar daimoku. Sabia que com daimoku eu podia tudo!

Todo dia orava com muita vontade e gratidão, e já tinha certeza que estava dentro da empresa. Mas sabia que seria muito difícil e que obstáculos apareceriam no caminho.

Chegado o dia da entrevista, fui para a empresa e chegando lá tinha outros concorrentes. Tivemos que fazer uma prova escrita e depois uma oral. Sempre recitando daimoku mentalmente, me saí muito bem.

Voltei para casa e depois de alguns dias o gerente da empresa ligou querendo fazer uma entrevista comigo. Até então não tinha mencionado nada da habilitação.

Na entrevista, por mais nervoso que estivesse, me saí muito bem mas no final ele perguntou sobre a CNH, então disse que não tinha. Ele me disse então que tinha gostado de mim, mas que não poderia quebrar as regras da empresa e que não poderia contar comigo.

Para qualquer pessoa, isso seria uma derrota e motivo de frustração, mas para mim foi uma lenha a mais para alimentar o poder do meu daimoku. Vi que seria meu grande desafio naquele momento. Então, orei cada vez mais, agradecendo por esse desafio.

Duas semanas depois toca meu telefone, e o gerente da empresa se apresenta e me pergunta se eu toparia trabalhar de ônibus e com todas as despesas pagas até eu tirar a habilitação. Obviamente aceitei e, no fim da conversa, ele me disse que nunca antes na história da empresa havia sido quebrada uma regra de tamanha importância e que eu era um felizardo.

Tive, mais uma vez, a prova de que recitando o Nam-myoho-rengue-kyo com fé tudo posso.

Em nenhum momento duvidei se daria certo ou não, tive sempre a certeza que seria mais um desafio vencido na minha vida. Hoje faz um ano e meio que estou na empresa e, desde o primeiro momento, sempre venho me destacando entre os melhores vendedores.

Agradeço ao meu pai e à minha mãe do kossen-rufu, por toda determinação e, principalmente, ao mestre Ikeda por todas as orientações para eu praticar corretamente e receber os frutos desta prática maravilhosa.

Diego Bastos Ricci

Eu tenho o espírito de Kansai!

Quando estamos no caminho correto da nossa revolução humana, vários obstáculos surgem para nos impedir de prosseguir.


(...) Nessa frase, Nitiren Daishonin incentiva os irmãos Ikegami, mostrando que os obstáculos surgem justamente por

se aprofundarem na prática da fé. Em outras palavras, os três obstáculos e as quatro maldades surgem a todo

momento, tentando, de alguma forma, impedir nossa prática diária. Por isso, devemos estar sempre preparados
para enfrentá-los. (...)

(...)O surgimento dos obstáculos é, na verdade, a maior prova do progresso da nossa fé. Portanto, quando identificamos essas funções, devemos manifestar a força e a coragem para desafiá-las, e jamais permitir que nos derrotem. Quando enfrentamos com toda a perseverança e ultrapassamos esses obstáculos, podemos elevar a nossa condição de vida. Esse é o verdadeiro caminho dos seres humanos para a felicidade. (...) "

Pratico este maravilhoso Budismo há 5 anos e durante este tempo venho me esforçando diligentemente nos estudos e na prática e, talvez, devido a isso tenho enfrentado diversos obstáculos no meu caminho: dirigentes, membros, família, etc.

Há um mês, no auge do meu desespero e desesperança que foi desencadeada por uma desavença na família: um primo que eu confiava quase me fez de “laranja” numa empresa; eu tive a boa sorte de receber umas milhas de uma companhia aérea e comprar uma passagem para o Rio de Janeiro.

Estava indo atrás do Budismo que conheci em Londres, do verdadeiro budismo que me apaixonei e tenho como missão. O Budismo da Liberdade, do oceano!

Desde que cheguei no interior de Minas não reconheço este Budismo nos grupos e nas pessoas daqui.
Logo no início da prática, quando estava prestes a desistir, me deparei com o texto “Cultura de Vila e Cultura de Oceano”.
Este texto me fez repensar e compreender melhor o que acontecia aqui em Minas, fiz uma visita a São Paulo, na mesma época,  para conversar com alguém na sede da BSGI.

Lutei até o fim contra o meu desejo de desistir,  porque no fundo, através da minha prática e estudo, eu sabia que este era o ensino verdadeiro – tudo fazia sentido.

Onde a ciência encontra a religião, e a religião foca no SER HUMANOa pessoa mais importante do céu, da terra e do Universo!

Eu também já tinha passado por várias religiões, fui católica por 25 anos, estudei espiritismo, fiz parte do colégio Druída do Brasil, estudei e pratiquei a Kaballah e fiz uma viagem mística ao oriente médio para observar e estudar a fé das pessoas – sempre fui fascinada pelo poder da fé “que move montanhas”!
Por fim, me defini como espiritualista durante vários anos, uma situação que era confortável, mas sem identidade – sem uma filosofia sólida de vida!

Conheci o trabalho do físico inglês Stephen Hawking, leio muito biografias:

“Quando achamos a matemática e a física teórica muito difíceis, voltamo-nos para o misticismo.”

“O que eu fiz foi demonstrar que é possível determinar pelas leis da ciência o modo como o Universo começou. Neste caso, não é necessário apelar a Deus para explicar como começou o Universo. Se isto não prova que Deus não existe, pelo menos prova que Deus não é preciso para nada.”

Fiquei fascinada pela força deste cientista, mas principalmente pela fé nele mesmo e a determinação de usar a sua capacidade humana ao máximo, apesar do grande obstáculo da esclerose múltipla.

Logo depois, conheci a física quântica, que para mim, é onde a fé encontra a ciência.



E no meu Espírito de Procura tão característico dos Budistas, me vejo frente a frente com esta filosofia maravilhosa que completa tudo que estudei e faz sentido – não se baseia numa fé cega!

Num lindo dia de Inverno Londrino, no meu caminho de Notting-Hill para High street Kensington, a minha grande amiga Fabiana Cantini me diz ser Budista e me convida a participar de uma reunião.

Dia 14 de fevereiro de 2005, recitei o Nam-Myoho-Rengue-Kyo pela primeira vez e no dia 18 de Setembro do mesmo ano recebi o meu Gohonzon – a mandala Budista.

Aqui faço uma pausa para agradecer ao grupo Budista de Notting-Hill e High Street Kensington por me acolher e me colocar no caminho da iluminação!
Especialmente a Alessia Anzini, Valentina Santoro e a Fabiana Cantini!

No meu período crítico de adaptação a realidade brasileira e ao budismo no interior de Minas Gerais, no meu conflito interno de comparação entre o budismo que conheci e o budismo que encontrei aqui.. uma orientação do grande Presidente Ikeda me chamou a atenção:

O Presidente Ikeda nos urge a construirmos a Soka Gakkai que sonhamos, ele nos incentiva a estudar e exercer a nossa diplomacia e influência para trazer inovação ao grupo que participamos.



E foi baseada em uma orientação deste maravilhoso líder que, junto com outros jovens, conseguimos implantar algumas “inovações” no grupo que participamos.. É lógico com muitos obstáculos e muito daimoku para fortalecer a nossa energia vital e a certeza da vitória!

Muito cansada, muito mesmo.. como disse antes, recebi o benefício de ir ao Rio de Janeiro encontrar o mar e encontrar alguns amigos budistas que fiz num grupo virtual de estudos e apoio mútuo a prática.

Gostaria de agradecer a Silvia, a Luciene, a Tânia, a Wanessa e muitos outros que me mostraram novamente o Budismo de Oceano, o Budismo que a Fabiana Cantini me apresentou.

Logo no meu segundo dia no Rio, tive a Boa sorte de participar de um CAPRI ( Curso de aprimoramento) na sede de Botafogo, depois em várias reuniões e também tirei 2 fotos de bloco Monarca... adoro!

Dentre as coisas maravilhosas que foram ditas:


  • O Rio de Janeiro é a Kansai do Brasil, assim diz o maravilhoso Presidente Ikeda.
Kansai é uma cidade no Japão onde as pessoas são tão determinadas e têm uma prática tão forte e focada, que determinam um objetivo, meditam e este se realiza em no máximo 24 horas.

Este é o espírito do Budismo do Rio de Janeiro, um budismo alegre e cheio de energia que é capaz de mover o Universo em 24 horas... ví isso “in loco”.


  • O Budismo é para realização do IMPOSSÍVEL, para as coisas possíveis a gente não precisa do Budismo!
É alcançando objetivos, impossíveis para pessoas “comuns”, que provamos a grandiosidade do Budismo nas nossas vidas!


  • Muitas pessoas falam em fazer 1, 2 e até 3 horas de meditação... a quantidade depende de você, não existe nenhuma Sutra falando da duração especificamente!
Porém, você deverá fazer Daimoku para você ter tanta boa sorte, mas tanta boa sorte, que quando tocar em alguéma sua boa sorte também fique na pessoa -, que ela receba de presente um pouco desta energia maravilhosa.


  • Muita gente, me incluo, fica incomodada com os números na reunião, impressos e kofu.
Acontece que para os coordenadores da reunião e de blocos, estes números são VIDAS. As vezes uma pessoa tá com alguma dificuldade e precisa de incentivos, mas não tem forças para ir a reunião. Com a estatística da reunião sabemos quem anda faltando aos encontros e assim, podemos ligar, fazer uma visita e assim incentivar e até passar um pouco da nossa energia para esta pessoa.



Se pensarmos bem, foi exatamente isso que fui fazer no Rio, fui atrás de incentivos, de pessoas, da energia da superação – do vencedor!



Eu mesma já fiz várias visitas a amigos que estavam precisando de uma força, e uma força Budista é uma catapulta.....o efeito é maravilhoso! A prova disso é este relato, digamos assim, meu primeiro relato!


  • Muita gente resiste ao comprometimento ao Budismo.
    Principalmente de ter que ir 1 ou 2 vezes por mês a uma reunião Budista.
Muitas vezes, durante a reunião,  ouvimos coisas que fazem a gente pensar “diferente" ou falamos coisas que têm um efeito maravilhoso na vida de quem foi a reunião.

A reunião é para compartilhar, receber e DAR, incentivos, relatos, palavras, etc....

Algumas pessoas falam em liberdade... mas, não seria esta liberdade uma ESCRAVIDÃO a sua preguiça ou a falta de comprometimento com objetivos ou com a própria vida?

Uma bibliografia interessante para vocês: Revista TC de dez/2005 e a TC de Abril de 2008. O Jornal BS número 2051.

Também tive a oportunidade incrível de ver o relatório de uma jovem que passou 10 dias no Japão para um treinamento, final de agosto e inicio de setembro de 2010.

Muita gente vai ao Japão com o objetivo maior de ver o Mestre Ikeda, porém, ele não está mais aparecendo nas reuniões.

Como o P Ikeda já esta com uma idade avançada, ele transferiu a liderança da SGI para todos nós membros, principalmente os brasileiros.

Por que o Presidente Ikeda sempre diz que o Brasil é o Monarca do Mundo e se tem um país capaz de concretizar a paz mundial ( Kossen Rufu), este país é o Brasil?

Devido ao coração dos brasileiros!

Somos um povo alegre, ACOLHEDOR, prestativo e com a afetividade a flor da pele. Somos adorados por todos os países por estas características.

As nossas características são o poder transformador que vai levar e liderar o mundo numa nova era, uma era maravilhosa!

Como todo líder, é comum a gente ver fotos do P Ikeda com criancinhas e jovens. Achei fantástico o relato do membro que foi ao Japão.. me arrepeiei!

Ela disse que as mães levavam as criancinhas para tocarem nos membros brasileiros, os jovens os rodeavam.... foi como se eles fossem o próprio Presidente Ikeda!

Mas, na verdade, aquele que segue o caminho de Mestre e Discípulo é o Próprio Mestre Presidente Ikeda!

Somos todos parte do Mestre e o Mestre é parte da gente, todos unidos numa só missão: revolucionar as nossas vidas, conduzir pessoas ao caminho da iluminação e concretizar a paz mundial!

O Presidente Ikeda saiu de cena, hoje, somos nós que ocupamos o palco!
Os holofotes estão nos Budistas Brasileiros, o coração do Universo pulsa dentro do peito de cada um de nós!

Que haja saúde em ti,
vanguardista do novo milênio!
Que haja vitória em ti,
Monarca do Kossen-rufu mundial!
Que haja perene prosperidade
na terra natal de meu coração,
Brasil que se ergue soberbo!

A BSGI comemora neste mês a BSGI monarca, todos os blocos alcançaram 70% de participação dos membros nas reuniões, na assinatura dos impressos e no kofu, Todos os blocos contam agora com líderes de todas as divisões – estudantes, Jovens F e M, divisão das Senhoras e Sênior.

Uma vitória maravilhosa, a causa já foi feita, agora é concretizar o EU MONARCA.

O objetivo é sermos Príncipes, Princesas, Reis e Rainhas na nossa casa, família, trabalho, escola, na sociedade!

Chega de fazer daimoku durante meses e até anos afins para alcançar um objetivo...
 Vamos fazer a “La Kansai” a partir de agora!
Determina, faz daimoku e realiza!

Outra orientação importante é que às vezes determinamos um objetivo e no meio do caminho aparece a dúvida por não sabermos se é isso mesmo que queremos.

Determine e vá até o fim, ignore as dúvidas, no final você verá que o que você determinou em primeiro lugar era realmente o que você queria.

Ainda sou neófita, mas tenho sede de conhecimento e o objetivo de me tornar uma pessoa cada vez mais iluminada e de cumprir a minha missão como Ser Humano Infalivelmente!

Somos todos Monarcas do Mundo!

Obrigada a todas as pessoas que contribuíram para o meu crescimento, as que contribuíram com o veneno – transformei em remédio -, as que contribuíram com incentivos – sem eles não entenderia a profundidade da “energia e natureza de todos os fenômenos”, me ajudou a acelerar a transformação do veneno em remédio!

Em artigo intitulado “Religião e Ciência”, publicado em 1930 na New York Times Magazine, Albert Einstein escreveu:

“O budismo tem as características que se poderia esperar de uma religião cósmica para o futuro.
Transcende a idéia de Deus, evita dogmas e a teologia.
Trata tanto do natural quanto do espiritual e é baseada em uma noção religiosa que aspira à vivência de todas as coisas, naturais e espirituais, como uma unidade cheia de sentido”.


“Quem olha para fora , sonha.
Quem olha para dentro, desperta.” Carl Jung


domingo, 5 de setembro de 2010

Importante, sobre o artigo anterior.

No post anterior eu falei sobre o famoso autor do livro " Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", o  Stephen Covey.

"O Stephen Covey diz que um hábito se forma em 21 dias, se você acordar durante 21 dias no mesmo horário, segundo este cientísta, o hábito se incorporará na sua vida. Você não precisará mais se esforçar para acordar naquele horário, será algo normal, rotineiro para o seu corpo e mente."

Acabei de receber um e-mail de um estudioso Budista com um trecho do sutra de lotus, ensinado pelo Shakyamuni há 4 mil anos, sobre a importancia dos 21 dias na formação de um hábito.

Eu fiquei maravilhada, cada dia que passa descubro mais pedacinhos da ciência atual / moderna, que foi ensinada há 2 mil anos A.C. ( antes de Cristo).

 Honrado Pelo Mundo, nessa última era, no período maléfico e corrupto dos últimos quinhentos anos, se existirem monges, monjas, leigos ou leigas que procurem, aceitem, promovam, leiam e recitem, e transcrevam este Sutra do Lótus, que queiram praticá-lo, devem fazê-lo diligente e concentradamente por um período de vinte e um dias.

Ao fim desses vinte e um dias, eu montarei o meu elefante de seis presas e, rodeado por um número imensurável de bodhisattvas, e com este corpo que deleita todos os seres que o vêem, manifestar-me-ei na presença dessa pessoa e pregarei a Lei para ela, trazendo-lhe instrução, benefício e alegria. dar-lhe-ei também encantamentos dharanis. "

* os Sutras foram ensinados na Índia num passado bastante distante, somando a cultura "alegórica" do país, a linguagem é um pouco difícil de ser entendida - cheia de parábolas e fantasias.


Um grande número de sutras budistas tem chegado ao nosso conhecimento, tanto que de fato eles são conhecidos como oitenta mil ou oitenta e quatro mil ensinos.

Os sutras explicam a essência de uma simples vida humana a qual faz parte da vida cósmica. Em conjunto eles revelam uma filosofia completa de vida. O Budismo visa iluminar cada detalhe da vida de todas as coisas do universo - vidas que continuam do passado infinito ao futuro eterno.
 
Antes de revelar o profundo significado de sua iluminação, Sakyamuni teve que preparar os seus discípulos gradualmente. As verdades da vida eram difíceis demais para serem compreendidas pelas pessoas comuns, pois elas eram intelectualmente deficientes.
 
Quando Sakyamuni revelou o que mais tarde seria conhecido como Sutra de Lótus, houve uma mudança radical.

Ele incentivou os seus discípulos a examinarem suas próprias vidas ao invés de ficarem desejando por um outro mundo.

Os primeiros quarenta e dois anos de ensino de Sakyamuni pode ser considerado como uma doutrina preparatória, os meios que conduziriam todos para a Lei Única, que fora revelada nos oito últimos anos de ensino do Sutra de Lótus.

O Sutra de Lótus integra todas as verdades parciais em um todo perfeito e representa a essência e o conjunto do sistema da Filosofia Budista.
 
Explica a vida tanto como um todo e também nos seus mínimos detalhes. Devido a essa combinação de amplitude e detalhes, o Sutra de Lótus elucida com êxito a energia fundamental da vida - a energia vital que nutre a sabedoria inata em todas as vidas humanas e dá expressão à força da benevolência que emana no seu íntimo.

O Sutra de Lótus explica o potencial infinito da vida através de parábolas e descrições de acontecimentos surpreendentes. O Sutra de Lótus é tido como o auge, o ápice dos ensinos do Shakyamuni.

sábado, 4 de setembro de 2010

Qual é a sua Missão?

No final de semana do dia 29 de agosto tivemos a nossa reunião de estudo que foi muito interessante.
A reunião contou com muitos jovens e partiram deles as perguntas mais “intrigantes” da manhã.
 
É interessante a visão que a sociedade tem dos Budistas, muitas pessoas acreditam que todos os praticantes da filosofia são pessoas equilibradas e evoluídas, mas o que é ser evoluído?

Alguns acham que é não ter preocupações mundanas, não se estressar diante das situações difíceis, não entrar em conflito com outras pessoas, etc.

 
Um rapaz, que hoje é budista, foi a reunião e disse que tinha muita resistência com a filosofia porque conhecia uma pessoa que não era “um exemplo” de budista; e se não bastasse, a irmã dele que foi a reunião pela primeira vez, falou que o rapaz não faz o que prega – também não era um exemplo.

Este mesmo budista manifestou a sua angustia de saber que não é um bom budista, que tenta controlar o estado de ira e não consegue e que muitas vezes não acredita em si proprio.

Como jovem, universitário, ele respira o projeto da paz mundial – anseia e trabalha para concretizar o Kossen-rufu dentro da organização, como todo mundo, vive o sonho da grande missão.

Primeiro, Budistas são pessoas cheias de falhas que trabalham para anular os defeitos insanáveis, consertar os sanáveis e fomentar as qualidades. Bom, isso é o que a filosofia fala para praticar, mas sabemos que tem budistas que praticam há 30 anos que ainda esperam que o mantra ( daimoku) faça o milagre,  sem que eles tenham que trabalhar pesado em sí mesmos.

O Sutra de Lótus é claro, assim como as cartas que o Nitiren Daishonin deixou e as orientações presentes do grande estudioso e mestre o Dr Daisaku Ikeda, o maior benefício da pratica budista é a sabedoria, que devemos usar para revoluir, mudar a nossa própria vida, e assim mudar o ambiente em que vivemos ( esho funi). Temos que olhar para dentro e não para fora!
 
Existem sim Budistas há 30, 40 e até 50 anos que são grandes estudiosos das escrituras, mas porém não aplicam a lei na vida diária, também existem outros que são aplicados na sua revolução humana, porém de forma mais lenta e o melhorado ainda não sobressai frente aos deslizes mais aparentes.

O Budismo é muito simples, mas aplicá-lo é o grande desafio, nem todo mundo está disposto a olhar para dentro e descobrir os “defeitos insanáveis”, é muito difícil admitir que a maldade na maioria das vezes não está no que vemos ou na outra pessoa, mas sim, em nós mesmos.

Somos muitas vezes enganados por nossa própria vaidade; muitas pessoa que estudam e entendem a filosofia dão conselhos e incentivos maravilhosos e acabam sendo tratadas como pessoas iluminadas, uma pessoa especial, evoluída, etc.
 
Acreditando na sua própria “luz”, acabam se achando “diferentes” e que não precisam mais refletir sobre o que realmente vai no seu interior.

No filme o Pequeno Buda com o Keanu Reeves, depois de se tornar um “ser evoluído”, ser reverenciado pelas outras pessoas, para alcançar a iluminação ele teve que vencer a si mesmo.
Talvez porque o orgulho de ter chegado onde chegou, de ter a sua bondade interna reconhecida pelas pessoas, o fez cair nas garras da sua própria vaidade.

Muitas pessoas acham que vaidade tem relação com a beleza, entretanto, a sua explicação mais coerente é o desejo de atrair a admiração das outras pessoas.

Uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada.

Isso acontece com muita frequência com pessoas espiritualizadas e tidas como evoluidas, também acontece muito com coordenadores de grupos de estudo sobre filosofia, chega um ponto na evolução da pessoa – mais cedo ou mais tarde -, ela se vê na posição de enfrentar a vaidade que devagarinho tomou conta da sua mente.
 
Voltando ao jovem da reunião, não olhe para as pessoas, olhe para você! Se o coordenador do seu grupo de estudos, dirigente da BSGI, sua professora, seus pais, amigos, etc. Não desempenham “o papel” deles na sociedade da forma que você julga correta, não é problema seu!
Tudo que está fora de você naõ é problema seu, porque isso impede que você olhe para dentro de você – desvia a sua atenção e te deixa culpar os outros ou "deixa a vida te levar" sem rumos.
 
Como ele disse, eu tento fazer o que eu estudo no budismo e o que eu acho certo – mas eu não consigo!

Mas o budismo é isso, é treino! A gente ler muito sobre forjar um estado de vida indestrutível, mas o que é isso?

Forjar significa: dar, por meio do fogo e do martelo, a um metal quente e ainda maleável, uma forma aproximativa ou definitiva. Fabricar, compor.

Então, temos que fabricar o nosso estado de vida indestrutível, e como fazemos isso?

Começamos com pequenas coisas na vida diária e vamos evoluindo para coisas mais complexas e mais enraizadas nas nossas vidas – hábitos difíceis de mudar.

Por ex: se você reclama muito, se comprometa a não reclamar durante 1 dia, depois 1 semana, 1 mês e assim já está forjado um novo hábito e um defeito a menos no caminho da evolução.

Como não estou reclamando mais, agora vou elogiar, é um passo a mais.

Morro de preguiça da aula de matemática e detesto a professora, pare de reclamar e depois se comprometa a se esforçar mais justamente nesta matéria.

E assim por diante, com filho, marido, vizinho, chefe, dirigente, em toda situação ou ponto da sua vida que você precisa mudar.

O problema é justamente que a gente pensa muito grande, quer mudar o país, o mundo, o Universo, sendo que a mudança tem que começar primeiro por nós mesmos, o princípio do esho funi explica direitinho isso.

" Quando você muda, tudo muda", o ambiente responde a sua mudança interna com uma mudança externa.

Então, qual é a sua missão? Não precisa ficar tentando adivinhar ou tentando elaborar uma coisa linda, evoluída e politicamente correta.

A sua missão, como diz o Greg Martin, é o seu maior desafio NO PRESENTE, niji – neste momento.
 
Mas então, o que é a missão de cada um? Esta preocupação comum está no alto da lista das grandes questões da vida.

Quando indagado a respeito disto por uma pessoa jovem, o Pres. Ikeda, da SGI, repondeu em “O Rumo da Juventude”, que não precisa ser algo glamoroso ou extraordinário;
 
Pessoas regulares, vivendo vidas regulares, também são importantes. Ele simplesmente disse, sua missão é escalar a montanha que está a sua frente.
 
Qualquer que seja a montanha, isto é, problema ou dificuldade, que estivérmos enfrentando, vamos sobrepujá-lo, vamos resolvê-lo, escalemos a montanha. E então, quando chegarmos ao topo, olharemos ao redor e descobriremos novos picos, novas montanhas para escalar. E outras novas, após outras…

Nós nunca alcançaremos um platô livre de problemas, mas continuemos a escalar, do começo ao fim de nossas vidas.”
 
A confiança, a determinação o positivismo que vemos em muitos Budistas e que segundo o jovem da reunião, ele tenta mas não consegue ter – se sente um fracassado -, também é forjado no dia-a-dia. Comece com pequenos desafios diários e incorpore esta “energia” na sua vida.

Ex. você tem preguiça de acordar cedo, mas gostaria de acordar cedo para ser uma pessoa mais produtiva. Então, decida acordar cedo e acorde! Tenho certeza que se sentirá um vencedor.

O Stephen Covey diz que um hábito se forma em 21 dias, se você acordar durante 21 dias no mesmo horário, segundo este cientísta, o hábito se incorporará na sua vida. Você não precisará mais se esforçar para acordar naquele horário, será algo normal, rotineiro para o seu corpo e mente.

O caminho do meio é a chave para vivermos neste mundo dual, material e espiritual, então, comece por cuidar do seu corpo, mente e espírito.

Outro caso, são pessoas que se sentem diminuídas por não terem o hábito de leitura, comece por livros finos e até infantis. Como disse antes, tudo é treino, comece com pequenos objetivos e vença!

Assimile a vitória, comemore cada passinho, seja um vencedor hoje! As pequenas vitórias com certeza te levarão a outras cada vez maiores, é só treinar!

Então, o caminho não é difícil, mas também não é fácil, depende de inúmeras pequenas decisões ou montanhas que decidimos escalar todos os dias. Assim como você treina em simulados para passar no vestibular, no Budismo treinamos na vida diária com pequenos desafios para alcançarmos o grande resultado, um estado de vida elevado,  permanente e INDESTRUTÍVEL que contribuirá de forma decisiva para a paz mundial!

Anne Almeida